Creative Commons License


Bem-vindo ao Duelos!
Valeu a visita!
Deixe seu comentário!
Um grande abraço a todos!
(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Caô pra Economizar - por Fatinha

Querido Brógui:

Viva a concorrência! Com isso, nós, consumidores, temos a nosso favor um poderoso instrumento de barganha. Tá caro? Manda cancelar. Ligue para a administradora de cartões de crédito, para o provedor de acesso à internet, para a companhia telefônica, para todas as empresas as quais você sustenta com assinaturas e MANDE CANCELAR! Eles nunca cancelam antes de perguntar por que. Daí você conta uma churumela, diz que tá desempregado, enche o ouvido do atendente de lágrimas, diz que não precisa do serviço e que o concorrente lhe ofereceu vantagens irrecusáveis. Caô total. Em alguns minutos você consegue isenção de pagamento, descontos, promoções e economiza uma graninha daqui, uma graninha dali…

Hoje consegui um desconto de vinte reais numa mensalidade. Micharia? Em um ano, terei economizado duzentos e quarenta. Mais que o suficiente para comprar uma bolsa ou dois sapatinhos ou um final de semana numa pousadinha meia-bomba ou três tanques de combustível ou doze escovas no cabelo…

Tá dada a dica da pirangueira-chefe.

PS - Não sabe o que pirangar? Na minha terra, Recife, é o mesmo que negociar pra economizar um troco. Fatinha também é cultura.
.
.
.
Postado, originalmente, em 23/09/2008.
.
.
.
Visitem Fatinha
.

Quanta Energia - por Alba Vieira

.
.
.
.
De onde será que vem tanta disposição?
De onde retira tanta alegria?
Como pode ter energia para realizar tantas coisas ao mesmo tempo?
.
Ela esbanja vontade de fazer as coisas e contentamento enquanto trabalha. É que seu combustível é inesgotável, ele vem direto da fonte. Ela está conectada ao reservatório do Universo, se alinha, está ligada ao Todo.
.
Consegue isto porque está voltada para o seu interior e sabe bem o que veio fazer nesta vida. Ela é a grande doadora. Fica feliz ao proporcionar alguma coisa para os outros.
.
E foi sempre assim: um sorriso largo oferecido indiscriminadamente; as mãozinhas abertas, indo em direção às pessoas, desde a infância, com expressão de felicidade. A mesma felicidade que irradiava ao entregar presentes em enormes embrulhos de papéis coloridos e laços de fitas pra tanta gente, inventando motivos para oferecê-los.
.
Continua assim quando se manifesta com sorrisos, gentilezas, ajudas, trabalhos, palavras de incentivo, cuidados, abraços e carinhos que são fartamente distribuídos hoje.
.
Dessa forma, sua força aumenta a cada dia, já que sua energia se renova e sua aura brilha mais. Que seu brilho aumente a cada ano.
.
.
FELIZ ANIVERSÁRIO! BEIJO.
.
.
.
Visitem Alba Vieira
.

O Mito da Moral Superior - por Leandro M. de Oliveira

.
.
.
.

A propósito da ideia de moralidade do indivíduo, há que se considerar inexatidão de qualquer gradação de valor imposta a ela num panorama de abertura. A palavra “moral” cria uma série de agenciamentos, de maneira geral é possível conectá-la com a ideia de um conjunto de regras, de uma orientação religiosa, de uma forma de relacionar-se em sociedade e daí por diante. Assim é a moral um produto das condições geográficas, políticas, temporais, emocionais e espirituais de cada qual. Tomando-se essa afirmação como positiva, é possível analisar fenômenos históricos de uma outra perspectiva. Por exemplo, os Espanhóis que aportaram na América Central no início do século XVI foram profundamente imorais ao impor sua moral cristã aos povos Maias que nada tinham haver com a mesma, e esses, por sua vez, cometeram o mesmo crime quando anteriormente à conquista europeia guerrearam abertamente com as tribos menores da região dizimando-as ou cooptando-as a seu serviço para a formação do império. Nos dois casos tudo pareceu lícito, tanto aos maias que pela glória de seu nome e da mãe Ixchel¹ subjugaram as pequenas tribos que nada entendiam de sua cultura superior, quanto aos espanhóis e antes ao sul os portugueses que em nome do bem (moral) cristão dizimaram povos inteiros por não serem compatíveis com suas aspirações ético-morais.

