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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Uma Carta de Amor - por Mari Amorim

Em tempos dominados por mensagens curtas, por torpedos de celular, conversas em MSNs e e-mails, as cartas de amor acabaram virando quase que peça de museu, coisas que a vovó fazia. Pergunte para alguém se escreve ou recebe cartas de amor, especialmente escritas de próprio punho, e veja a resposta. São poucas as pessoas que dedicam tempo, energia e atenção – que sentam para redigir um texto dedicado exclusivamente ao objeto da adoração. No dia 12 de junho, para fazer diferente, quem sabe vale colocar o “coração no papel”, deixar os bytes de lado por um tempo, e agradar a quem se gosta? O importante, neste caso, é não temer o ridículo, pois como escreveu Fernando Pessoa, a partir de seu heterônimo, Álvaro de Campos, “todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas”.
Ainda não defini se o que escrevi é uma carta eletrônica de amor, que por razões pessoais não enviei, quem sabe por estar envolvida naquele momento no recente processo de desconstrução de um amor tão amigo, cúmplice, acreditando que houvesse muitas Manhãs e Amanhãs!
Ah! Grande menino, poeta, Lep e sorrisos, que tem a negação como afirmação...

Ouça-me...
Goste de alguém que te ame, que te espere que te compreenda mesmo nos momentos de loucura. De alguém que te ajude; que te guie, que seja seu apoio, sua esperança, seu tudo... Não goste do Amor...
Goste de alguém que não te traia, que seja fiel, que sonhe com você, que só pense em você, no seu rosto, na sua delicadeza, no seu espírito; e não no seu corpo, nem em seus bens... Não goste do Amor...
Goste de alguém que te espere até o final, que sofra junto com você, que ria junto com você. Que enxugue suas lágrimas, que te abrigue quando necessário, que fique feliz com suas alegrias e que te dê forças depois de um fracasso... Não goste do Amor...
Goste de alguém que volte pra conversar com você depois das brigas, depois do desencontro; de alguém que caminhe com você, que seja companheira, que respeite suas fantasias, suas ilusões... Goste de alguém que te ame... Não goste apenas do Amor...
Goste de alguém que sinta o mesmo sentimento por você. Enxergue esta pessoa, como eu te enxerguei...
Nosso desencontro nasceu quando encontrei Narciso cantando Djavan “Amar é perder o tom nos comas da ilusão...”



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Um comentário:

Ana disse...

Mari:
Gostei muito de sua carta.
Beijo.