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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Cascatas Incandescentes - por Alba Vieira

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A intenção de postar imagens neste blog
é propiciar inspiração para textos referentes a elas.
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Desafio - por Raquel Aiuendi

Mote
Já que são duelos,
letra a letra, fio a fio


Já que são duelos,
duelos fararemos
através de desafios
nem mais, nem menos
letra a letra, fio a fio
desatino seu terreno.

Já que são duelos,
por que não sermos
dueladores amigos
diferenças só termos
letra a letra, fio a fio
no desafio contigo.

Já que são duelos,
por que não duelar
unindo ou não elos
sempre a rimar
letra a letra, fio a fio
venço você no desafio.

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Mote do Moita - por Moita

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Mote
Deus apesar de ofendido
não se vinga de ninguém



Ele é pai compadecido,
amparo dos desgraçados,
Perdoa os nossos pecados,
Deus apesar de ofendido.
Meu pensar mal entendido
não me pode causar bem.
Stou certo disso, porém
confio num Deus bondoso.
Por ser ele um pai piedoso
não se vinga de ninguém.





Este mote tem 103 anos
e foi dado a um poeta Potiguar, chamado Moisés Sesiom.
Gostaria de vê-lo desenvolvido por outros poetas na Moita ou no Duelos.
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Amor - por Alba Vieira

Amo-te escandalosamente
O que sinto por ti
Extravasa por meus poros
Um perfume doce
Que atrai libélulas diáfanas
E besouros inconvenientes
Eles buscam água e flor:
Você em mim.

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Visão Privilegiada - por Kbçapoeta

A visão aqui de cima é linda
Casas alinhadas
Dá para imaginar sua limpeza
Sua organização burguesa
O verde que já não é tanto ainda sobrevive
Aqueles pequenos focos verdes
Devem ter mais de dois séculos
Sinto a brisa
Agora sinto um vento forte
De repente não sinto mais nada
Meu corpo atingiu o chão

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Escaravelho - por Kbçapoeta

Sinto você aproximar-se
Não mexo um músculo
Ouço o estalar dos seus passos sobre a pedra
Na verdade atrás de você vejo um rosto,
De mulher
E sua fronte um tridente.
É o sinal!
Eva e satanás:
O prazer do pecado.



Boas vibrações a todos do “Duelos”.
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Inspirado na pintura Escaravelho, de Alba Vieira.
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Voa Saia - por Léo...

Complexas tessituras
Fluem puras
Simples no ver
Cotas castas esvoaçam
Vassouras vastas
Intrincadas
Em arredias redes
De meu rude querenço
Padeço
Penso que avanço
O solavanco acusa o caso
Acompanho o passo
Sem me mover de fato
Dissonantes entrelaços
Me invadem esparsos
Reflexos fixos
Luzem diáfanos
Contra a derme Contrastante
Intra-volumosas teias
Das quais teces a medida
Que as superfícies estendidas
Das faces das coxas
Negras
Grossas
Revelam-se sem querer

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O Caos e Eu - por André Dametto

Sou vítima, quando percebo que a violência nua e fria da manchete de jornal se origina do nosso lado, embrionária, em gotas diárias de ignorância, de desrespeito, de desencontro;
Sou culpado, quando admito que também sou violento, quando critico e fecho portas, sem dar a chance de o bem nascer no outro;
Sou cúmplice, quando vejo tudo acontecer ao meu redor, culpo o outro e deixo de fazer a minha parte;
Sou diferente, quando busco o autoconhecimento, a aceitação do meu bem, do meu mal, e os conjugo em forma de desenvolvimento, ofertando o que posso ser de melhor;
Sou amoroso, quando reconheço que o maior Amor que existe é o reconhecimento de que ninguém e nada nos torna merecedores da Vida, a não ser nós mesmos. E conquistada esta sabedoria, viver é amar, e amar é ter ternura;
Sou confuso, pois conhecer não é saber, e admitir isto é ao mesmo tempo desalentador quanto desafiante, e agora…
Sou assim, é, sou assim…
O caos também sou Eu.



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Caridades - por Raquel Aiuendi

Colecionar atos caridosos não faz ninguém superar o que fez e não o devia, nem o que deixou de fazer quando deveria ter feito. CARIDADE é um ato que deve ser espontâneo sem a busca do desagravo. O desagravo ou a oportunidade do AMOR seja de fato A VERDADE.
Eu sei que meus olhos pensam
E minha boca é bastante cautelosa
E, quando não, é passiva...
Minha revolta é tanta
Que tenho medo de reagir
E ser injusta,
De extirpar possibilidades
Ao invés de estimulá-las
Ao crescimento.

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O Medo - por Raquel Aiuendi

É uma arma e escudo que equivocadamente nos permitimos em muitos momentos da nossa vida. Passar na vida como objeto nas mãos das pessoas pode ser o resultado dessa escolha.

