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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




quinta-feira, 23 de julho de 2009

Na Hora do Intervalo... - por Gio

Seis horinhas duraram a viagem
E, logo, a gente já vinha chegando
Se eu vi ou reparei na paisagem?
Que nada, era noite e eu ‘tava roncando!

Rápido, nosso ônibus chegou
Numa Serra de manhã ensolarada
A nossa epopeia nem começou
Quem disse que a gente encontra a pousada?

Na hora, pensamos em armação
A horda de computeiros, toda pasma
Finalmente achamos a habitação
Que se escondia em uma rua fantasma

Que nem aparece no mapa
Quase que a gente se mata
E a nossa viagem empata

O Universo tem uma Grande Lei
Equilíbrio a todo momento
Pra achar a morada, muito penei
Mas ela se encontra do lado do evento!

E por ficar, assim, tão perto
Fico feliz, deu tudo certo
Ao menos, nessa, eu acerto

Já que ao nosso comum destino
Posso ir, num instante, a pé
Haja talco pros pés do menino
Ou ninguém vai aguentar o chulé!

Mentira! Sou bem limpinho
Se reclamarem do cheirinho
Que vão tomar... chimarrãozinho

Claro, esse nunca pode faltar
O meu bom e velho mate
Dispenso peixe e caviar
Bala, bombom e chocolate

O mate hidrata e traz união
E é, do meu plano, chave mestra
Me faz prestar mais atenção
Assim não durmo em palestra...

E aqui me despeço com dor
Pois nerds à volta, cheios de rancor,
Querem usar esse computador!





Visitem Gio
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As Nossas Palavras XVI - por Alba Vieira

A visão maniqueísta da vida traz como consequências: frustração e infelicidade diante da realidade. Porque essa simplicidade de prêmios ou castigos para os atos humanos existe somente na cabeça de ingênuos sonhadores.



Visitem Alba Vieira
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Minha Primeira e Única Pérola - por Adir Vieira

Tinha eu cerca de quinze anos e minha irmã, colada em mim, quatorze. Éramos adolescentes cheias de sonhos materiais, vivendo numa família de classe média, ao todo com oito filhos em idades diferentes, exigindo cuidados e necessidades em diversas escalas.
Os maiores, entre eles minha irmã mais velha, começaram cedo na batalha pela sobrevivência, mais com o intuito de, como era salutar nos bons tempos, cooperar com as despesas da casa. Vivíamos, naquela época, na corda bamba das finanças, haja vista que para suprir boa formação para todos, minha saudosa mãe tinha que batalhar numa máquina de costura até altas horas da madrugada.
Lembro aqui, com grande carinho, que ali, com a força propulsora de minha mãe, meus irmãos que cooperavam nas despesas iniciaram um processo de rearranjo da nossa vida, comprando para nossa casa a primeira máquina de lavar, a primeira TV, a geladeira maior, já imprescindível numa casa com tantos ocupantes.
Passa agora, pela minha memória, como o exemplo é importante na vida. Acho que ali, exatamente naquela época, aprendemos todos a ser grandes administradores. Com a orientação dos pais e com as vivências dos irmãos maiores, aprendemos a dosar nossos anseios, a programar compras fúteis, a priorizar necessidades.
Mas eu e minha irmã mais próxima de mim vivíamos os arroubos da adolescência e carecíamos de tudo o que mocinhas como nós exibiam com orgulho, tais como anéis, pulseiras coloridas, roupas da moda etc.
Me vem à lembrança e me emociona muito lembrar que, talvez para pôr fim a essa nossa premente necessidade, minha irmã, com muita dificuldade e deixando para trás seus próprios sonhos materiais, chegou em casa um dia nos fazendo a grata surpresa de nos presentear com um anel de pérolas. Aquele presente, tão destoante da nossa condição financeira - pois não tínhamos o básico -, nos tornou, naquele momento, duas princesas.
Era um anel de ouro 18 quilates, fininho e tinha uma pérola legítima rodeada de pequenos brilhantes. Os dois eram idênticos, diferindo apenas no tamanho.
Revivo aqui esse momento importante de minha vida, que ressaltou na minha mente de adolescente mais do que o grande presente, o grande desapego de minha irmã em desembolsar, por longos meses, uma quantia considerável do seu salário para nos fazer felizes.
Tivemos essa pérola no dedo por muitos e muitos anos ainda, enquanto a grossura dos nossos dedos permitiu e constato que essa foi a minha primeira e única pérola.



