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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




domingo, 9 de janeiro de 2011

Duelando Manchetes XI: Homossexualidade - Artigo Enviado por S. Ribeiro

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O seguinte artigo de Drauzio Varella foi publicado na sua coluna da “Ilustrada”, da Folha de São Paulo, no sábado, 4 de dezembro. Republico-o por considerá-lo um dos textos mais lúcidos e inteligentes que já li sobre o assunto.
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VIOLÊNCIA CONTRA HOMOSSEXUAIS
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A HOMOSSEXUALIDADE é uma ilha cercada de ignorância por todos os lados. Nesse sentido, não existe aspecto do comportamento humano que se lhe compare.

Não há descrição de civilização alguma, de qualquer época, que não faça referência a mulheres e a homens homossexuais. Apesar de tal constatação, esse comportamento ainda é chamado de antinatural.

Os que assim o julgam partem do princípio de que a natureza (leia-se Deus) criou os órgãos sexuais para a procriação; portanto, qualquer relacionamento que não envolva pênis e vagina vai contra ela (ou Ele).

Se partirmos de princípio tão frágil, como justificar a prática de sexo anal entre heterossexuais? E o sexo oral? E o beijo na boca? Deus não teria criado a boca para comer e a língua para articular palavras?

Se a homossexualidade fosse apenas uma perversão humana, não seria encontrada em outros animais. Desde o início do século 20, no entanto, ela tem sido descrita em grande variedade de invertebrados e em vertebrados, como répteis, pássaros e mamíferos.

Em alguma fase da vida de virtualmente todas as espécies de pássaros, ocorrem interações homossexuais que, pelo menos entre os machos, ocasionalmente terminam em orgasmo e ejaculação.

Comportamento homossexual foi documentado em fêmeas e machos de ao menos 71 espécies de mamíferos, incluindo ratos, camundongos, hamsters, cobaias, coelhos, porcos-espinhos, cães, gatos, cabritos, gado, porcos, antílopes, carneiros, macacos e até leões, os reis da selva.

A homossexualidade entre primatas não humanos está fartamente documentada na literatura científica. Já em 1914, Hamilton publicou no “Journal of Animal Behaviour” um estudo sobre as tendências sexuais em macacos e babuínos, no qual descreveu intercursos com contato vaginal entre as fêmeas e penetração anal entre os machos dessas espécies. Em 1917, Kempf relatou observações semelhantes.

Masturbação mútua e penetração anal estão no repertório sexual de todos os primatas já estudados, inclusive bonobos e chimpanzés, nossos parentes mais próximos.

Considerar contra a natureza as práticas homossexuais da espécie humana é ignorar todo o conhecimento adquirido pelos etologistas em mais de um século de pesquisas.

Os que se sentem pessoalmente ofendidos pela existência de homossexuais talvez imaginem que eles escolheram pertencer a essa minoria por mero capricho. Quer dizer, num belo dia, pensaram: eu poderia ser heterossexual, mas, como sou sem-vergonha, prefiro me relacionar com pessoas do mesmo sexo.

Não sejamos ridículos; quem escolheria a homossexualidade se pudesse ser como a maioria dominante? Se a vida já é dura para os heterossexuais, imagine para os outros.

A sexualidade não admite opções, simplesmente se impõe. Podemos controlar nosso comportamento; o desejo, jamais. O desejo brota da alma humana, indomável como a água que despenca da cachoeira.

Mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países o fazem com o racismo.

Os que se sentem ultrajados pela presença de homossexuais que procurem no âmago das próprias inclinações sexuais as razões para justificar o ultraje. Ao contrário dos conturbados e inseguros, mulheres e homens em paz com a sexualidade pessoal aceitam a alheia com respeito e naturalidade.

Negar a pessoas do mesmo sexo permissão para viverem em uniões estáveis com os mesmos direitos das uniões heterossexuais é uma imposição abusiva que vai contra os princípios mais elementares de justiça social.

Os pastores de almas que se opõem ao casamento entre homossexuais têm o direito de recomendar a seus rebanhos que não o façam, mas não podem ser nazistas a ponto de pretender impor sua vontade aos mais esclarecidos.

