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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Dias Nublados - por Jair Antônio Pauletto

Existem dias em que a vida parece ganhar um impulso extra, exclusivamente pelo espetáculo que a luminosidade do sol, sob o imenso céu azul, nos proporciona. Tudo parece mais colorido, bonito, perfumado, mais vivo, e repleto de energia. Logo, esses dias nos empurram pra frente, mesmo que estejamos um pouco desanimados. Parece que algo nos contamina e, conforme vai adentrando em nosso interior, nos transformamos para encarar os desafios da vida bem mais dispostos. Tudo parece dar certo. A esperança volta a brotar em nossos corações trazendo a certeza de que dias mais felizes nos aguardam. Já o medo e a dúvida interior parecem se desintegrar com a chegada destes raios de sol, dando lugar ao entusiasmo e a motivação, transformando os problemas que antes, considerados grandes, em interessantes desafios.
A vida passa a ser sentida de forma mais plena e parece que nada mais poderá ameaçar nossa felicidade. Essa “contaminação” do cenário externo para o ambiente interno ocorre com freqüência, tanto nos dias ensolarados como nos dias nublados, frios ou chuvosos, em que tudo parece ficar ainda mais difícil. No entanto, também existem dias em que nada parece dar certo, mesmo que a natureza nos presenteie com um espetáculo maravilhoso. Por mais ensolarado e luminoso que seja o dia, nada consegue nos fortalecer para acabarmos com a treva interior. Esta é uma situação oposta à anterior, e tudo que conseguimos fazer é fechar a cara, reclamar de tudo e de todos. Mesmo que se tente utilizar a fórmula de deixar-se “contaminar” pela beleza do dia, não se obtém resultados significativos. Lutar para uma vida melhor parece ser a coisa mais idiota a se fazer, mesmo que todos ao nosso redor nos incentivem e jurem que valerá a pena; que são esses os dias em que a vida nos prova, dá as oportunidades de crescermos e evoluirmos como humanos.
Revoltar-se ou entregar-se ao desânimo e à desesperança é dar um passo para trás no caminho evolutivo. Superar esses momentos exige um esforço gigantesco, muitas vezes impossível de ser conseguido sem orientação e ajuda. Por isso, quando o interior está nublado, devemos procurar as causas, identificar os motivos que trouxeram tantas nuvens. Geralmente são pequenas frustrações, problemas que ficaram para trás e que por alguma razão agora exigem atenção. Muitas vezes fruto da correria da vida moderna, na qual estamos sempre priorizando algo externo em detrimento aos nossos sentimentos. Vasculhar o interior em busca de causas exige coragem e disposição para enfrentar embates internos, freqüentemente difíceis de superar. Fazer uma análise interna é importante para o autoconhecimento e conseqüentemente para enfrentar dias nublados.
Quando acreditamos na força do invisível, significa que temos fé, e o esforço exigido torna-se menor e encontra uma razão para continuar a lutar. Assim, renasce a esperança de dias mais felizes, com sonhos realizados e a certeza de que outros podem ser sonhados. Ter fé é confiar, acreditar sem temor, ainda que pela frente nada pareça existir. É preciso ter a mesma certeza que o sol existe, embora que o dia esteja chuvoso. Acreditar pode não ser o suficiente para resolvermos o problema, mas é o primeiro passo a ser dado, conseqüentemente tudo se desencadeará com maior facilidade.
Não conheço ninguém que não tenha passado por dias nublados de desânimo e frustrações. É natural do ser humano, é parte do nosso aprendizado. Portanto, não temos como fugir é um processo necessário para alcançarmos dias melhores. Um fracasso, um dia de desânimo é perfeitamente aceitável e deve ser encarado com naturalidade, jamais com acomodação. Pode ser um momento necessário para colocar a casa em ordem. Pode ser aquele dia da faxina geral, do qual tudo é retirado do lugar, avaliado e depois descartado ou recolocado no devido lugar. Revoltar-se em nada contribui, pois o momento pode até passar, mas logo voltará com maior intensidade. É preciso encontrar o equilíbrio para que sejamos capazes de nos levantarmos e caminharmos, mesmo diante das dificuldades da mesma forma que devemos manter os pés no chão quando conquistamos uma vitória. O importante é manter-se no caminho, melhorar-se e acreditar sempre.
Assim, como as estações se sucedem e nelas encontramos razões para vivermos dias de prazer e felicidade, seja frio ou calor, o momento de dor e felicidade também se sucede para que possamos nos conhecer e, através disso, aprender a superar os obstáculos necessários para ingressar em estágios superiores da evolução humana. O segredo para dias mais luminosos não está em deixar-se “contaminar” pelo externo, mas sim, em contaminar o ambiente externo com o que temos internamente, e assim podermos transformar todos os dias cinzentos em ensolarados e brilhantes. A transformação sempre será de dentro para fora, a qualidade do amanhã está guardada no nosso interior. Boa semana.



