Creative Commons License


Bem-vindo ao Duelos!
Valeu a visita!
Deixe seu comentário!
Um grande abraço a todos!
(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Vertigem - por Gio

.
.
.
.
.
Gi, fica com as coisas na mão, que a mãe nem vai parar o carro aqui na frente. Eram 19:15, e eu tinha show às 20h. De case e mochila de pedais em punho, esperei a carona passar voando, dando sorte de a minha mãe estar trabalhando no mesmo evento onde eu iria tocar. O carro chega, e lá embarcamos nós três – eu, meu irmão e minha cunhada – rumo à FEARG.

A feira estava lotada, como de costume, ainda mais no fim de semana. E o alienígena aqui com uma guitarra em uma mão, e uma mochilinha ridícula na outra. Voando, meu irmão me mostrou onde era o palco onde eu iria tocar, e aterrissando lá eu vi que fui o último da banda a chegar. Sem problemas, ainda tinha meia hora antes de subir no palco. Eu disse sem problemas? A meia hora, que serviria para escutar as músicas próprias da banda, só serviu para aumentar o nervosismo: não conseguiram trazer as músicas, e eu ia ter que, parafraseando um amigo meu, “ir no sentimento”.

E assim eu fui: primeira vez na FEARG, primeiro show com banda na vida, e ainda por cima num domingo, em um dia de bandas conhecidas, e com um único ensaio feito. Pouco ensaio por pouco ensaio, já me apresentei no auditório da escola de Belas Artes sem ensaio nenhum. Mas aquilo não parecia nem um pouco com o auditório da Escola de Belas Artes. O povo vendo o show antes do nosso era grande – se eles seguissem, ia ser a maior plateia para qual eu iria ter tocado. O show termina, a banda desce – já cercada por tietes –, e a gente sobe no palco. E o povo desaparece.

Não sabia se ficava feliz, aliviado, ou intrigado. Escolhi a indiferença, e comecei a arrumar a aparelhagem. Desenrola fio, conecta cabo, afina guitarra... Giovanni gostosão! Parece que alguma amiga minha chegou pra me sacanear – deve ser a Alexandra. De repente, o povo que havia sumido reaparece: eles só foram “tietar” a banda que saiu. O Andrade tá te esperando, hein? É, definitivamente é a Alexandra tirando com a minha cara. Vejo que tem um half-pipe na frente do palco, e essa falsa sensação de segundo plano quase me ajudou a me acalmar.

O show começa e as pessoas vão chegando. Quanto mais gente chega, menos eu olho pra frente. Olho pra cima, olho pra baixo, olho fechado, repete. E assim eu fui, até que... eu erro em uma música própria. Tirando um ex-integrante (meu amigo, por sinal), ninguém parece ter notado: acharam que a banda estava delirando em um jam no meio da música. Mas eu notei, e isso pra mim foi o suficiente para quase petrificar. Quase nem me movi mais no palco depois daquilo. Quem chegou na segunda metade do show deveria pensar que eu era músico de apoio contratado.

De resto, o show correu bem. O coral que cantou as 3 últimas músicas com a gente se saiu melhor na apresentação do que no ensaio; a única pessoa que não ouviu a minha guitarra direito fui eu mesmo; e aparentemente quaisquer possíveis erros meus passaram desapercebidos pelo pessoal. E... Como apareceu gente conhecida pra falar comigo depois do show! Eu não sabia onde me esconder: parece que até eu ganhei meu dia de fama...

No outro dia, falo pro vocalista que fiquei nervoso por ser minha primeira apresentação, e ele ri da minha cara, pois não tinha notado. Já tem convite novo pra tocar essa semana. E eu? Vou dar a cara a bater de novo!
.
.
.
Visitem Gio
.

Ecologia - por Alba Vieira

Mostre que você tem cabeça
E se permita refletir só a alegria.
Vivencie dividir realmente o planeta.
Isso é entender de ecologia.

Estamos todos integrados.
Não há quem seja melhor.
Dependemos sempre do outro.
Fique atento se quiser evitar o pior.

É preciso conter o desperdício
De tudo aquilo que não seja perene.
Recursos eternos, isso é algo fictício.
Ensine às crianças de forma solene.

Proteger a natureza em sua plenitude:
Considerar as plantas e os animais,
Sem esquecer dos minerais que, amiúde,
Constituem riqueza e memória colossais.

Tudo que existe é sagrado!
Incluindo os homens, tudo é vivo e fundamental,
Mas parece que o planeta foi abandonado
Nessa corrida desenfreada pelo bem material.

Equilíbrio é respeitar o semelhante e o desigual.
É na diferença que se busca a complementariedade.
Ser responsável é responder de forma magistral.
O planeta está gritando! Salvá-lo só depende da nossa vontade.
.
.
.Visitem Alba Vieira.........................
.
.

Relógio - por Leila Dohoczki

São três
Um passa por dois
Que marcam seis
Ou cinco para uma.
Vai marcando ponto a ponto
De ponta a ponta
O traço que marca redondo.