Afinal, caro leitor, a menos que suas noites sejam atormentadas por fantasias sexuais inconfessáveis, que diferença faz se a colega de escritório é apaixonada por uma mulher? Se o vizinho dorme com outro homem? Se, ao morrer, o apartamento dele será herdado por um sobrinho ou pelo companheiro com quem viveu por 30 anos?
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Visitem S. Ribeiro
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A Boneca - por Alba Vieira

Rostinho rosado de porcelana, os olhinhos vivos e amorosos. Vestidinho vaporoso e azul esverdeado qual água marinha. Ela me conquistou ao primeiro olhar. Era uma bonequinha que apaziguava os corações de tão delicada expressão que tinha. Seus cabelos louros, presos num pequeno coque e encimados por fita de mesma cor do vestido e do sapatinho davam-lhe uma graça especial. Mas, o que mais sobressaía nela, além do olhar era o sorriso afetuoso. Quantas crianças ela estava fadada a conquistar? E quantos adultos, de súbito, desencantariam suas porções criança, tão cotidianamente soterradas pelas demandas da vida adulta (tão ditatoriais quanto sem graça)? Com certeza, se ela fosse presenteada ao ser mais maduro, no que se refere à chatice de ter crescido, ele não poderia esconder ao encará-la a fenda por onde escaparia um quê de doçura, fantasia e espontaneidade que só as crianças sabem traduzir na expressão quando alguma coisa as encanta e arrebata. Que momento mágico aquele que permite a volta à infância no que ela teve de bom, belo, acolhedor, apaziguador em cada pessoa, apesar dos conflitos, das dores, dos tormentos que vieram depois!
A beleza é assim: tem o poder de resgatar no fundo do nosso ser aqueles tesouros que foram sendo amealhados ao longo da vida e que de tão escondidos, por vezes até mesmo o dono se esquece que os possui. E, ainda que o conceito de beleza possa variar de acordo com o observador, existe naquilo que toca fundo o coração uma tal harmonia que é universalmente percebida, não há quem esteja imune ao seu feitiço. E essa bonequinha é assim: um mimo que dá vontade da gente dar de presente pra todo mundo.
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Visitem Alba Vieira
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Séquito - por Leo Santos

A liberdade é tão livre, que prescinde de transgressão,
patente, de modo que todos veem suas cores;
assaz forte, pode prender monstros,
tão terna, como regar flores.

Sem necessidade, tudo prova,
alheia a escudo, se conserva;
ignora censuras, sem ignorância,
não vê defeitos, e tudo observa.

Tão livre, que até prende,
sem jamais fechar a porta;
ainda que bela, não se exibe,
aparenta ser frágil, e tudo suporta.

Tem a chave pras algemas da mentira,
e o aríete, pros portais da ignorância;
a magia de flutuar no tempo,
e a senha pra desfazer distância.

Seu séquito, a própria luz,
que tira os reféns, da caverna;
seu templo é Santo, o Senhor Jesus,
seu tempo é tanto, a vida eterna…
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........Visitem Leo Santos
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Anos Incríveis - por Gio

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Os anos 80. Ah, os anos 80... Incrível como essa época provoca suspiros em cadeia quando é mencionada. Muitos viveram nela, e muitos têm boas lembranças de lá: a explosão musical, os clássicos, a infância, a década do experimentalismo. Da mesma forma, as correntes do tipo DNA (Data de Nascimento Antiga) cultuam coisas de um pouco mais além, onde a TV era em preto-e-branco e o rock and roll dava os seus primeiros passos. Eu, como bom nostálgico, normalmente me comovo com esse tipo de coisa.

Acontece que eu não vivi isso. Eu nem tinha começado a falar quando Cazuza e Freddie Mercury se foram. Os Chili Peppers já estavam com o Frusciante quando eu comecei a ouvir. Nunca vi os Beatles juntos, nem conheci o primeiro guitarrista dos Rolling Stones. Nunca vi Nacional Kid e, quando vi Astro Boy, já estava remasterizado e em cores. Changeman, para mim, é estória, e só vi o primeiro Jaspion em revistas. Conheci a ditadura nos livros de História, assim como o Diretas Já e os caras-pintadas (que, para uma criança, eram apenas índios). Fofão e Topo Gigio são “lendas” que escutei da minha mãe, e Caverna do Dragão já era retrô quando eu assistia.
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Eu vivi os anos 90. Acordava bem cedo para ver os desenhos da Vovó Mafalda, e aprender a experiência do dia no Eliana e Cia (antes de virar “Bom Dia e Cia”, e perder a graça com a saída da Eliana). No Sábado Animado, eu não perdia O Fantástico Mundo de Bobby. Via Ursinhos Carinhosos, Fly, e os mesmos episódios repetidos de Dragon Ball e Cavalo de Fogo. Na Manchete, acordava cedo para ver Samurai Warriors e Maskman, e chegava em casa do colégio correndo para ver Cavaleiros do Zodíaco e Yu Yu Hakusho. Eu cantava em embromation o tema de fechamento do Capitão Planeta, e o “Keep on shining/Keep on shooting” da abertura de Shurato virava “E com Jaime/E com Judy”. Cresci vendo Thundercats, Silverhawks e Os Seis Biônicos. Alguém se lembra de Os Jovens Guerreiros Tatuados de Beverly Hills?

