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domingo, 28 de outubro de 2012

Prática Médica e Espiritualidade? - Enviado por Aaron Caronte Badiz

 


Após a leitura dos textos postados aqui no Duelos Literários por Alba Vieira e eros.ramirez, senti vontade de dividir com todos vocês um artigo que li há algum tempo, que me chamou muito a atenção e do qual gostei muito.
 

“Nas últimas duas décadas, pesquisas científicas rigorosas sobre as relações entre Religiosidade/Espiritualidade e saúde têm sido realizadas e publicadas nas literaturas médica e psicológica. A espiritualidade permanece importante para a vida da maioria absoluta da população mundial e tem-se mostrado que o envolvimento religioso é geralmente relacionado com melhores indicadores de saúde mental e bem-estar.
A ampla maioria dos estudos de boa qualidade, realizados até o momento, aponta que maiores níveis de envolvimento religioso estão associados positivamente a indicadores de bem-estar psicológico, como satisfação com a vida, felicidade, afeto positivo e moral elevado, melhor saúde física e mental. O nível de envolvimento religioso tende a estar inversamente relacionado à depressão, a pensamentos e comportamentos suicidas, ao uso e abuso de álcool e outras drogas. Habitualmente, o impacto positivo do envolvimento religioso na saúde mental é mais intenso entre pessoas sob estresse ou em situações de fragilidade, como idosos, pessoas com deficiências e doenças clínicas. Por outro lado, a Religiosidade/Espiritualidade também pode se associar com piores indicadores de saúde quando há ênfase na punição e na culpa, conflitos religiosos, intolerância ou atitudes passivas diante de problemas.
Infelizmente, o foco das pesquisas em saúde não é, na realidade, sobre a saúde, mas sobre as doenças, sua patogênese e os modos de preveni-las, curá-las ou aliviá-las. Contudo, nos últimos anos tem havido uma tendência crescente de focar aspectos relacionados ao bem-estar, à felicidade e à qualidade de vida.
Dependendo de certos fatores, as pessoas podem não apenas ser capazes de lidar bem com um evento traumático, como violência ou doença grave, mas podem até mesmo vivenciar mudanças positivas em si mesmas, o que tem sido chamado de “crescimento pós-traumático”. Algumas dessas mudanças positivas podem envolver conceitos sobre si mesmo (sentindo-se mais forte e capaz), relacionamentos interpessoais (capaz de amar mais as pessoas de modo mais compassivo) e filosofia de vida (revisar as prioridades na vida e vê-la como algo precioso). Fatores religiosos como coping* religioso positivo e maiores níveis de envolvimento e participação religiosa se associaram com crescimento pós-traumático.
Assim, o crescente reconhecimento de que a Religiosidade/Espiritualidade se mantém como uma dimensão importante da vida das pessoas em todo o mundo, bem como a constatação de que as práticas e as crenças religiosas dos pacientes influenciam o cuidado e a evolução dos problemas de saúde, tem levado a um esforço internacional de integrar a Religiosidade/Espiritualidade na prática médica. A maioria das faculdades de medicina dos Estados Unidos e algumas do Brasil já oferecem algum tipo de treinamento na área. Várias organizações de saúde mundialmente relevantes, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Joint Commission on Accreditation of Health Care Organizations, o American College of Physicians (Estados Unidos) e o Royal College of Psychiatrists (Reino Unido), têm enfatizado a importância de abordar questões de Religiosidade/Espiritualidade na prática clínica.
Deve-se chamar a atenção da comunidade médica brasileira para a importância da Religiosidade/Espiritualidade em nossa prática clínica diária, buscando auxiliar no cumprimento de nossa missão de minorar o sofrimento e contribuir para uma vida mais plena de todos aqueles que nos dão a honra e a responsabilidade de confiarem sua vida aos nossos cuidados.”
 

Escrito pelo Dr. Alexander Moreira de Almeida, in “Espiritualidade & Saúde Mental: O desafio de reconhecer e integrar a espiritualidade no cuidado com nossos pacientes.”.

 
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*Coping religioso-espiritual (CRE): descreve o modo como os indivíduos utilizam sua fé para lidar com o estresse.


 

O Sino da Madrugada - por Daisy

 
 


Eu acordei no meio da madrugada. Deveria ser algo por volta de duas horas. O sino de brinquedo do filho do vizinho havia disparado (de novo), e aquele som estridente e inconveniente me deixava verdadeiramente irritado. Até então decidira não dar vazão à minha curiosidade nata herdada dos meus antepassados, afinal, sempre fomos curiosos. Revirei-me na cama, mas voltar a dormir nesta madrugada, eu senti que não seria possível. Mesmo achando incomum aquele maldito sininho, ainda assim, reunindo coragem, resolvi averiguar tal mistério.

Levantei-me, bocejando. Olhei para ela que dormia profundamente ao meu lado. Como era linda! Imaginei se fosse algo sobrenatural na casa do vizinho. Um zumbi, um espectro. Essas coisas existiam, disso eu tinha certeza. Entretanto, nem todos podiam ver. A mãe dela costumava dizer que apenas os médiuns possuíam a capacidade de ver tais fenômenos. Na rua mesmo onde moramos, há um senhor que mora só. Dizem que é bruxo, e que fala com espíritos, que se comunica à noite, e que para tal, acende velas e coloca umas coisas como pequenas caveiras e pedras sobre uma mesa coberta por pano vermelho. O sino voltou a tocar ao lado. Resoluto, saltei da cama e, sem fazer barulho para não acordá-la, deslizei pelos cômodos escuros até chegar à janela da sala. Decidi que indo pelo beiral eu poderia chegar até ao quarto do menino sem ser visto. Talvez, dessa forma, eu o observasse impune. Se fosse fantasma, pensei na época, ele não me veria. Sentia-me um verdadeiro espião das trevas.

