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Eróticos.)




quinta-feira, 26 de março de 2009

As Nossas Palavras III - por Leo Santos

Trabalho, a formiga sempre ensina,
preferimos a canção da cigarra
o que faz a vida uma existência obsoleta
furtando o ócio criativo que interpreta
é essa sina de haver pão na marra...



Visitem Leo Santos
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As Nossas Palavras III - por Lélia

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O trabalho sempre alegra a vida, mas se preferimos um emprego do qual não gostamos, isso faz com que a vida se torne obsoleta e sem sentido.
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As Nossas Palavras III - por Aaron Caronte Badiz

Trabalho dia após dia
Sempre imerso em apatia.
Vida dura de vigia
Que faz serão em agonia.
É obsoleta a alegria
Se preferimos a nostalgia
De um trabalho que sempre arrepia,
De uma vida que preferimos vazia,
Pois a lida no cemitério é obsoleta e baldia.
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Duelos Literários - por Kbçapoeta

Saque sua arma ao pôr-do-sol.
Diga o que é você.
Diga de onde você veio,
e do que se alimenta.
Mas diga o que é você.
Se responder que é poeta:
Prazer matar você.
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Das Flores às Pedradas... - por Ana

Minha gente, fui vaiada!
Vamos ver se eu me acho:
Um dia eu tô por cima,
E no outro eu tô lá embaixo!

“Coruja Velha é a Mãe”,
Foi isso que eu escrevi,
Daí só levei pedrada
E por pouco não jazi.

Devemos ter muito cuidado
Com nossas palavras e ações;
Se desviamos um tantinho,
Ferimos os corações.

E eu, sem querer, desta vez,
Ofendi a Escrevinhadora,
Que ficou muito magoada,
Pois envolvi a progenitora

Daquela índia sem sal
Que me desafia sem pena.
Escrevinha, eu compreendo,
Não tenho a alma pequena.

Embora discorde um pouquinho
Da sua colocação,
Eu aceito a reprimenda
E acato a condição.

Mas neste caso, em especial,
Só tomou tal proporção
Porque aceitei o desafio
Do Bruno, nosso amigão,

Que me propôs, num comentário,
Escrever sobre este tema.
Concordei, rimei, postei,
Nem pensei em criar problema.

E a história de coruja,
Foi ela quem começou...
Escreveu no meu perfil:
“Sua... sua... old owl!”

E em relação a isto
Você se pronunciou,
Disse pra eu não ligar
E algo assim destacou:

“Símbolo da sabedoria,
A coruja é tão bela!...”
(Era elogio da índia
Me chamar de coruja velha?!)

Então siga o raciocínio
Que ora apresento em tela:
Se não era ofensivo pra mim,
Não deveria ser pra mãe dela.

E quanto à segunda parte
Da ofensa: olhe a magrela!
Avaliando a idade,
A mãe já deve ser velha.

Então, no final das contas,
Pode-se considerar
Que ela saiu no lucro:
Não há do que reclamar.

Pois, pelo que escrevi,
Primeiro eu elogiei:
Chamei a mãe de coruja;
E velha, eu só constatei.

Entretanto aceito a vaia,
Respeito a opinião,
É pilar forte e importante
Do molde judaico-cristão.

Peço desculpa à torcida,
Se há mais alguém ofendido.
E nunca mais a mãe no meio,
Mesmo sendo merecido.

Mas não devo me furtar
De fazer uma ressalva:
Se outro incorrer no erro
Eu fico com a alma alva

E minha ficha sem marcas
Do crime inafiançável,
Sou libertada da cela
Em caráter irrevogável.

Fico livre para usar
Mamãe, pai, avó, irmão,
E o argumento vou pautar
Na liberdade de expressão.

Ainda devo esclarecer
Uma cláusula contratual:
Foro privilegiado é aqui,
Não se elege outro local.

É Duelos Literários, Internet
(Recursos: Supremo Tribunal).
Data venia, me despeço,
Por entre as grades dou tchau.


