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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Pelo Avesso - por Kbçapoeta

Pelo avesso, retorna meu coração palpitante...
Qualquer coisa explica seu intenso pulsar.
Não importa o momento presente, relevante.
Quando o peito sangra, se faz hora de voltar.

A noite sempre testemunhou a agonia do amante,
Observou chagas e desventuras em seu prantear.
Pelo avesso, retorna meu coração palpitante...
Qualquer coisa explica seu intenso pulsar.

É humano deixar-se corromper por um instante.
É digno autoimolação por fazer-se amar.
Impossível manter a indiferença de agora em diante.
Há um mecanismo que não deixa meu corpo descansar.
Pelo avesso, retorna meu coração palpitante...
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Chegou o Verão, Ainda na Primavera! - por Adir Vieira

No início de novembro o calor já estava abrasador.
Com o quarto fechado e o clima de montanha proporcionado pelo ar-condicionado, me assustei quando, olhando o despertador e sentindo a claridade do dia, vi que já eram mais de nove horas.
Achei que tínhamos desmaiado, porque meu marido sempre acorda antes de mim, nem que seja apenas dez minutos... Parece que nós dois sabíamos do calor forte que encontraríamos nos outros cômodos da casa e, inconscientemente, nos negávamos a sair daquele éden.
Mesmo relutando, tínhamos que iniciar o dia e decidimos encarar o calor.
O ar terrivelmente quente nos esbofeteou ao abrirmos a porta do quarto. Nossos corpos reagiram, baixando de imediato nossa pressão e nos fazendo quase tontear e cair. De imediato, nos apressamos a abrir janelas e portas dos outros cômodos para que aquele ar ali retido se misturasse ao que vinha de fora, mudando aquela atmosfera ruim.
Pouco a pouco fomos nos acostumando à nova temperatura e um banho frio nos ajudou a nos aclimatarmos.
Da janela, observei duas adolescentes munidas de cadeira de praia e sacolas coloridas, com um tecido jogado pelo corpo que mal cobria o minúsculo biquini, tagalerando alegremente a caminho da praia. Saudei sua coragem, porque da Zona Norte até a praia, em transporte coletivo apinhado de trabalhadores, no mínimo demorariam uma hora e meia para se banharem no mar.
De súbito me vi, anos atrás, quando diariamente fazia o mesmo percurso durante as férias só para, no retorno ao trabalho, me exibir bronzeada. Pensei se os anos aquietam a alma ou se os gostos se diversificam, mas hoje, com certeza, pagaria o que tivesse que pagar para não viver isso de novo. Não vejo graça nenhuma em ficar estirada ao sol horas a fio e maltratar a própria pele que, por mais proteção que leve em cima, sempre se apresentará descascada e opaca no final do verão.
Enfim, penso, hoje é o momento dessas garotas, deixemo-nas assim, alegres e saltitantes, vivendo a única coisa boa dessa época escaldante - os banhos de mar!



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Perigo e Redenção - por Alba Vieira

Quando o poder se instala
Em mentes insanas ou mesquinhas,
Tudo é posto a perder,
É jardim tomado por ervas daninhas...

Que prazer pode existir
Em ver tudo desmoronar
E ainda, com gosto, contribuir
Para a saúde de todos deteriorar?

Como pode um diretor de hospital
Comportar-se como comandante de tropa?
Será que o infeliz nem desconfia
Que agindo assim vira motivo de troça?

Enquanto isso, nós, os funcionários,
Mentes criativas e livres, vamos aguardar,
Tentando não naufragar nesses mares temerários,
Certos de que, como tudo na vida, ele também passará.

Virá logo um dia claro,
A paz e a alegria vão retornar.
Porque, nessa dança da vida,
Depois de ir ao fundo, a ordem é de novo se elevar...



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