Dessa forma, poder-se-ia concluir que a moral é para o homem uma espécie de argumento criado por uma racionalidade não racional, ao passo que não é algo necessariamente descoberto do interior de cada um mas quase sempre absorvido através das condições em que se vive ou que lhe são impostas por uma força externa. Esse argumento objetiva, então, criar um conforto na consciência quando a práxis parece duvidosa, ou ainda nos conferir um sentido de superpotência, uma sensação de estar acima de qualquer instância do entendimento humano, permitindo ao ser que se imponha da maneira que lhe convier sem respeitar qualquer espaço comum. Essa segunda faceta da moral que licencia o homem a agir (às vezes bestialmente) vem produzindo ao longo da história episódios impactantes na forma de se perceber o mundo, bons exemplos estão no recém-findo século XX. Em amostra, quando se observa o fenômeno do nacional-socialismo alemão, não se vê em essência um grupo de monstros ou de qualquer outra sorte de criatura degenerada, o que se tem são homens comuns, que formam uma das nações mais culturalmente evoluídas do mundo que num determinado momento histórico sob a influência de acontecimentos e circunstâncias anteriores constroem e lapidam uma forma moral que lhes permite a tentativa da limpeza étnica, da invasão de outros países, da destruição de legados artísticos e sociais daqueles que não estão arrimados com a sua visão (moral) de mundo.

Os carrascos de Auschwitz só se tornaram carrascos porque foram derrotados pela história mas, se o vento tivesse lhes soprado a favor, hoje poderiam ser considerados heróis da raça humana e bustos de bronze poderiam ser erguidos em homenagem a tais feitos por todo o mundo. Talvez adaptando sua moral aos novos tempos, o vaticano poderia até canonizá-los como já fez algumas vezes com colonizadores das Américas e outros assassinos brutais. Nesse sentido, o crime nazista não foi a caçada de judeus, gays e ciganos, foi em última análise a inabilidade em fazer sua visão triunfar.

Assim, a moral prevalecente é antes uma afirmação política legada pelos vencedores da história, seja em um país, cidade, gueto ou nas nações unidas. É preciso abandonar o ideal imaculado de uma Aletheia² suprema, o bom e o justo que a nosso entendimento são dois dos responsáveis diretos pela produção da moral enquanto imperativo que orienta um determinado grupo, consubstanciam-se tão somente na legitimação de uma ideia qualquer, que na quase totalidade dos casos é alcançada pelo triunfo dessa ideia em seu meio. Por fim, não há moral fundamentalmente superior, todas são expressões da diversidade humana e merecem ser igualmente tomadas em conta. Budistas, católicos, protestantes, comunistas, homoafetivos, veteranos de guerra, hindus, vegetarianos, carnívoros... todos possuem uma raiz comum em sua percepção da vida, ao homem evoluído cabe adentrar esses meandros para extrair o melhor de cada um sem nunca encerrar o diálogo com todos. O que determina a abominação de determinada moral é tão somente o instinto de sobrevivência das demais.
.
.
_____________________
¹Ixchel – A principal deusa do panteão Maia.
²Aletheia – Do grego, verdade.
.
.
.
.

Primeira Tinta - por Manassés Diego

.........A cabeça gigante acima dos telhados de linhas... Um pensa na cabeça do outro, todos somem aos poucos.

.........O chão são animais coloridos; A verdade das mãos. Um pássaro sério olha. Tudo isso em azul frio manchado.

.......Visão de longe e de perto.

.........Figuras por acidente, rolos de partituras. Nos deixa alucinados... O equilíbrio sucessor.

.........Valor nascido. Quem manterá o hospital desligado?

.........Deve se querer correr, quando aparecem fulgores deuses, fulgores alvos; O que cai cai bonito. Reflete.

.......Mescla o São João com qualquer outra coisa. Talvez a sequência do sol. E tudo isso rápido demais pra morrer.

..............Cabeça gigante. Olhos fechados sobre a celebração de uma loucura.

.........Celebrai.

.........Isso não vem de mim, passa por mim.
.
.
.Visitem Manassés Diego
.
.

A Dita Ditadura - por Poty

O ditado
Da ditadura
Não é escrito...
É proscrito nos porões,
Na tortura
E na repressão.

É com subterfúgios
E não há negociação...
É à base de bala,
Coturnos
E prisões...
... O terror é a solução.

O medo impera...
Quem dita
São os canhões.

Há os mortos
E jogados nos crotões.

Continuam a ditar o medo
Para ninguém saber
Como foi ditado nos porões.
.
.
.Visitem Poty
.
.

Sentimentos - por vestivermelho

.
A felicidade é um sentimento simples; você pode encontrá-la e deixá-la ir embora, por não perceber a sua simplicidade...
.
.
.Comentário em Resposta, de ZzipperR.
.
.
.Visitem vestivermelho
.
.