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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




sábado, 31 de janeiro de 2009

O Aprendizado de Pequena Árvore - por Leila

O Aprendizado de Pequena Árvore - Forrest Carter


“É inesquecível pra mim, pois aprendi a olhar o mundo com olhos de quem veio pra ele e não como se sempre vivesse aqui, comecei a questionar coisas até então óbvias, perdi totalmente a noção do óbvio e assim descobri um mundo completamente novo, inusitado, confuso e adorável!”
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E para você? Que livro foi inesquecível?
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O Melhor Livro que Li - por Ana

Cem Anos de Solidão - Gabriel García Márquez


“Sem dúvida, o melhor livro que li. Principalmente pela maestria do autor com as palavras e a imaginação.”
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E você? Qual foi o melhor livro que leu?
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Saudade - por Alba Vieira

Era uma árvore copada que ocupava quase a extensão de duas casas da rua. Vivia num terreno enorme de esquina e, pela posição em que se encontrava, o solo quase nunca incidia sobre ela. Talvez isso mesmo é que lhe conferisse aquele ar misterioso. As outras árvores, no mesmo terreno, situavam-se bem distante dela. Mostrava-se majestosa, de tronco muito largo e galhos que se ramificavam indo bem longe. Suas folhas agora eram verde-escuro, completamente desenvolvidas, o que permitia garantir uma sombra imensa ao sol que, por isto mesmo, só apresentava pequenos arbustos. Era uma linda mangueira que, por sua singularidade, puxou imediatamente minha atenção enquanto passava por ela dentro de um ônibus. A partir deste momento, ela, grandiosa, passou a ocupar minha mente que não tinha lugar para outro pensamento que não fosse relacionado ao que ela me inspirava.
Quem não possui uma mangueira especial na história de sua infância?
E lá estava eu, de volta às brincadeiras no quintal de casa com os irmãos, onde adorava brincar de enterrar tesouros entre suas raízes. E era outra vez a bruxa que cozinhava ervas no fogãozinho (presente de uma prima), no qual ateei fogo uma vez, tendo ficado com o esmaltado amarelinho ao invés de branco. E agora me balançava solta e livre, empurrada por meu pai que era sempre chamado pra dar impulso ao balanço que ficava pendurado no galho mais forte de sua copa, onde sonhava sonhos de menina e me arrepiava quando, depois de um empurrão mais forte, quase conseguia dar a volta no trajeto de lá pra cá. Ouvia os pássaros que cantavam nos seus galhos todas as manhãs, que ainda hoje me trazem saudade do meu pai, que os imitava dizendo: bem-te-vi, bem-te-vi… E podia, ainda agora, sentir nos cabelos o vento forte e ouvir o som amedrontador naquela tarde de ventania em que fui encorajada por minha mãe a ir pegar as mangas que rolavam no chão depois de sacudidas do pé. Quanta saudade! Do pai, da mãe, dos irmãos!
Mas, sobretudo, da criança que mora ainda em mim e que é livre, confiante, sensível, adora novidades, embora ainda guarde alguns medos.

P.S. - Acabei de reler o texto e descobri o motivo daquela árvore ter me chamado tanto a atenção: aquela mangueira, com todos os seus atributos, representa tudo que era minha mãe.
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Diálogo de Novela (ou Do Amor e Outros Suspenses) - por Adhemar

Por que as mulheres não se contentam com o momento?
Por que são românticas, paradas, “expectantes”?
Por que não o risco, a incerteza, a emoção?

Eu não sei o que é uma sinceridade intensa
ou uma sincera intensidade;
Por que não vou embora?
Por que não a emoção da espera?
O “será que ele volta?”
“Será que ele liga?”
Ou:
“Será que ela gostou de mim?”
“Será que achou uma porcaria?”

Por que os casais fazem tudo tão perfeito no início?
Por que tudo é tão maravilhoso
e cada um preenche o seu papel de príncipe e princesa?
Por que ninguém pensa:
“Será que ele mija em pé?”
“Será que ela escova os dentes?”
E a toalha molhada na cama,
a roupa suja espalhada
e os bifes queimados?!

Por que o amor é tão bobo e tão descarado?
(Por que tomar banho juntos para ‘quebrar o gelo’?)