Contradição - por Raquel Aiuendi

A contradição é ponto sine qua non da existência humana. A contradição não é esquizofrenia, é sim o start para uma nova condição. O que em mim contradigo é e deve ser aquilo que faço evoluir; o que contradigo na proposição de meu semelhante quiçá seja a nova posição para sua proposição. O que contradigo a um sistema seja degrau de um crescimento social. Que contradição não pode sinonimar subdição, involução.
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Otimismo - por Ana

Moro na rua, sozinho,
Durmo nos bancos das praças,
Nada de paredes, portas,
Mas eu não penso em desgraças.

Porque, mais que todo mundo,
Eu sou um abençoado:
Meus dias são livres, soltos,
A nada sou obrigado.

Além disso, meu irmão,
Vivo em paz com a natureza:
Ela me traz muita paz,
Força, harmonia e beleza.

O sol é minha energia,
A lua dorme a meu lado,
As estrelas são meus lustres,
As nuvens, o meu telhado.

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Um Dia de Cada Vez - por Alba Vieira

Caminho imersa na natureza, meus pés tocando de leve as folhas secas que atapetam o chão. A névoa úmida da manhã ainda cobre as folhas das árvores e, vez por outra, molha meu corpo trêmulo. Passeio assim sem destino preciso. Cumpro um caminho que faço à medida que ando. Não tenho medo. A solidão é a única certeza que carrego. Esta solidão me alimenta porque conecta com minha fonte de energia interior. Este passeio é concretização da fé, quando estou imersa em Deus/natureza, vivendo a vida como esta caminhada, sem medo, preenchida pela energia que flui de mim mesma, com forças para viver todas as coisas que se apresentam.
Aprendo a viver um dia de cada vez, não mais fixada na melancolia do passado e sem projeções para o futuro, concentrada no aqui e agora.
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Eu - (Anônimo)

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Sou a pessoa que meu passado criou e só cheguei até aqui sorrindo porque não dou a mínima pros dois.
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Você me Alcança - por Luara Lua

Você me alcantra
Minha voz te encontra
Você não alcança
antes de encontrar
Você bem na noite
até encontrar
a estrela perfeita
para ver brilhar
o sol encontra a noite, se chocam
e se esconde para outro dia voltar
a minha voz volta, encontra
sua meia-volta
nunca alcançará
minha voz.

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Bolo Inglês - por Raquel Aiuendi

Menino soltando sua caique
Andando livre em sua baique
Apertando o plei
Ele brinca, dança, canta ouve, joga…
E eu que já fui guéu
Já brinquei, dancei, cantei, ouvi, joguei…
Mesmo sem ter o botão plei
Posso dizer que da magia sei
Posso dizer que fui Conle, Quel.
Pra você que não foi iú
E nada fez,
meu gudibái
com mai Gódi, vai
axé,
uai!

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