Quando surgiu a TV a cabo, fiquei curioso. Quando instalaram ela na minha casa, foi amor à primeira vista. Eu solucionava os mistérios do Fantasma Escritor, e aprendia os origamis nos intervalos do Discovery Kids. Assistia O Máskara e Ace Ventura; morria de rir com Freakazoid e Pinky e Cérebro; via O Mago e Oggy e as Baratas sem saber que eram canadenses. Acompanhei gerações e gerações de Power Rangers (e semelhantes, como Beetleborgs). Quando minha aula passou para a manhã, acordava às 6:30 só para ver A Tartaruga Touché. Meu sábado de manhã mudou para Big Bag e As Trigêmeas – e um pouco de Super Mario World no SNES, é claro.
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Passava as férias na praia jogando taco com as vizinhas. Arrebentei algumas Molas Malucas, e vi meus tios ficarem com hematomas por brincarem com o meu bate-bate. Tinha um mini-pescaria com ímã, e achava o Aquaplay o máximo. Tive um tênis que acendia luz nos calcanhares, e construí aviões com os palitinhos de Frutilly. Meu dindo teve um Startac e meu irmão, um Tamagotchi. Lia a Veja Kid+, e a Contigo Kids quando ainda vinha dentro da Contigo. Entrei na febre Pokémon e, logo em seguida, na Digimon também. Perdi a conta de quantas miniaturas eu tive de cada um. Meu trauma de adolescência foi descobrir que a minha mãe doou meus Lego para um orfanato.

Assisti a O Rei Leão e O Corcunda de Notre Dame no cinema. Nas minhas esperas dentro de um carro estacionado, enrolava em bom portunhol “No Te Preocupes”, do El Simbolo, e fiquei marcado por “I Live My Life for You”, do Firehouse. Vi o Skank se tornar a banda favorita da minha infância, e o J. Quest mudar de nome por medo de violação de direitos autorais. Presenciei um festival de novelas mexicanas (na TV, e não no Senado), sendo a metade delas estreladas pela Thalia, e com “Maria” no título. Era apaixonado pela Mili das Chiquititas, e fiquei triste quando ela teve que sair do X-Tudo.
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X-Tudo? Viva a TV Cultura! Acho que ela é um capítulo à parte na minha infância. Dificilmente algo vai me marcar tanto, e em tantas áreas (é, talvez eu seja um nerd). Aprendi com O Professor, ouvia as estorinhas do Babar, e me perguntava como faziam para colocar os rostos nos peixes de Glub Glub. Imaginava como construir uma engenhoca como a da abertura de Rá-Tim-Bum, e cantava as musiquinhas do Castelo Rá-Tim-Bum. ♪ Lava uma mão, lava outra, lava uma...
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Colecionei os jogos de cartas do Nestlé Surpresa e os brinquedos do Kinder Ovo (no tempo que ainda era 50 centavos). Nunca tive um ioiô da Coca-Cola, nem sei dar uma “volta ao mundo”; mas tive algumas garrafinhas, e muitos gelocósmicos. Chupava Push Pops sem a mínima maldade, assim como os pirulitos-chupeta. Bebi Mirinda laranja e uva, 7Up e refrigerantes Diet. Comi pão com Cremucho, e com Iô Iô Crem. Sou do tempo em que o Nesquick ainda era Quick, e que o Stickadinho ainda era Stick.