Casa redecorada, armário rearrumado.
Por que o amor é tão sério e tão desorganizado?
Por que os papéis correspondem
e depois o trem descarrilha?
Por que encaixamos tão bem
e depois cada um numa trilha?
Por que um sonho tão bom
é tão predestinado?
Por que começa tão bem
e acaba tão errado?
Por que a melhora e a cura
para o que será enterrado?

O par perfeito é a resposta,
pra tudo,
até o que não foi perguntado.
“Você é a mulher dos meus sonhos”,
“Você é o meu sapo encantado”.
Aí, o futebol, os amigos,
os chás, o shopping, trabalho.
A princesa era a fada má;
o príncipe acorda um canalha.

Então, malas feitas, adeus.
Adeus, saudades, mais nada.
Até no rompimento, o cinismo,
o amor que se avacalha.
Período de vida indelével
que se sufoca, se esconde mas não se apaga.

Por que os homens não são mais atentos,
persistentes e cavalheiros?
Por que o amor é um tudo?
E quem não amou não viu nada…

E tudo começa de novo,
com os mesmos, com outros, sei lá.
Felizes dos que, teimosos,
não correm riscos por nada…



Visitem Adhemar
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Os Irmãos Karamázovi - por Luiz de Almeida Neto

Os Irmãos Karamázovi - Fiódor M. Dostoiévski


“O livro mais belo que já li foi ‘Os Irmãos Karamázovi’, já faz algum tempo, mas nunca o tirei da minha memória. E sempre o recomendo.”
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E você? Qual foi o livro mais belo que já leu?
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Aflição - por Alba Vieira

Aflição é meu sentimento. É um fervilhar sem motivo. Tudo está bem. Há equilíbrio lá fora. Mas dentro de mim há reboliço. Será meu estado natural estar sempre buscando, querendo o desequilíbrio para criar alguma coisa? Serei mesmo quase esquizofrênica? Talvez sim. O fato é que acordo todos os dias com uma ânsia não sei do quê. Penso que me voltar para dentro é o caminho, mas sou tragada pelos apelos de fora. Mergulho sem parcimônia no fluxo da vida cotidiana com a maior facilidade. Preciso de um acontecimento que mude o rumo dos meus passos. Até quando? Por que naturalmente não procuro a mim? Por que eu não me volto para a essência e fluo neste mar de certeza e completude que é o interior de cada um? Tenho tanto apreço por este mundo de contradições, me regozijo com ínfimas belezas enquanto meu ser real se contorce em desespero na espera por mim.
Quero aprender de uma vez o caminho. Quero ser livre de todas estas amarras que me trazem cativa de um destino limitado, sem cor. Sei que posso, que estou perto, sinto que tateio no escuro quando devia saltar no abismo. Que a escuridão é o que dá a maior segurança, que o desconhecido é o berço dos que reclamam a infinita paz. Sei de tudo, mas não sou ainda o que sei. Um dia vou me saber. Então a aflição irá passar.
Descansarei na quietude dos que não esperam, não anseiam, não se abalam, não sofrem, não querem porque já têm, não buscam simplesmente porque apenas são.
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Me Apaixonei… - por Escrevinhadora

Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley


“Cem Anos de Solidão não foi o único que me marcou. Também me apaixonei por ‘Admirável Mundo Novo’ de Aldous Huxley.”
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E você? Por qual livro se apaixonou?
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Estou Lendo… - por Escrevinhadora

La Suma de Los Dias - Isabel Allende


E você? Que livro está lendo no momento?
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O Amor - por Passa-Tempo

Amor, não sei bem o porquê,
O porquê da chuva cair lá fora me lembrar você,
Não sei bem ao certo,
Mas quando o sol brilha lá fora eu te quero por perto.

Hoje é um dia especial,
Mesmo não tendo nada pra comemorar,
Fico feliz só por te amar.
Quero te amar de maneira pura,
Com um amor de aparência bonita,
de beleza infinita;
Poderei dizer um dia que seu amor é minha cura,
E a distância que nos separa sempre será compensada...
Por ele.
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Li e Amei - por Escrevinhadora

Cem Anos de Solidão - Gabriel García Márquez


“Também li e amei. Em alguns momentos tudo é tão surreal que cheguei a pensar que Macondo é em algum lugar no Brasil.”
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E você? Que livro leu e amou?
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O Homem no Lixo - por Ana

Ontem, andando na rua,
Vi um homem adormecido
No meio de sacos plásticos.
A sua cama era o lixo.

