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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Vinte e Um - por Leo Santos

O amor é tão sábio, que nos faz idiotas,
pinta a tolice dos nossos lábios,
e a amada nem o nota;
Também comigo já fez,
dizer duas palavras em parco inglês,
e ler no olhar amado: “poliglota”.

O amor é tão duro que parecemos gelatina,
desmonta nossas defesas,
quando a amada se aproxima;
Também a mim desmontou,
quando numa gafe ela errou
e observei: “Esperta essa menina”.

O amor é tão complexo, que nexo ignora,
não pede nem dá razões,
é absoluto quando aflora.
Também eu não entendi,
quando seu afago recebi,
tampouco quando foi embora…

O amor é tão ímpar como vinte um,
nada se lhe pode comparar,
nenhum sentimento, nenhum;
Também eu já fui meio,
mas quando o vaso está cheio,
os dois perfazem um…



Visitem Leo Santos
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Fechou o Tempo - por Ana

O quê?!!!! Me chamou de galinha?!!!!!
Que baixaria, meu povo!
Tá maluco, caro Gio?!!!
Por acaso eu ponho ovo?

Chamo a Escrevinha mesmo
Quando é questão legal.
Foi me chamar de ladra!!!!
Que moleque infernal!


Me acusa de incoerência,
Não consegue apontar uma.
Diz que argumento meu não presta,
Mas resposta tua... nenhuma.


Decadência vem daí,
Seu buGio fedorento.
E eu não bebo (viu meu lanche?),
Seu Monge bebum perebento.


E se eu fosse uma maçã,
Seria a do paraíso,
Da Árvore do Conhecimento,
Da Verdade e do Juízo.


Minha ironia desatina?
Ela é hilária, eu ressalvo!
Isso porque tô confortável
E o que me inspira é o meu alvo.


Não me espanta a afirmativa
De que o duelo te martirizou:
Apanhou mais que cabrito em horta,
Ficou em choque... Aparvalhou.

Perguntei se queria encerrar
O duelochat, é a mais pura verdade,
Mas foi porque, peste fominha?
(E diz que tem integridade...)

Eram dez falas “ai, que fome!”
Pra cada quadrinha que vinha,
Pôs pipoqueiro no duelo,
Engoliu verso... perdeu a linha.

Rezando pra terminar,
Falou “continuo o show
Quando te propus parar.
Mas fez três quadras e se mandou.

Tu ficou choramingando
Não se comportou feito homem...
Nunca mais te dou ideia!
Da próxima vez morre de fome!


E tua azia vem da gula:
Fala de comida a todo instante!
E vaidade não: sou realista.
Tenho culpa se às vezes sou brilhante?

Eu não me furto da autocrítica
E não me supervalorizo:
Se tá ruim, eu me condeno,
Se tá bom, abro um sorriso.

Foi como eu li num blog,
Num post sensacional:
Estou em perfeito “equilíbrio
Entre o sonso e o boçal”.


E, Gio, concordo contigo:
Às vezes tem gente que volta...
Como é o caso hoje:
Tremenda reviravolta!

Pedi um favor à Ninja,
Tu viu? Ela me atendeu...
Mas tem um que vai e não volta
E, como sempre, não serei eu.

Vou te botar pra correr,
Tu vai me pedir arrego,
Vai ficar traumatizado,
Nunca mais vai ter sossego.

Quanto a acabar comigo,
Toda tentativa é vã:
Tu tá mais para o Javert
E eu, para Jean Valjean.

Tu é o maior fracasso!
Meteu a mão, desandou...
Um exemplo é teu pc:
Foi consertar, escangalhou!

Na vida amorosa também:
Cadê teu amor charmoso?
Divórcio atrás de divórcio,
Cara, tu é escabroso!

No início do duelo
Até dava pra te ler...
Mas agora tá sofrível...
Quem te viu e quem te vê...

É mancada atrás da outra,
Tá pior que a Terezinha:
Das estrofes que me escreve,
Não se aproveita uma linha...