Vi as boy bands e girl bands surgirem, e irem embora. Vi a Xuxa em sua melhor época apresentar dois programas diferentes. Ah sim, eu morria de medo do Baixo Astral em “Lua de Cristal”. Vi pessoas correndo de “monstros” ao fazerem a escolha errada na Porta dos Desesperados. Lembro do tema de Fera Ferida, e dos mistérios de A Indomada e A Próxima Vítima. Apanhei anos para a internet discada antes de ver a ADSL surgir. Naquele tempo, o YouTube não daria certo...
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Eu vivi os anos 90, e me orgulho disso. Vi muitas coisas surgirem, outras desaparecerem, e outras evoluírem. Aproveitei a minha infância ao máximo, e ainda sou meio criança até hoje. Ao escrever isso, me lembrei de tanta coisa que a nostalgia bateu muito forte; e nem de longe consegui colocar tudo sobre o que me lembrei. E é por isso que eu grito aos quatro ventos: eu amo os anos 90!

*Nota: Eu ainda não me perdoei por ter esquecido de mencionar Cocoricó e O Mundo de Beakman. E acabei de ser lembrado dos Mamonas Assassinas.
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Visitem Gio
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Telefone na Geladeira - por Fatinha

Querido Brógui:

Adoro uma frase feita, fazer citações. Dizem por aí que quem gosta disso é porque não tem capacidade de criar suas próprias falas, então repete o que os outros dizem. Sei não. Acho desnecessário tentar criar o que já foi criado e, com perfeição. Imagina ter que inventar a roda todos os dias? Sendo assim, se alguém já disse exatamente o que eu penso, porque me dar ao trabalho de ser original?
Mas, vez por outra eu tenho meus rompantes de criatividade e solto umas pérolas realmente interessantes para expressar o que sinto. Ontem, conversando com uma amiga pelo telefone, falei pra ela: “Eu já estou guardando telefone na geladeira.”
Pois é. Depois de sair do hospital, perder a chave do carro dentro do carro, morder a bochecha comendo uma bala, o ápice do desconcatenamento mental foi guardar o telefone na geladeira.
Meu pai está internado há doze dias (tá tudo bem, dentro do possível). Estou há doze dias sem comer e sem dormir decentemente. Comprei uma Coca Light no caminho de casa pra acompanhar um resto de pizza comprada no domingo. No trajeto vim ruminando toda a minha raiva contra uma pessoa irritante cuja única missão na vida é encher o saco dos outros. Vim decidida a ligar pra minha amiga a fim de pormos um ponto final na crise. O que fiz quando cheguei em casa? Peguei o telefone sem fio, abri a geladeira, tirei a pizza velha lá de dentro, guardei nela a latinha de refrigerante com o telefone e depois disso, fiquei uns quinze minutos procurando-o.
Bem, podia ter sido pior. Eu poderia ter colocado o telefone dentro do forno, junto com a pizza passada.
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Postado, originalmente, em 20/11/08.
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Visitem Fatinha
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Dilema - por Marília Abduani

Devo rir ou chorar diante da guerra da vida?
Devo arrancar os espinhos ou esquecer os espinhos e buscar nova flor?
O que está certo: apagar a vingança ou morrer de esperança?
Tudo é dilema.
Não sei se calo, não sei se grito, não sei se nego ou se permito.
Devo procurar meus passos para achar os teus
ou esquecer teus passos para achar os meus?
Devo sair de mim pra te encontrar, sereno,
ou arrancar de mim o teu olhar moreno?
Esquecer a luz e caminhar nas trevas
ou esquecer as trevas se quiser ter luz?
Dentro de mim tudo é drama, tudo é fossa, tudo é trama.
Não sei se canto, não sei se escapo
ou se levanto e te mato.
Devo esquecer os versos que, em vão, componho
ou esquecer a realidade e viver de sonhos?
E à noite, devo sonhar ou dormir infeliz?
Devo querer quem me quer ou esquecer quem não me quis?
Devo viver a vida e fugir da morte
ou esquecer a morte se quiser ter vida?
Não sei mais: se amo ou se esqueço
se enfrento ou se escondo,
se espero ou se prossigo em minha ida.
Devo rir ou chorar diante da treva da vida?
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..............Visitem Marília Abduani
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Espetáculo - por Renata Zonatto

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Teatro.
Uma peça.
A plateia.
Na bilheteria,
a numeração intacta.
Decorar o texto?
Ensaiar as cenas?
Melhorar a interpretação?
Eles esqueceram as falas.
Não lembram as deixas.
O script?
A cenografia?
Nunca existiram.
Enredo?
O tédio.
Personagens de uma peça da qual os espectadores
são as cadeiras vazias.
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............................Visitem Renata Zonatto
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Eu e Meus Óculos Escuros - por Flavio Braga