Resposta a “Vaia para Ana”, de Escrevinhadora.
Referências: comentário de Bruno D’Almeida em “Indiazinha Sem Torcida:”, de Ana;
comentário de Raquel Aiuendi em “Ana” (*Autores: Quem Somos Nós (Perfis));
comentário de Escrevinhadora em “Coruja Velha é a Mãe”, de Ana.
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Ornitorrinco - por Luiz de Almeida Neto

A velha estória do cara que conta essas coisas
Nosso Senhor é um sujeito engraçado,
ou talvez nós é que achemos graça
em coisas demais.

A velha saga de abrir a boca,
ou de pegar um lápis,
que já é mais gasta
que a profissão mais antiga do mundo,
e ainda não possui sindicato.

Alguns gostariam de ter vivido os anos 60, outros os 70, os 80 e por aí vai. De minha parte eu gostaria de estar no tempo daqueles homenzinhos da caverna, todo vestidinho e agasalhado com aquelas peles de tigres dentes-de-sabre, sem cueca e com um porrete daquele estiloso, subindo em árvores e fugindo de leões, disputando com marrecos (de acordo com meu potencial ofensivo) o meu alimento.

A velha saga da humanidade,
ter que brigar o dia inteiro
pra ter o que comer,
e à noite,
quando todos os outros bichos
se põem a dormir,
lá está ele,
fazendo aquelas pinturas
em paredes de cavernas.

E lá estaria eu também. Com o cabelo grande e sebento, batendo na cintura, pois não sei se naquela época já haviam inventado a calvície, pintando meu próprio cantinho de parede, tentando expressar ali minha devoção a alguma coisa, ou a batalha de mais cedo. Batalhas memoráveis com o marreco, que eu pintaria tal qual rinoceronte, para me florear.

A eterna disputa do ser humano
de si para si mesmo
de provar para ele mesmo
que é melhor que qualquer um outro
que é melhor que ele mesmo.

Mas nada nisso é realmente o que me interessaria nessa época, até porque tudo isso eu posso fazer em qualquer era, salvo alguns raros questionamentos referentes à minha sanidade.
O que eu queria mesmo era ver o momento exato em que meu amigo, Australopithecus ramidaes ailusorius, e ele faz questão do nome completo, não admite apelidos, quebrasse o silêncio, fizesse força e conseguisse dizer, tal qual a maior invenção dos séculos, a primeira palavra, algo como: “Uh-Uh-agh-alálá”, ao que eu responderia, com lágrimas nos olhos: “Ag-Uh-Lá-Lulálá”, e enfim participaria eu do parto das palavras, da concepção da segunda forma mais bela de expressão da alma humana (a primeira é o batuque) e da melhor forma de expressão das ideias.

A eterna busca do ser humano:
estrebuchar.
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Livres Libélulas - por Kalim Autuori

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A intenção de postar imagens neste blog
é propiciar inspiração para textos referentes a elas.
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O Pequeno Príncipe - por Ana

O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry


“DEMAIS, DEMAIS, DEMAIS!
(E olha que não sou candidata a miss… rsrsrs)”
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Resposta a “Nem Todos Estão Aqui...”, de Raquel Aiuendi.
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E você? De que livro você gostou?
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O Domingo Frustrante - por Adir Vieira