Uma e meia
Um dia inteiro
Todos os dias
A vida inteira.
Em silêncio.

E nós?
Meio moribundos...

Vão os três!
Em segundos
Em horas,
Em minutos
O tempo mudo,
Ninguém o ouve chegar.

E quando se vê
Foi-se o tempo
Foram-se as horas
Foram-se os risos
Foi-se solidão...

Já não há mais tempo
Para perdões, nem lágrimas,
Não há mais farsas, nem mais ilusão.

E os três, no relógio de parede
Olham com certa satisfação,
Eles seguem marcando,
Mas já não tiquetaqueia o coração.
.
.
....................................*****************
.
.
..............Visitem Leila Dohoczki
.

Uma Viagem Fantástica - por vestivermelho

Aproveitei os feriados e fui para uma cidadezinha não muito longe. Em duas horas já estava hospedada em uma pousada simples e limpíssima.
Logo que cheguei li que iria ter baile de carnaval. Pensei... fico por aqui, se for ruim vou dormir.
Coloquei meu vestido vermelho, tinha um lado sem alça... em um vermelho que me deixava, se não lindíssima (aiaiai), muito bonita... pelo menos pensava que sim, somente pra me animar.
Desci, meu quarto era no segundo andar. As escadas nem eram tantas...
Estava já animado o baile, músicas novas, pessoas jovens e as mais velhas sentadas nas cadeiras...
Bem, em lugar de interior ainda se tem esse costumes... rs
No bar pedi uma cerveja. Estava um calor... Como não tenho o costume de cerveja fiquei logo alegre...
Um rapaz, com uma camisa toda aberta, achei estranho...
- Boa noite, morena.
- Boa noite.
- Quer ir no cordão?
- Cordão?
- Sim, na pracinha tem um cordão carnavalesco.
- É longe?
- Dá para ir andando...
- Vamos só nós dois?
- Tem um pessoal que vai também.
- Vou sim, vou somente pegar um documento.
- Documento nem precisa... é perto, e você estará comigo.
Pedi mais uma cerveja, estava com sede.

Ele se afastou um pouco para falar com um pessoal. Logo estavam reunidos na porta.
As pessoas sentadas permaneceram sentadas, o salão ficou sem som. Sem barulho é agradável para quem gosta de somente conversar.
Fui seguindo a turma. Ele chegou e me perguntou:
- Seu nome e com H?
- Sim. Como sabe?
- Uma cigana me disse: vai encontrar seu grande amor e logo. Isso foi ontem. Rs
- Faço votos que a cigana acerte.
- Ela acertou. Me disse: seu amor terá H no começo do nome.

Gelei... com aquele calor... pensei vou perder o sentido...
Chegamos na pracinha.
Toda animada e enfeitada com temas do carnaval.
Ele me segurou:
- Não saia de perto de mim.
Entramos no cordão... pulei, cantei, sorri e chorei de alegria... estava cansada.
- Vou embora. Sei o caminho, tem tanta gente na rua, não vou me perder.
- Vou te acompanhar.
Saímos caminhando...
A lua estava clara, enorme, dando um clima mágico.
- Seu nome começa com H... e como termina?
- Helena. E o seu, como começa?
- P
- Pedro?
- Paulo.
- Prazer, Paulo.
- Prazer é todo meu, Helena.
Chegamos, e como estava com sede , pedi outra cerveja.
- Vou te acompanhar, apesar de que não bebo... passo mal.
- Também não me sinto muito bem... mas está um calor!
Não sei quantas tomamos...
Acordei com uma dor de cabeça, senti algo ruim, não sabia o que era pior.
Levantei e fui ao banheiro, tomei um banho.
Desci, vi que não era bem o lugar que pensei...
Estava tudo calmo. O café da manhã estava sendo servido em uma sala pequena.
Tomei o café e fui até a recepção.

- Bom dia.
- Bom dia. Dormiu bem?
- Dormi. Acordei com uma dor de cabeça, mas já passou.
- Pensei em te acordar ontem. O pessoal foi na praça.
- Na praça?
Na praça aqui perto tem um pessoal alegre, canta e dança...

Fiquei pensando...

Não foi essa moça que me mostrou o quarto ontem. Foi uma senhora que me serviu uma xícara de chá.

Logo deitei e dormi...

Será que foi um sonho, pesadelo ou conheci mesmo o Paulo?...

Resolvi ir embora.

- Fecha minha conta, lembrei que tenho compromissos em outra cidade.

Saí rapidinho.
Andei uma hora na estrada sempre em frente, sem curvas nem desvios.
Chequei em uma cidadezinha e vi uma pousada.
Entrei.
Na recepção
Um rapaz com a camisa aberta.

- Bem-vinda, Helena. Estava te esperando.
- Obrigada, Paulo.

Estava com meu lindo vestido vermelho.

Mistério!!!
.
.
.Visitem vestivermelho
.
.