Até pouco tempo atrás, eu não gostava muito de óculos escuros. Sei lá, implicância minha, achava que óculos escuros me faziam parecer um besouro com um pouco mais que 1,80m. Mas eu vi que, se eu quisesse enxergar alguma coisa no sol que estava fazendo nesse verão senegalês daqui do Rio, eu teria que comprar uns óculos escuros. Comprei. Achei um que eu acabei parecendo o Exterminador do Futuro, versão negra, subdesenvolvida e resumida. Um Scwarzerneguinho. Mas o que interessa é que os óculos não só caíram bem como me fizeram mudar radicalmente a minha opinião sobre os óculos escuros. São esconderijos que cabem no bolso! Eu, que sou tímido, sempre tive dificuldade de olhar desconhecidos nos olhos. Agora olho numa boa, só falta fazer careta para eles. Fiquei com um ar meio perigoso, mas perigoso no sentido “ei, gatinha, quer descobrir o que tem de bom por trás desses óculos?”, não o perigoso “ei, madame, perdeu, isso é um assalto!”, sabe? Até para dar aquela olhada sacana para as moças na rua os óculos servem. Eu olho e elas não percebem. Ou percebem, sei lá. Depende se elas estão indo ou vindo.
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Visitem Flavio Braga
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Lembranças da Berenice - por Adir Vieira

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Ontem encontrei, nos meus guardados, um caderno da minha infância. É um caderno simples, de capa dura, de cor amarelo e com o desenho de uma joaninha na parte frontal. A joaninha parece pintada artesanalmente de tão perfeita.
Nos meus tempos de escola, tínhamos o hábito de, ao término das aulas, os amigos passarem um caderno entre si, onde cada um, em cada folha, ia escrevendo uma mensagem de carinho para o dono do caderno.
Já lá se vão mais de cinquenta anos e esse caderno foi do tempo em que eu cursava o terceiro ano ginasial (na minha época a nomenclatura dos cursos era outra).
Resolvi escrever este post para mostrar aos meus amigos blogueiros como é importante assegurar com imagens pela vida afora, as lembranças dos momentos bons.
Hoje sei porque guardei aquele caderno, mas na época em que o revesti com um plástico e o mantive no fundo de uma gaveta, meu ato foi banal.
Relendo-o, voltaram à memória amigos queridos e suas formas de viver a vida, suas maneiras de se dirigir a mim etc.
Como a da Berenice, uma menina magrinha de óculos fundo de garrafa e sempre com um sorriso nos lábios. Todas as vezes que ela por mim passava, sorria e dizia: - Adir, somar ou diminuir?
Guardem suas memórias fisicamente para poderem apalpá-las em momentos tardios da vida.
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Visitem Adir Vieira
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Livro Gratuito: Práticas Pedagógicas - por Izabel Sadalla Grispino

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Eis na íntegra o que a autora escreveu nas duas “abas do livro” PRÁTICA PEDAGÓGICA (ESTRUTURANDO PEDAGOGICAMENTE A ESCOLA):
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“Este livro apoia-se na pedagogia da cooperação, libertadora, interativa. Pedagogia que, ao alcançar o sucesso da aprendizagem, colabora com a permanência do aluno na escola, evitando sua evasão ou repetência.

Integrar o aluno no ambiente escolar é a grande estratégia para o princípio de inclusão. Nesta virada democratizante da escola, os programas devem trazer uma preocupação com a integração do aluno em seu meio. O conhecimento deve estar relacionado com a realidade de onde o aluno sai. Em cada realidade, há um código, em nível diferente de elaboração, que distingue as diferentes falas.

O professor deve pesquisar o universo de linguagem de seus alunos e trabalhar, em sala de aula, com os níveis encontrados. Descobrir qual é o seu discurso, qual a cultura que o sedimenta e aceitar a sua fala.

A memória da cultura popular está enraizada na vida do povo. A escola não pode ignorá-la, desvalorizá-la, perante a idéia de uma sociedade luminosa. Essa cultura é importante para o aluno que vem dela, que vive nela.