Parei ao olhar praquilo,
Olhei e tudo parou…
Sequestrou-me o inusitado,
Minha cabeça pirou.

É o cimento da calçada?
O lixo é mais confortável?
Os sacos são travesseiros?
Mas… e o cheiro insuportável?

Eu não entendia niente,
Os neurônios não agiam,
Não enxergava mais nada,
Os meus pés não se moviam.

Não havia mais trabalho,
Ponto a bater, o horário,
Chefia, clientes, agenda,
Desconto no meu salário.

Éramos eles e eu:
Homem, lixo, catatonia,
Sono, sujeira, susto,
Cansaço, imundície, agonia.

Um esbarrão me acordou
Do estado de letargia,
Consegui dar alguns passos
Em direção ao meu dia

Que agora não era meu,
Era deles totalmente:
Mais que imagem, uma verdade
Paralisando a minha mente.

Fui zumbi até a noite
Na hora em que fui dormir.
Fui arrumando a cama,
Mas parei pra refletir.

Sentei no chão contra a parede,
Relembrando aquela cena:
O sono profundo e calmo
Numa face tão serena…

Ele teria bebido,
Tanto que nem percebeu
Onde descansava o corpo
Em uma noite de breu?

Pensei: só pode ser isso…
Ele estava sem noção,
Dormiu sem ter consciência,
Não agiu por opção.

Então eu dormi tranqüila…
Não foi algo voluntário…
Ninguém agiria assim
De modo tão temerário…

Então, na manhã seguinte,
Me arrumei, comi, saí,
Me dirigi ao trabalho,
Nem pensava no que vi.

Até que, no mesmo local,
Não cri no que o olhar via:
No mesmo lixo de ontem
Uma família dormia.


Inspirado em O Homem no Lixo é Lixo, de Alba Vieira;
Escuro, de Luiz de Almeida Neto.
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Silêncio - por Maria Carolina Nogueira Cobra Vitali

No meu silêncio,
Te digo tudo o que tenho vontade.

No meu falar,
Debocho de verdades mudas.

Adoro ouvir você falar,
Mas o que cala a tua voz,
Eu sei e me dói.
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Cuida de Mim - por Maria Carolina Nogueira Cobra Vitali

Um segredo guardado…
Um desejo calado;
Um anseio disfarçado!

Cuida! Cuida de mim…
Que minha alma está cansada.

Cuida! Cuida de mim…
Que não encontro forças para cuidar.

A pele arde,
Os músculos estão retraídos…
Os olhos arregalados…
Pés colados ao chão.

Uma tremenda dificuldade de gritar.
Berrar esse grito guardado, segredado.

Dói.
Uma dor antiga, latente.
Sempre emudecida
Por não achar-se no direito
De doer.

Cuida! Cuida de mim…
Que cansei de lutar.

Cuida! Cuida de mim…
Que cansei de cuidar.

Perdi meu lugar… antigo, velho.
Mas não sei qual é meu lugar agora.

Cuida! Cuida de mim…
Que estou perdida.

Cuida! Cuida de mim…
Que preciso retornar.
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Solidão - por Maria Carolina Nogueira Cobra Vitali

Preciso de um colo de puta
Que não questione,
Que não fale.

Preciso de um colo de puta
Que afague
Que cuide
Que saiba sem dizer.

Preciso de um colo de puta
Da mulher sem pudor
Que não se finge
Que sofre
Que mostra,

Toda dor;
Todo amor,
Da mãe que sente
Que acalenta
Que consome
Que é Continente.

Preciso de um colo de puta
Que sabe,
Só ela sabe,
Ser mulher
Por inteiro.