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Escaravelho - por Alba Vieira

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A intenção de postar imagens neste blog
é propiciar inspiração para textos referentes a elas.
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Ela, Só Ela! - por Adir Vieira

Hoje o dia é de nostalgia, de saudade. Todos os dias cumpro a mesma rotina. Ao levantar, depois de beijar meu amor ao meu lado, levanto-me da cama, passo pela mesinha de cabeceira e lá está ela me olhando…
Pego seu retrato, beijo-o, dando-lhe o bom dia e peço pelo dia de hoje, que me dê momentos bons ou que mantenha os que já tenho, que proteja a todos nós, sempre.
Sua foto no porta-retratos lhe confere todos os poderes que eu lhe dei na vida – o de deusa maior, única, imponente, perfeita, cheia de razões para falar ou calar – e por isso, lá está ela ao lado dos meus santos protetores. Hoje, já não crendo tanto neles, tenho a absoluta certeza de que só ela está ao meu lado. É a ela que peço, é com ela que reclamo, é por ela que choro, é nela que creio.
Vejo seu sorriso pequeno, humilde mesmo, com vergonha de se mostrar. Penso agora no momento em que ela – tão sensível – adquiriu aquela postura rígida, militar…
Penso também que não tinha o hábito de chorar, nem de rir…
Acho que minha personalidade palhaça nasceu com o desejo de fazê-la rolar de rir junto conosco. No entanto, por mais que eu me aperfeiçoasse, não consegui meu intento. Conseguia apenas irritá-la e fazê-la se mostrar aborrecida.
Lembro de alguns momentos em que fez aflorar seu sentimento, mas o máximo que conseguia era ficar ruborizada diante de nós.
Não era do seu feitio acariciar-nos, não aprendeu assim. Mas como nos amava! Sei que nos ama até hoje, lá de onde está. Sinto isso agora muito mais forte. Afinal, trago-a, arrasto-a para mim nos momentos que quero e preciso. Eu apenas a chamo e ela vem. Sento-a a meu lado para ouvir-me várias vezes por dia. Inexplicavelmente, tenho-a muito mais presente agora, tão distante e tão perto.
Assim está sendo hoje. Com o dia dedicado apenas a ela.
Um dia para valorizar seu amor a nós. Suas renúncias. Sua total dedicação.
Só ela – minha mãe.

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Vida - por Raquel Aiuendi

Amei a vida mesmo quando alguém me odiava
Lutei quando o alimento me faltava
Cantei quando a tristeza meu ego invadia
Abriguei o próximo que me repelia
Refleti quando me sobreveio reação
Escrevi palavras de amor e perdão
Senti muito além de qualquer razão
Reagi em plena auto-somatização
Irmanei diante do apartheid
Transformei neura em light
Sensibilizei quem petrificado
Cansei de tanto e tolo recado
Transgredi o que parecia insuperável
Colidi com que parecia impalpável
Agi pra resgatar o irrecuperável
Fugi não do tão insustentável
Saí de tudo isso pronta pra próxima
Edição que a vida me apresentar
Agradecendo o suporte Amar
Louvando Sua presença mais que ótima.

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A Gravidez Psicológica - por Ana Maria Guimarães Ferreira

Mais uma vez uso o espaço para falar de Madison…
Minha neta labradora…
De uma casa grande com quintal… para um apartamento no 13o andar.
Mudanças são sempre sofridas, mas não para ela. Adorou o espaço de uma varanda ampla onde o vento circula e o sol bate de manhã com doçura…
O sobe desce de elevador parece que a delicia. É como se ela sorrisse. Mas como cachorro não sorri diria que Madison esta sempre contente, sempre de bem com a vida.
As crianças do prédio são tantas que a paparicam... os porteiros que sempre brincam com ela quando ela passa altiva pela portaria em direção à rua onde vai passear.
Caminha ao lado do meu genro sem guia e obedece a pequenos comandos. Mas acreditem, só com ele. Minha filha diz deitar e ela senta, diz senta e ela rola… Se vai com ela descer é uma luta quer carregar a dona puxando-a através da guia.
No mês passado o veterinário que a doou pediu à minha filha para levar Madison para adestrar, segundo ele estava na hora e que iria levá-la numa exposição para São Paulo, pois Madison filha de um labrador com pedigree estava linda e imponente…
Minha filha cedeu aos assédios do veterinário e deixou que ele levasse Madison.
Afinal seria um mês e foi exatamente na época da mudança da casa para o apartamento.
Madison foi e voltou como sempre: abanando o rabo numa velocidade que derrubava tudo o que estivesse a sua volta.
Mas voltou mais quieta, mais tranqüila, mais adulta.
Os dias se passavam e ela não destruía mais nada.
Ia engordando a olhos vistos. Minha filha com seu jeito observador dizia:
- Essa cachorra esta grávida!
Todos diziam que não era possível, pois ela só descia com meu genro que era extremamente cuidadoso.
No dia de Natal todos reunidos e a sogra de minha filha que tinha experiência com cães (tinha criado uns três) dizia:
-Nada, isso pode ser gravidez psicológica!
E minha filha não aceitava, mas deixava rolar. Passados 58 dias desde que Madison tinha ido ao “adestramento”, Tatiana, minha filha, levou-a a outro veterinário que através da ultrassonografia descobriu que Madison estava realmente grávida de 5 filhotes.
Minha filha então decidiu: se a gravidez era psicológica (os cachorros que nasceram ontem - cinco machos) se chamariam: FREUD, JUNG, LEWIN, WINNICOTT e PIAGET. Por sorte só nasceram machos, senão teríamos MELANIE KLEIN, ANA FREUD e outras.
Agora tenho toda a Psicanálise em casa latindo sem parar.

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