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sábado, 29 de agosto de 2009

Ele Desatinou... - por Ana

(Paródia de “Ela Desatinou”, de Chico Buarque)

Ele desatinou!
Viu tanta bobeira,
aceitou a brincadeira
e foi se enturmando
e foi se apresentando...

Ele desatinou!
Viu tanta alegria,
vestiu fantasia!
Os dias foram passando
e ele foi rimando...

E ele não viu que toda gente
estava torcendo normalmente...
Todo Duelos andava animado
com os lindos versos, bem-humorados...

Então ele desatinou...
Viu morrer alegrias,
rasgou fantasia,
os versos sem sal mandando...
e inda ficou chorando...

Ninguém inveja o infeliz, tri infeliz
No seu mundo de cetim, assim,
Reclamando da dor, do pecado,
Do duelo perdido, do jogo acabado...

Ele desatinou...
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As Nossas Palavras XXIV - por Alba Vieira

Toda abelha quer ser livre.
Claro que sabe o que é bom.
Sair da colmeia e ter seu arbítrio,
Fazer o mel no seu próprio tom.



Visitem Alba Vieira
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Na Sala de Espera de um Consultório Médico - por Adir Vieira

Estou na sala de espera de um consultório dentário.
Aqui um grupo de profissionais dessa área atende em salas separadas e, por isso, o local relativamente grande para acomodar os pacientes das cinco salas está verdadeiramente apinhado.
Num balcão ao fundo, três recepcionistas recebem os que chegam confirmando a marcação das consultas e solicitando que aguardem. Já ali somos obrigados a esperar a vez, visto que, simultaneamente, consultas também são reservadas pelo telefone, o que impede que qualquer uma delas seja solícita de pronto.
No banco comprido à minha frente, um senhor, aparentando quase oitenta anos, ressona sem se importar com a plateia que olha e ri a cada tombada de cabeça que seu sono tranquilo causa. A senhora ao seu lado parece ser sua esposa e com certeza tem uns dez anos a menos do que ele. Ela vê tudo e nada faz, preocupada que está em manter seguro na face o lenço quadriculado em tons marrons com que protege a própria boca.
Procuro manter a calma – odeio dentistas e porque não dizer toda a turma de jaleco branco –, mas lá já se vão vinte minutos do horário para mim marcado e torço para que não seja a velhinha paciente do meu dentista.
Próximas aos dois, duas meninas de aproximadamente quatro anos brincam com uma “bola de encher”, jogando-a uma para a outra e logo se cansam dessa brincadeira e inventam outra totalmente imprópria para aquele pequeno espaço, agora ainda mais cheio, comportando grande parte das pessoas em pé.
Elas arquitetam um jogo de queimada diferente, onde uma corre em volta da outra que, parada e de posse da bola, tenta acertá-la a cada jogada na menina que corre e que, pela própria brincadeira, vai ganhando velocidade a cada corrida.
De repente, como se tivesse sido ensaiado, as pessoas próximas soltam uma gargalhada em uníssono, ao grito de “puta que o pariu” do senhor que foi violentamente despertado com a pisada e o esbarrão da menina que corria.



Visitem Adir Vieira
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Primeiro e Último Amor - por Esther Rogessi

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Onde estavas?
Quando estive completamente só...
No meu hábitat... Encolhida, imersa, tal qual Tântalo?
Onde estavas?...
Nasci, cresci, me machuquei, chorei, fui consolada.
Nas minhas horas de pavores, dores, horrores... Não te vi!
Onde estavas?
Diante das decepções, do pouco caso que muitos fizeram de mim...
Onde estavas?...
Busquei tua presença, tua existência, sem te encontrar...
Quanto precisei de ti!...
Em uma noite de angústia, de choro, amargura...
Entre soluços... Dormi!
No quarto escuro ouvi uma voz, que jamais esqueci.
Com os meus olhos ardendo, do pranto... Acordei e continuei a te ouvir.
Deitada, imóvel, abri os ouvidos, para melhor ouvir...
A tua voz inundou o quarto, outra vez pude Te ouvir: As bênçãos são para ti e para tua filha!...
Nunca mais perguntei: onde estás?
Pois bem sei onde...
Estás bem dentro em mim!

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O Amor - por Gio

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O amor segue sempre a sua rota
De nos deixar com cara de idiota...



Comentário em Vinte e Um, de Leo Santos.
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Amor Intangível - por Passa-Tempo

Sinto a brisa noturna bater em meu corpo,
E sei que não é apenas mais um dos meus sentidos,
E quando o vento bate em meu peito,
Suas mãos me tocam, e você me abraça,
Um abraço forte da ventania da saudade.
E nessa turbulenta ventania que é sua falta,
Meu corpo fica cada vez mais quente,
Com calor ardente de um sentimento sempre presente,
Nesse calor, nesse ardor, simplesmente puramente és meu amor.

Princesa minha, sei que a distância é grande,
E a luta é constante.
Estaremos sempre juntos,
Para assim nos completar,
E quando a saudade apertar,
Olhe para o céu, e saiba que a lua é a menor distância entre nós,
E esse chão que ela ilumina,
É nossa casa, Nossa cama de amar.
E o vento gélido, a coberta pra nos esquentar.
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Fico a Te Esperar - por Poty

Fico a te esperar
Entre olhares
Mil...
O tempo passa
E você
Não vem.

O que faço
Sem você?!

Espero
Ou
Parto pra outra?

A resposta

O tempo dirá!

Não sou
De
Esperar,
Mas
Não quero
Deixar você!

Naquele
Instante,
Fico
Com outra,
Mas
Não deixo
De
Pensar
No
Esperar
Em você.

Não faça
Mais isto,
Não
Sou
De ferro...
Sou
Tentação,
Paixão
Sem
Razão.

Quero
Amar
Você,
Se não vem,
Amo outro alguém.



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