Quem mandou cantar de galo?
Agora tu vai amargar!
A coisa aqui é tempestade!
Já correu ou vai encarar?




Resposta a Uns Voltam, Outros Não e Ainda em Tempo III, de Gio.
Referências: Ele Corta e Ela Lê, de Ana;
Aos Guerreiros, o Descanso!, de Gio;
Duelochat entre Gio e Ana;
Blog do Gio;
post Humildemente... Pra que Modéstia?, do Blog do Gio;
A Ninja x A Samurai;
“Os Miseráveis”, de Victor Hugo;
Mote do Gio I, de Gio;
As Nossas Palavras XVI: Acróstico I, de Gio;
“Vou Deitar e Rolar”, de Baden Powell e Paulo César Pinheiro,
interpretação de Elis Regina.
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Soneto da Terceira Idade - por Gio

(Paródia de “Soneto de Fidelidade”, de Vinicius de Moraes)


De tudo, a um ancestral serei atento
Antes de mim aqui veio, portanto
E com ele, eu me pareço tanto
Que confundiu, nublou teu pensamento

Talvez só seja “branco” de momento
De quem, com dor, se recosta num canto
De um asilo, e chora seu pranto
(A esclerose é descontentamento)

E assim, mesmo que na mente procure
Ó monolito, que há eras sobrevive
E hoje está cheio de limo e de lama,

Só possa se lembrar do avô (que tive):
À “imortal”, já a velhice chama
E, pena, esse mal não há quem cure
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Resposta a Do Início Eis o Verso, de Ana.
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Visitem Gio
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Que Dor de Dentes! - por Adir Vieira

Parece até que estou no meu “inferno astral”!
Mas não é o caso, pois aniversario em janeiro!
Ontem passei o dia com uma terrível dor de dentes. Acordei, já de madrugada, com a dor me incomodando. Daí, duas horas da manhã, não consegui dormir mais.
Levantei-me da cama sem coragem de acordar meu marido que dormia o vigésimo sono tranquilo e procurei não fazer barulho, embora minha vontade naquele momento era bater com a cabeça na parede, tamanha a dor que sentia.
Iniciei uma investigação bucal para identificar a causa, já que estava bem, sem qualquer problema nos dias anteriores. O que consegui perceber, com a lente de aumento, foi uma vermelhidão da gengiva na parte que parecia afetada, mas o latejar não melhorava.
Busquei, na farmácia doméstica, produtos de gargarejo e, para minha surpresa, nem a possante “malvona” aliviava o mal.
Tentei de tudo sem sucesso e já irritada e doída, procurei me acalmar e esperar o dia amanhecer para procurar ajuda profissional.
Mais uma vez, sem sucesso: meu dentista estava em férias e “aquele” substituto não atendia às “quartas-feiras”. Recorri à irmã médica que avaliou inflamação e receitou um potente anti-inflamatório.
Desesperada, constato que após a ingestão da terceira cápsula nada sequer melhorou, a dor nem mesmo diminuiu.
Começo a ficar sem paciência e me convenço de que não posso mais esperar, recorro então a indicações que possam me aliviar.
Parece que encontrei uma que suspeita de canal, mas, para minha tristeza, terei que aguardar o efeito do anti-inflamatório.
Uma simples dor de dentes e tanta agonia...
Meu humor está péssimo, minha vida virou do avesso e a dor não me abandona...



Visitem Adir Vieira
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Curvando-me - por Alba Vieira

Parece inútil a espera
Sei que não é
É que devo aprender a aceitar
Resguardar-me da devastação que o orgulho provoca
Devo curvar-me ainda uma vez
Rir do que me tornei e parecia não ser capaz de atingir
Em meio à estranheza
É que me reconheço ainda mais
A inutilidade só existe para os que não enxergam
Permito-me a expansão por mais que as paredes se espessem
Garanto a minha elevação apesar daquilo que me oprime
Tento buscar sentido no que me parece desprovido de qualquer finalidade

Estou acima porque vivo em espírito.