Decidiu fugir aquele domingo.
Desde quinta-feira não pensava em outra coisa. Já tinha feito a mala e como o tempo prometia sol, não poderia esquecer os shorts brancos e as sandálias vermelhas. Levaria também a bolsa de palha, meio desconexa do traje, mas inseparável e necessária para abrigar todos os pertences de mão de que precisaria dispor.
Não queria contar ainda a ninguém sua decisão de fugir, afinal, seriam apenas dois dias fora e tudo parecia estar em ordem para a sua estratégia. Apenas sua amiga íntima que concordara em tomar conta do Príncipe, seu cachorrinho, sabia e ficara feliz por ela. Trabalhava tanto, coitada, e rara era a ocasião em que sentia essa vontade de espairecer.
Sábado pela manhã, ao acordar, percebeu seu cãozinho ainda prostrado na caminha azul acolchoada com edredons listrados de verde. Estranhou, porque ele sempre corria ao seu encontro logo que ela saía do quarto. Chamou por ele e ele não se moveu. Assustada, chegou mais perto, chamou mais uma vez e nada.
Esqueceu o café, trocou de roupa, embrulhou o cãozinho na toalha limpa e partiu com ele para a garagem. Abriu a porta traseira do carro e acomodou-o ainda sem sentidos no banco de trás, tomando a direção da Veterinária próxima.
Apreensiva e nervosa, entregou o cão ao atendente, que a fez esperar uma eternidade pelo veredicto: infecção estomacal. Após três horas na sala de espera, ainda não sabia o que fazer, pois a amiga que havia se disposto a ficar com o Príncipe por certo não o aceitaria doente.
O que fazer com as passagens compradas, como cancelar o hotel se dali não podia despregar os pés? Viu o sábado quase todo indo embora. Sentiu um misto de amor e ódio pelo cãozinho que a tirava dos sonhos, naquele exato momento em que precisava tanto. Dirigiu aos Céus aquela série de blasfêmias próprias daqueles que se sentem ultrajados no seu mais ínfimo desejo. O que fazer era a questão, e enquanto buscava mentalmente as soluções, chegou o atendente para dizer que em menos de meia hora o seu Príncipe já poderia retornar ao lar são e salvo.
Agora agradeceu aos Céus e aguardou pacientemente, com a certeza de que, enfim, tudo havia se resolvido. Afinal, se fosse rápida, seus planos ainda poderiam se concretizar. Pensou em notificar sua mãe e sua irmã em Friburgo - únicas pessoas a quem devia consideração na vida - do aeroporto mesmo.
Eis que surge o atendente com o cão nos braços que, ao vê-la, late sem parar até que ela o acaricie, no que retribui com lambidas doces e espaçadas. No percurso para casa, Príncipe, olhando-a com insistência, pula para o banco da frente do carro, virando e revirando em meio a latidos baixos em forma de soluços, a fim de chamar sua atenção.
Quase não consegue abrir a porta de casa com o risco de tropeçar no cãozinho que, esbaforido, corre e pula em seu colo, obrigando-a a sentar-se, como a impedi-la de qualquer ato que não fosse, exclusivamente, cuidar dele.
De repente, num suspiro que trouxe do fundo da alma, ela compreendeu que naquele fim de semana, especialmente naquele fim de semana, não poderia deixá-lo à sorte ou em outra companhia que não fosse a dela. E, de pronto, decidiu que com ele permaneceria.Ligou para a amiga falando de sua decisão e desobrigando-a do combinado, e concluiu que este final de semana cuidadosamente programado lá se foi pelos ares.
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Cura - por Moita

Quando a vida pregar insegurança
e não tiveres uma luz, uma saída.
A viela mais estreita e mais comprida
pode ser a paz da esperança.

Essa busca que vem desde criança
e a cada dia, te ancora em nova espera.
Que no inverno, desejas primavera.
Desejas o desejo e não alcança.

Ficas fora de ti, cometa asneiras
e não tenhas receio de besteiras.
Esqueças o arrependimento e o pudor.

Relaxas esse teu corpo vacilante.
Conforta-te num chamego inebriante
e te entregues aos braços do amor.
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O Retrato de Dorian Gray - por Kbçapoeta

O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde


“Muito bom mesmo!
Parafraseando Abujamra:
- É um tipo de leitura que aumenta o volume do cérebro.”
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Resposta a “O Retrato de Dorian Gray”, de Passa-Tempo.
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E você? Que livro considera muito bom?
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Ishar, Revolucionário de uma Vida Passada - por Alba Vieira

Túnica vermelha cor de sangue
Cravejada de pedras preciosas
Ornando-lhe as costas poderosas
Sempre que subia ao palanque.

Calvo, ereto, de olhar penetrante,
Com voz suave, melodiosa que hipnotiza
Todos os que o cercam num instante
Em que profere palavras de justiça.

Um dia sua liderança incomodou,
Foi apunhalado no catre solitário,
Não sem antes dizer ao matador
O desperdício de ceifar um revolucionário.
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