E carrega
No seio
O dom de ser.
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Meu Livro Inesquecível… - por Alba Vieira

Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres - Clarice Lispector


“Sem palavras.”
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E para você? Que livro é inesquecível?
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Comendo Camisetas - por Maria Carolina Nogueira Cobra Vitali

Foi mais ou menos assim…

A família vivia um momento, digamos, de aperto financeiro.
O casal procurava sempre deixar o pequeno, de 5 anos, a par da situação. Claro que dentro de uma linguagem que ele pudesse compreender.
Mas talvez, papai e mamãe não percebessem o quanto ele estava “ligado”!!!!
Então, deu-se o episódio…
As camisetas do uniforme escolar estavam em petição de miséria. Terra vermelha, restos de lanche deliciosamente escorridos, sujeira do “playground” etc.
O vovô ensinou:
- Passe sabão em pedra azul!!! Vai clarear o tecido.
A vovó disparou:
- Ferva as camisetas!!! Elas ficarão clarinhas, clarinhas.
Assim, a mamãe atacou as camisetas, esfregou-as com afinco e tchummm, panela a dentro!
O Pequeno olhou, olhou… Estava absolutamente desconfiado daquela façanha. E largou:
- Mamãe, eu sabia que a situação estava difícil… mas não sabia que era tanto!!!!
- Como assim? – disse a mamãe.
- EU NÃO QUERO COMER CAMISETAS!!!
A mãe olhou-o sem poder compreender aquela observação.
- Filho do que você está falando?
- Mãe, você está COZINHANDO minhas camisetas!!!!! Eu não quero comer camisetas.
A mamãe não agüentou aquilo e entre risos e lágrimas compreendeu a preocupação da criança.
Não bastasse o que já havia concluído, ele diz:
- Mãe, eu tenho R$ 20,00 na minha carteira. Pode pegar e ir ao supermercado…
A mamãe deu um enorme abraço no filhote e agradecendo explicou que a situação já não estava tão difícil. E ele, claro, compreendeu e riu muito. E eles partiram para o supermercado.

E essa foi apenas mais uma história eternizada por aquela família tão apaixonada.
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Lograré Sin Ti (Parte 2) - por Yuri

De uma coisa sei, que não pode se queixar: que eu não te amei. É... você me amou mais, mas depois tudo se inverteu e, no final, de você não restou nenhuma gota. Às vezes penso que era uma piscininha de plástico o seu amor. Não sei, sabe, muito pequena e havia poucas gotas... mas você preferiu pular de uma vez só com todo o peso de seu corpo e jogar fora todas as gotas, não preferiu isso ao meu mar que te esperava... E hoje estou aqui... ainda fraco, frágil e sem forças, claro, mas com uma linha de esperança em meus batimentos, pois nenhum dia sequer esquecerei de você. Sei que deveria... mas será totalmente impossível, você é inesquecível!
Quero que meu amor voe por aí e você o encontre para fazê-lo feliz com outra pessoa, já que você não me deu oportunidade...
Te convidei para meu oceano, mas você preferiu a sua piscina de plástico vazia e a busca do segundo mar... E eu preferi deixar você ir, vendo você feliz. Meu amor perdido me avisará e estarei vibrando de qualquer forma pela sua felicidade. Mesmo longe ainda ouço... Mesmo longe ainda posso te tocar por mais uma vez? E depois deixo você ir... por favor, não te enfeitiçarei novamente... Adios amor...
Meu coração talvez esteja te esperando em alguma ilha em nosso oceano. Corra! Talvez consiga abraçá-lo antes do desencontro... É... É melhor eu ver a realidade... e dói.
Me pedia e me cansava de se afogar no imenso azul de seus olhos, mas hoje vejo que era tudo de plástico, e esse plástico resistente hoje se quebrou. A única coisa que desejo daqui pra frente, se não houver mais volta, é que você seja totalmente feliz, porque sim, eu te amo! E quero que seja feliz e que encontre a pessoa certa que você merece… Total culpa, desavenças e uma noite de sono... Às vezes queria ter aquela doença, dormir e tudo acabar...Mas um ser humano sem dias, experiências, amores, não é um ser humano... Te amar não foi um erro e sim uma bela pegadinha da vida, mas sei que quando você parar de rir não estarei mais aqui para aplaudi-la.



Visitem Yuri
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Ponto de Vista - por Alba Vieira

O mundo é mau?
Depende do olhar ver
Bela paisagem…
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Quem Tem… - por Raquel Aiuendi

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Quem tem ouvidos, ouça; quem tem olhos, leia; quem tem sensibilidade, sinta; quem tem vontade, mude.
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