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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Uma Carta de Amor - por Adir Vieira

Meu amor,
Como eu esperava, ainda não consegui dormir.
Estou sozinha na cozinha, envolvida pelos ruídos do prédio ao lado e ao mesmo tempo, espantada com a minha coragem. Em condições normais não vou nem ao banheiro sem acompanhante, nessa casa imensa. Mas hoje sinto que não importam os medos, não importa nada...
Só importa o meu arrependimento e a grande vontade de falar com você agora, como se você estivesse aqui.
Continuo carente, ansiosa e com raiva de mim mesma.
Você, só você me deu o céu, descobrindo o caminho das minhas vontades, dos meus anseios e, com isso, me deixou mais exigente, mais mimada, mais rebelde.
Estou terrivelmente arrependida de ter magoado você e, consequentemente, ficado frustrada.
Com a frustração de constatar que não sou tão poderosa e que é muito possível outros fatores interferirem no nosso amor. Acho que tenho me apoiado nos seus elogios e hoje, quando machuquei você, não esperava que você se rebelasse.
Lamentavelmente não sei disfarçar, nem acho que devo disfarçar pra você. Sei que deveria ser compreensiva como você acha que sou, mas não sou.
Você é carinhoso, dócil, amigo e eu magoei você. Não sonho com você. Tenho você.
Estou triste e não consigo chorar. Estou ávida por você de novo, como antes, inteiro...
Acho que estou ambiciosa demais nas minhas exigências.
Não sei de mais nada...
Só sei que você é minha vida e que eu não vivo mais sem você...



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2 comentários:

_Gio_ disse...

Mulheres dizem que não se pode deixar os homens mal acostumados; só que o contrário também acontece.

Achar que se é perfeito, ou que se é demais para o outro, pode nos fazer que temos a liberdade de fazer o que quiser, e tudo será ínfimo, tudo será perdoado. Só que não é bem assim que as coisas funcionam...

Ótimo texto!

Ana disse...

Gostei de sua carta, Diza, muito verdadeira.
Beijos.