Seu discurso, visto como importante por alguém diferente dele, cria momentos educativos, projetos educativos,em direção a uma educação ministrada com solidariedade e equidade social. O professor descobre, na voz do aluno, valores que representam a cultura de sua realidade e o aluno descobre que sua voz tem importância para o professor. Estabelece-se uma relação educativa de estímulo e confiança. O aluno da classe pobre, ao não se sentir humilhado culturalmente, eleva sua auto-estima, que vai garantir sua permanência na escola.

A alfabetização é ponto chave no sucesso da aprendizagem. Ela, também, deve partir do estudo da cultura da comunidade do aluno, em que nível linguístico e cultural ele se encontra, quando chega no 1.º ano do ensino fundamental, e em que nível se quer fazê-lo chegar. A escola reconhecendo e respeitando o universo de onde veio o aluno, adaptando-se a ele, fará uma adequação do universo cultural que ele trouxe com o novo universo oferecido por ela, evitando que ele se sinta um estranho no ninho. Dessa maneira, a escola provocará uma ruptura bem menor desses universos. O aluno, aceito em sua maneira de ser, vai percebendo que é possível articular a sua linguagem com a da escola.

Reivindica-se à escola que, a partir de uma cultura popular - no caso da escola pública - ela crie uma consciência da sua necessidade de se formar um elo, uma relação de articulação serena, entre o seu universo e o da criança. No momento em que essa articulação se concretizar, a aprendizagem estará garantida. A criança não se sentirá frustrada, olhada como alguém que fala um discurso estranho. Perceberá que não há discurso distinto entre o dela e o da escola. Vai evoluir com naturalidade, não vai decorar ou repetir aquilo que lhe mandam. A passagem entre o seu mundo e o das letras processou-se de modo tranquilo, com respeito e valorização.

Assim como esta, outras posturas educacionais trazem a este livro momentos de muita reflexão, de adequação à época em que vivemos e consequente mudança de mentalidade.

Confira você mesmo”.
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Baixe o livro gratuitamente diretamente do site da autora clicando aqui.
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Obs.: O site é gratuito. V. Sa. está autorizado(a) a baixar em seu computador o livro “Prática Pedagógica (Estruturando Pedagogicamente a Escola)”, assim como as poesias e os “Artigos Educacionais”, imprimindo cópias, xerocando todo esse material, enviando por e-mail a seus colegas, devendo, apenas e obrigatoriamente, ser mencionada a autoria dos mesmos. Respeite sempre os direitos autorais.
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Mário Quintana e o “Novo Ano!!!” - Enviado por Poty

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O Ano Novo ainda não tem pecado:
É tão criança…
Vamos embalá-lo…
Vamos todos cantar juntos em seu berço de mãos dadas,
A canção da eterna esperança.
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Visitem Poty
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Efeito Pequeno Príncipe - Enviado por Davi Rodrigues

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Não é só o querer, é o desejar
Não é só o saber, é o querer aprender
Não é só a distância, é o visualizar do encontro
Não é só o por de sol, são os milhares de amanheceres
Não é apenas o oceano, é o que cada gota representa
Não é o universo, mas sim, a disponibilidade e vontade de se apreciar cada estrela
Não é o poder e o rebuscar de cada palavra é a sinceridade e o efeito que podem causar
Não é o proteger do abraço que nos faz seguros mas a força que a presença se nos apresenta
É o crescer constante de cada palavra que se aflora de cada atitude
É o se sentir diminuto ante a grandeza da vida
E perceber o quanto isso nos torna tão frágeis
Sensíveis a ponto de sermos
E de nos tornarmos
Tudo o quanto
Protegemos
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(Sem Título) - por ZzipperR

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O beijo da morte traz um sabor misterioso, silencioso, amedrontador porém confortador num abraço eterno. O melhor a fazer é apreciar esse beijo com prazer, pois contrariando tudo o que as pessoas pensam, ela não deve ser feia e sim linda e muito atraente. No dia marcado para o nosso encontro, em que ela estará vestida de preto, vou agarrá-la apreciando nosso encontro e beijá-la eternamente.
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Resposta a A Morte..., de vestivermelho.
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Visitem ZzipperR
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Olha Aí! A Era Lula Já Acabou - por Tércio Sthal