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Loucura - por Alba Vieira

Na loucura abrem-se as portas
Pra todo demônio entrar
Depois nos refugiamos num mundo particular

Lugar em que habitam sonhos
(A realidade tecida com fios desencapados)
Um curto-circuito na certa ocorrerá

Se as drogas representam um isolante
Pior é tentar só com terapia desatar os nós
A fenda é muito profunda, nem adianta tentar.

Melhor um louco medicado e ciente
Que sabe até onde escapa a sua mente
Que a total liberdade, pura insanidade sem participar.



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Pra Terra do Nunca... - por Ana

Puxa!... Agora tô triste...
Triste que nem um gambá
Que usou desodorante
E não pode mais atacar...

Tô leoa desdentada,
Galo velho sem espora,
Dragoa que chupou Halls,
Samurai com catapora...

Depois que sumiu a Aiuendi,
Eu fiquei aqui sozinha
Num ringue vazio, escuro,
Sem ola, sem bandeirinha...

Era legal a implicância,
Fenomenal a torcida,
Rounds maravilhosos,
Telequete, velório, mordida...

Eu queria outro duelo,
Mas vamos ficar no sarau...
Pra mim tá certo, concordo,
Tá bom, ok, não faz mal...

Só quero deixar bem claro
Que naquela terça-feira,
Nada que escrevi foi sério,
Era tudo brincadeira.

Eu não quero te bater,
Só queria duelar...
E quanto à sua ironia,
Cara, eu ri de rolar!...

Te deixei com hematoma?!
Eu nem levantei a mão...
Fiz uns leves comentários...
Nem ameacei pescoção...

Até porque, caro Gio,
Vou te dizer a verdade:
Te ler é sempre um prazer,
Falo com sinceridade.

Também gosto de elogio,
E também MORRO DE VERGONHA!!!
Me escondo que nem tatuí
No fundo da areia... Bisonha...

Mas, Gio, tu é ardiloso:
Em pleno tratado de paz
Me acusa de hipocrisia!
Menino, isso não se faz!

Esta facada doeu!
Acertou bem na barriga!
Se eu não te admirasse
Já seria arqui-inimiga.

Mas como você afirmou
Que agora só fala sério,
Talvez eu deixe pra lá
Este teu vil impropério.

Aqui vou me despedindo,
Dou beijos em meus iguais.
E Samurai parte, saudosa,
Pra Terra do Nunca Mais...



Resposta a Da Terra do Vinho, de Gio..........................................................
Referências: In Vero Míssil, de Ana;.........................................................
duelo A Ninja x A Samurai..........................................................
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Paz no Duelos - por Escrevinhadora

Eu “tava” defendendo a Ana
sem contrato assinado
um tanto por amizade
um pouco por amor ao debate.

Eu esperava que esse gaúcho pilchado
nem apeasse do cavalo
fosse pisando nos meus calos
mas vem o moço e nem me bate
se retira do combate
agitando a bandeira branca
parece que é rendição.

Pois bem, se não tem mais peleia
eu também peço perdão
recolho o punhal e o facão
esqueço o tapa na “oreia”
as ameaças em vão
e confesso, sou bem franca
em lugar desse quebra-pau
eu prefiro bom sarau.



Resposta a Da Terra do Vinho, de Gio.
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Ais - por Esther Rogessi

Ai... dor,
De prazer digo ai!...
Quantos ais em meu ser,
suspiros, gemer,
grito... da alma sai!
Sentimentos,
multiplicidade em mim.
Desfalecer, agonia sem fim...
Das entranhas, minhas entranhas,
dor tamanha, sai um ai!...
Abafado ou altissonante...
Para bem distante,
minha dor vai,
Vai meu ai...
A vida em mim se esvai,
companhia, nostalgia,
não fico só, abraço o eco...
Volta a dor que de mim sai,
E... assim, no meu ego
fica meu ai!...



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Beira do Penhasco - por Kbçapoeta

Sentado à beira do penhasco eu penso:
como será um dia sem manhã?
como será uma pessoa sem sal?
Sentado à beira do penhasco
Vejo o mais lindo ocaso.
O céu rosado, ora laranja ora vermelho
Em pé à beira do penhasco,
observo:
cães sem dono pedindo atenção,
Árvores agonizando na fumaça,
Pessoas como grãos de areia
juntas, sofrendo da mesma solidão
aqui da beira do penhasco:
eu pulo…




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Estou Lendo... - por Alba Vieira

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Reencarnação: reivindicando o seu passado, criando o seu futuro, de Lynn Elwell Sparrow.
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