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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




quarta-feira, 15 de julho de 2009

Desencanto - por Leo Santos

Há um quadro que a vida desbotou,
e não pôs outro no lugar;
um olhar que amargura tatuou,
uma chaga que não quer cicatrizar.

Ah, a vida e seu espaço!
Passos que não são ir,
são não ficar;
cisterna pra outra sede,
rede pra outro repousar.

Há uma espera pela esperança,
que nas brenhas da noite sumiu;
o tédio alargando o inverno,
estranho inferno, gélido, frio…

Ah, a vida e seu tempo!
Momentos que não passam,
contemplam passar;
acalento pra outro pranto,
e primeiro choro, desencanto…



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As Nossas Palavras XVII - por Lélia

Deitada no meu sofá penso no passado e vejo que deveríamos usar o que aprendemos lá atrás como trampolim para evoluirmos como indivíduos, para lapidarmos nosso caráter, para que possamos atuar melhor no mundo.
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As Nossas Palavras XVI - por Lélia

As pessoas, geralmente, se preocupam muito com os prêmios que podem vir a receber em função de suas atitudes, mas não percebem que mais importante que estes prêmios, são as consequências de suas ações. Muitas vezes nos deparamos com acontecimentos na vida que consideramos como castigo divino, mas eles são, somente, o que veio para nós, como um boomerang, a partir daquilo que fizemos antes, sem pensar.
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Tirando o Filtro da Censura - por Adir Vieira

Foi você quem quis assim.
Quando eu cheguei não quis ocupar o seu lugar.
Vim, sabe-se lá porquê, fazer parte da família.Não quis que esquecessem de você, não quis que te ignorassem (se é que fizeram isso, porque não acredito).
Não tenho culpa se minhas formas redondas e meu sorriso cativante tomaram conta de todos...
Se você fosse esperta, ia perceber que aquilo era sazonal, duraria enquanto eu fosse um bebê.
Mas acho que junto com o meu crescimento, meu amadurecimento, você, embora com atos velados, foi amargando o desprazer de conviver comigo.
Lembro agora que, para me fazer sofrer, você escolheu ressaltar as qualidades daquela que veio depois de mim para se aliar a você contra mim. Acho que não conseguiu.
Que pena!
Eu, a vida toda, tinha muito no que pensar, minha mente fantasiosa não dava espaço para perceber essa “luta constante” de você contra mim.
Por que, só agora, eu percebo tudo com clareza?
Será que agora, na velhice, eu gritei um basta?
Será que a falta de tempo para a compreensão, a aceitação e o disfarce me impulsionaram para enxergar tudo?
É, acho que foi isso! Hoje, caminho para o fim e, portanto, o meu umbigo é muito mais importante do que tudo. Se eu não me satisfizer hoje, quando o farei?
E tenho tanto ainda a realizar...
Por que tentar compreender, se não vou mudar mais nada...
Estranho... essa simples constatação me traz um grande alívio!
Que bom!



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Abandono - por Alba Vieira

Deitados sobre o chão duro da calçada
O casal compartilha sua intimidade
Com os transeuntes indo para o trabalho
Desconhecem o que seja privacidade
São íntimos somente nas privações

Abraçados ternamente sob cobertas maltrapilhas
Contrastam com a agressividade dos que neles quase tropeçam
Imundos, em andrajos, os corpos emagrecidos
Desfalecem mais pela fome que por cansaço

Nos arredores veem-se dejetos espalhados no meio do lixo
Empesteiam o ar trazendo à consciência miséria
Mas hoje acontece o inusitado
Àqueles que passam é impossível ignorar
O odor acre no ar não deixa dúvidas:
A desgraça da noite que passou na ilusão das drogas
Melenas denunciam que a vida se esvai em desesperança.



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