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Dilma, a presidenta, já chegou...........................................
com o discurso de posse e assumiu...........................................
o compromisso de combater a miséria,...........................................
a pobreza que se impõe e que impera...........................................
em todo este país chamado Brasil............................................
(Tércio Sthal)...........................................
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PARA SABER O QUE FAZER
Feche os olhos para ver
e os ouvidos para ouvir,
feche a boca pra dizer
e narinas para sentir
as miragens e paisagens,
as imagens e mensagens,
gestos, palavras e ações,
e na flor da pele conhecer
o ser futuro e seu devir,
para se inteirar em saber
o que fazer ou como agir.
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Visitem Tércio Sthal
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Convite à Sedução - por Vera Celms (Erótico)

Vamos sonhar?
Convite sutil, delicado, sugestivo,
Feche os olhos,
Deixe a mente solta,
Viaje comigo,
Ao mundo desconhecido,
Sonhos, desejo, prazer,
Mesa posta,
Sabores excêntricos,
Fogo na luz das velas,
Pétalas de rosas por todos os lados,
Incenso,
Vinho, gelo,
Vendo teus olhos,
Te faço provar,
Alternando com o gelo,
Minha língua nos seus lábios,
Súbito,
De todos os sabores,
De varias sensações pelo corpo,
O gelo lhe percorre o corpo,
Minha língua lhe percorre o corpo,
Detendo-se estrategicamente,
As pétalas lhe cobrem,
Contato suave, leve, perfumado,
Uvas, morangos, ameixas,
Queijos, ostras,
Chocolate, champanhe,
Minha mão percorrendo seu corpo,
Incessante,
Insistente,
Meu corpo a tocar seu corpo,
Suave e umidamente,
Minha boca na sua boca,
Desvendo seus olhos
Para que vejam os meus,
Te fitando sofregamente,
Pelo vão de suas pernas

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Visitem Vera Celms
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Quem Nasceu Primeiro - por Maelo

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De fato, quem não arrisca não tem chance com a felicidade. Digo isso parado no farol fechado. Um domingo. Dia de uma bela dose de tranquilidade, com uma moderada fatia de paz. Um sujeito arranha o violão numa esquina e tudo parece melhor.

Vou encerrar essa nossa conversa, do meu ponto de vista agradável, com uma pergunta: quem nasceu primeiro: A paz ou a felicidade? Antes de responder, receba o meu muito obrigado.
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ArtenoMovimento está por aqui em nome da arte e brincando com as palavras. Deixando a vida passar. Familiarize-se.
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Conflitos e Contradições - por Jeff Oliveira

De repente a situação se inverte.
Vejo-me na posição de apontado e provo o quanto dói.
Quando se aponta nada se tira de nós. É muito fácil apontar, julgar e já condenar.
Quando se é apontado a história é diferente.
Quando o lado errado é o seu, é você, passa-se a ver por um outro ângulo.
Mas quanto vale sufocar a verdade? Até onde se pode mentir pra si mesmo?
Quantas vezes não nos sentimos prisioneiros de nós mesmos, dos nossos conflitos e das nossas contradições?
E não há reza, nem raso. Só profundo e pecado.
A pior parte de nossa humanidade.
A hipocrisia de falar o que pensamos e de não viver o que dizemos.
Entenda-se pecado aqui por erro de alvo, ato falho.
Se não pedimos perdão e, principalmente, se não nos perdoamos passamos a ser algozes de nós mesmos. O importante é sempre saber recomeçar.
Um passo de cada vez. Procurando mudar, acertar, fazer diferente.
O menor esforço pra ser alguém melhor é sinônimo de bondade.
Basta buscar o que há de mais limpo e bonito no ser humano e daí ter forças pra enfrentar os conflitos e contradições.
Somos humanos demasiadamente!
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Visitem Jeff
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Selo “Este Blog Acerta em Cheio” - Recebido de DAS

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O Duelos Literários, honradíssimo, recebeu mais um selo.
Desta vez, foi o selo Este Blog Acerta em Cheio, das mãos da nossa amiga DAS.
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Hoje o selo é publicado aqui, com um enorme agradecimento à nossa autora que, efetivamente,
fez por merecê-lo, pois possui um blog extremamente bem cuidado e criativo,
no qual podemos encontrar toda inspiração que DAS possui.
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Este selo é dedicado a todos os nossos autores.
Estejam à vontade para colá-lo em seus blogs, com os cumprimentos de shintoni.
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Estou Lendo... - por Alba Vieira

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O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec.
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............................................E você? Que livro está lendo?
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