Com passos lentos e precisos me arrastei sem olhar para baixo. Moramos no décimo andar de um prédio antigo e meu Deus!… Fora por pouco! Uma parte do concreto cedeu. Não fosse a grade de ferro, eu estaria morto agora. Prossegui devagar, com a respiração controlada. Atento a todos os ruídos e movimentos. Meu coração batia mais rápido. Lembro que olhei para baixo e quase tive vertigem.

O som do sino estava mais perto. As cortinas do quarto do menino brincavam, esvoaçando-se como almas transparentes. Pareciam dançar para mim, tentando me fascinar, me hipnotizar. Um som inesperado me fez paralisar o próximo passo. Olhei para a amendoeira. Lá estava ele, aquele pássaro negro desgraçado que eu já tentara caçar, dar um fim nele, mas era esperto, o demônio. Assim que me viu, deu uma risada e voou para a árvore do outro lado da rua. Pensei que em outra oportunidade eu o mataria, sim, eu o mataria de uma vez por todas. Então cheguei bem perto da janela. Bastaria esticar o pescoço e ver, finalmente, esse zumbi ou fosse o que fosse que vinha me tirando o sono por tantas madrugadas. Respirei fundo e pensei nela de novo. E se eu morresse? Se ele me matasse, como ela viveria sem mim? Somos apenas nós dois. Amamo-nos profundamente. Foi quando o pássaro negro soltou um guincho, me avisando do perigo. Mas era tarde demais!
 
O garoto estranho me agarrou pelo pescoço. Não pude reagir, pois ele era muito forte. Se eu me debatesse poderia cair e morrer pelas mãos de um menino louco. Dizem que os endemoniados têm forças sobressalentes, então me deixei arrastar para dentro de seu quarto, olhando-o em seus olhos vermelhos de insônia. Jogou-me em sua cama desarrumada e fechou a janela, com um sorriso macabro. Pegou o sino de ferro e veio em minha direção. Pensei nela e me arrepiei todo. Não conseguia me mover, até que… O garoto, soltando o  brinquedo e abraçando-me, murmurou “que bom que você veio me fazer companhia, gatinho...”

 
Visitem Daisy
 

Espalhando Alegria... - por Adir Vieira

 
Hoje estou certa de que para proporcionar felicidade é preciso ser feliz.
E quanto bem faz a nós mesmos.
Ontem, vivi um momento assim. Momento de ver olhinhos brilhando, poderosos e realizados.
Já há algum tempo curtindo as férias em minha casa, minha sobrinha tinha um desejo latente de dividir um desses dias na piscina com sua amiga favorita.
Confesso que eu não deveria permitir, pois meu marido, ainda em recuperação, exige todos os meus cuidados. Mas como resistir àquele pedido sincero naquela voz que é só dela?
Apreensiva, por além de tudo ter outra criança sob a minha atenção, aquiesci e foi muito bom.
A vida, até nessas situações, ensina a quem é observador e quer aprender. Impressionante como as crianças arquitetam seus programas de diversão com muita sabedoria. Vendo o dia correr, parecia que ambas tinham planejado cada segundo, pois sem que eu me envolvesse, sabiam tudo o que tinham a fazer e aproveitavam cada segundo como ninguém.
Minha sobrinha, sem que lhe ensinássemos e tão pequena ainda, parecia uma anfitriã escolada, querendo fazer com que a amiga se sentisse a única. Não convocou mais ninguém para as brincadeiras e realmente curtiu o dia.
Crianças que são, vez por outra tive que chamar a atenção para que, um pouco distantes de mim, ficassem sob minha vigilância. E foi assim que durante cerca de doze horas, dividiram aquela amizade que dá sinais de ser para sempre.
Enfim, no início da noite, quando os pais da amiguinha vieram buscá-la, insaciáveis como toda criança, trocaram os olhinhos felizes por olhinhos desapontados.
Eu, daqui, cumpri minha parte, vendo minha casa envolta por uma energia de prazer.
 
Visitem Adir Vieira

 

Luis Fernando Veríssimo e o “BBB” - Enviado por Anônimo


Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço... A décima terceira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 11 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 11 é a realidade em busca do IBOPE...
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 11. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.
Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados...
Heróis são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONG’s, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína, Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E aí vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares ou serem comprados mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa... ir ao cinema... estudar.... ouvir boa música... cuidar das flores e jardins... telefonar para um amigo... visitar os avós... pescar... brincar com as crianças... namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
 

 

Um Livro Chamado ZOOM - por Davi Rodrigues

 
 
 



























Os  Seres humanos são criaturas tão pequenas, não?
Então não se  preocupe tanto com todas as coisas,
aproveite cada momento, faça  tudo o que você deseja fazer...
Amplie sua vista, amplie sua  mente,
Não se preocupe tanto com coisas que te aborrecem,  
Aproveite sua vida com amor, segurança e paz,
Esteja sempre  feliz com cada dia que nasce...
Aproveite o por do Sol...  
Sempre olhe para o lado positivo das  coisas...
E tenha a certeza, que  sempre existe o lado positivo,
mesmo que tudo pareça tão ruim.
E  mesmo que tudo pareça tão grande, conforme a representação do  pintor, tudo é tão pequeno. Existe algo maior.  
A VIDA!!!