Visitem Alba Vieira
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Convite - por Dan

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Estou convidando o pessoal do Duelos para o lançamento de meu livro “A Casa das Fadas”,
aqui em Sampa, a realizar-se em agosto. Esperando presença que só me dará alegrias.
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Visitem Dan
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O Galanteador Comunista - por Flavio Braga

- Olá, companheira.
- Companheira de quem? De você, barbudo?
- Claro, por que não?
- Mas nem te conheço.
- Meu nome é Lenin Stalin Mao Marx Engels Guevara-Castro, mas pode me chamar de Flavio.
- Você é muito estranho. Você é um daqueles fãs malucos do Los Hermanos, não é?
- Não, meus hermanos são outros. Tem o Chavez, o Morales, Correa, Noriega...
- Quem?
- Não importa. Estou aqui por uma nobre causa.
- E qual seria esta nobre causa?
- Quero que você divida seu latifúndio comigo. É rapidinho, dois minutos, juro.
- O quê? Sabia que tenho namorado, e ele é faixa preta de caratê?
- Poxa, companheira, fala para ele que ele tem que dividir o que ele tem sobrando com os menos afortunados. Abaixo ao monopólio! Viva a ditadura do proletariado!
- Não, o nome dele não é Monopólio, é Valdemar. Um loiro alto, olhos azuis, lindo.
- Yankee!
- Não, é Valdemar.
- Neoliberal estadunidense, sabia.
- Não, ele é de Cascadura, mesmo.
- Bem, isso não importa. Meu papo é com você. Quero te mostrar a força do meu operariado, se é que você me entende.
- Sabia que você é muito insistente?
- Mas temos que ser insistentes para alcançar a revolução, ou o par de peitos mais próximo, tanto faz.
- Você é um grosso, sabia?
- E você é uma pobre vítima do capitalismo selvagem estadunidense, que pode até calar as nossas vozes, mas ele sabe que nunca vai se livrar da revolução, pois a revolução está escondida em cada gueto, em cada lugar onde a injustiça impera, esperando uma chance para se levantar contra o sistema neoliberal...
- Nossa.
- O quê?
- Suas palavras. Foram profundas. Eu acho que vou te dar uma chance.
- Eu sei, aprendi quando passei um tempo em Havana.
- Com Fidel?
- Não, com a companheira Maria Del Barrio, uma moça da vida. Muito profunda. Ou pelo menos algumas partes do corpo dela eram profundas, que seja. Endurecer, sim, perder a ternura, jamais!
- Posso te fazer uma pergunta?
- Uhum.
- Se você é comunista, então significa que você vai me dividir com seus tais companheiros?
- Claro que não. Só se o Partido Comunista da União Soviética me pedir.
- Mas a URSS não existe mais.
- Por isso mesmo. Não quero correr perigo.



Visitem Flavio Braga
Friedrich Engels, Ernesto Che Guevara, Karl Marx.

Acróstico-A - por Gio

Genocídio pelos hospitais
Relatando o que se omitiu.
Impossível a qualquer um que sai
Pensar que é festa, feito réveillon:
Estamos rumando para uma pandemia



Visitem Gio
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Bruna Lombardi “Sei de Cor” - Citada por Penélope Charmosa

Eu sei de cor o seu nome
de cor o seu passaporte
o seu ponto de partida
o seu ponto de encontro
nossos encontros na areia
sei de cor suas veias
suas coisas íntimas
suas roupas íntimas
as cores de sua alma
eu sei de cor seus demônios
a dança de suas bruxas
eu sei de cor as lutas
de você consigo mesmo
frente ao espelho do banheiro
eu sei de cor o seu cheiro
as paixões que o escondem
o ódio que o ameaça
suas fugas, suas dores
eu sei de cor seus humores
eu conheço a sua raça.



In “No Ritmo Dessa Festa”.
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