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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




terça-feira, 23 de novembro de 2010

Medo - por Alba Vieira

Medo é barreira auto-imposta
Que nos isola em impedimentos
Fazendo com que a personalidade
Murche em vida, sem movimento.

Medo pode ser desculpa
Para não se conhecer.
Pode gerar repulsa
À oportunidade de se desenvolver.

É tanta coisa que fenece
Por causa do medo atroz
Que às vezes até parece:
Que não se vive, é a morte vindo veloz.

Medo é areia movediça
Que aos poucos toma conta de nós.
É também defesa com ponte levadiça.
É ficar encolhido debaixo dos lençóis.

Não há que se ignorar o medo.
Fugir é nada salutar.
Melhor entender bem o desassossego,
Criando condições de poder enfrentar.

O que torna o medo pleno de poder
É aquilo que cerca o tanto que existe de real.
Somos nós que incrementamos o que poderá acontecer
Com nossa fantasia, nossa imaginação surreal.

Então melhor usar a tal imaginação
Sempre e muito bem, ao nosso favor.
Diminuir o que nos ameaça é uma solução.
E fortalecer o ego ajuda a eliminar o pavor.
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Visitem Alba Vieira
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“Antes que Seja Tarde” - Letra de Marília Abduani / Música e Interpretação de Marcus Viana

 
Antes que seja tarde
ponha o seu trem nos trilhos
plante árvore, faça um filho
rompa o hímen do perdão
destrave as portas da aurora
engula o que lhe devora
Antes que seja tarde
desate o seu coração

Antes que seja tarde
desperte a sua coragem
pinte as novas cores desta paisagem
abra o teu peito em flor
ame, cante, beba um vinho
polinize o seu caminho
Antes que seja tarde
seja sonho e seja amor.

Antes que seja tarde
afine o seu instrumento
aprenda a lição do vento
que toca sem machucar

Antes que seja tarde
renasça da sua história
o passado é só memória
a vida é pra se cantar.

Antes que seja tarde
escreve a sua poesia
o sol nasce a cada dia
sempre chega outro verão.

Antes que seja tarde
do ventre da madrugada
desponta, radiante, a estrada
que leva ao seu coração.
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Protesto por Privilégios Raciais - por Paulo Chinelate

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Deixar de dar opinião a um assunto tão atual seria uma grande omissão: “PRIVILÉGIOS RACIAIS” (…e outros.)
Discriminação camuflada ou explícita?
Alguns atos governamentais dos últimos tempos têm-me ocupado deveras a ‘piolhenta’. Sabe aquele assunto que nos engasga, não consegue descer nem com uma ‘redondo’ empurrando? É o tal do separatismo sócio-racial que nos fizeram engolir com farinha seca pelos ‘omis’ lá de cima.
Não engolia mas ficava no ‘deixa ver no que qui dá’. Até que li uma opinião de um grande jurista brasileiro, Ives Gandra. Não fosse a sua conhecida reputação de homem probo, bastaria ler o artigo que indico abaixo para sabê-lo racional e íntegro.
Como eu disse, algo arranhava nesta história. Bolas! Cota racial para ingresso à universidade não será um ‘cala boca’ político de uma verdadeira incompetência administrativa? Não seria mais correto empregar e cobrar aplicações de fabulosas verbas às escolas públicas para oferecerem ensino de qualidade?
Outro absurdo desta incompetência em resolver equivocadamente por medidas e decretos: obrigando o oferecimento de vagas pela simples cor da pele ou pela etnia, vai garantir que este ou aquele estejam preparados para se formarem com qualidade em uma faculdade. Essas minorias, que agora cantam vitória, não chorarão mais tarde ao se candidatarem a um emprego por serem considerados formandos sem merecimento?
Se concordamos que devemos educar hoje para não punir amanhã, não seria mais cabível um bom ensino básico hoje para colhermos frutos amanhã nos vestibulares?
Pediria ao caro leitor apusesse sua opinião. Lembrando que grandes movimentos iniciam-se com leve sair da inércia.
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Leia mais sobre o assunto em: Agência Serra
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Postado, originalmente, em 23/12/2008.
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Bate o Sino na Cabeça do Menino! - por Ninguém Envolvente

Não há neve como nos filmes americanos, mas o ar está mudado com um cheiro que pouco distingue-se; a mistura aromática, além de ser gentil com nosso olfato, sempre traz uma nota nostálgica denominada “cheiro de infância”.
Reina uma compulsão de boas maneiras e lindas palavras que são ditas com o mais afinado timbre vocal aveludado, idosos contam suas histórias e os mais jovens fingem se importarem para que somente um dia o dia seja perfeito. A troca de gentilezas dura enquanto tiver comida.
Com o passar do tempo, fica-se triste de tanto comer e o principal não foi feito: o agradecimento pela fartura obtida e o pedido de prosperidade aos que não foram tão abençoados. O momento crítico é a troca de presentes, fica clara a cara de desapontamento ao abrir o lindo embrulho e saber que era uma coisa tão insignificante.
A festa continua e, nesta altura dos acontecimentos, alguém já notificou que o prato principal estava sem gosto e reclama dos quilos que a sobremesa tão suculenta vai lhe trazer. As crianças divertem-se com os primos que só encontram em ocasião festiva ou funerais, os casais contam uns aos outros os bens adquiridos durante o ano e até apontam aquele carro espetacular encostado ao lado do fusquinha que parece saber que está sendo cruelmente comparado e motivo de piada.
Passa das duas horas da madrugada e chega a melhor hora: A despedida. O processo recomeça: todos são amáveis e se abraçam com tal fingimento que por cinco segundos você crê na amabilidade humana.

No dia seguinte fala-se sobre a roupa de Fulano, o carro de Cicrano, a conduta de Mariquinha, a forma física de Pedrinho, Joaninha que está dando golpe do baú e Joaquina é a comilona. Come-se o que sobrou da noite anterior. Todos vão embora e 364 dias depois se reúnem novamente e comemoram mais um Natal.


*Natal de minha família. Caso tenha encontrado semelhança com a sua, talvez sejamos parentes.
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Borboleta - por Leila Dohoczki

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Quem dera poder dizer
As cores que tenho em minhas asas.

Não posso!
Neste instante, no pequeno espaço que existo,
Posso apenas dizer sobre o que penso e sinto.
Não posso dizer que sou alegre ou que sou triste.
Sou apenas a metamorfose.

E quando um dia
Este casulo eu abandonar
Poderei dizer das cores da minha asa.
Que não sejam escuras demais,
Para que não destoem das cores da vida,
Mas que tenham toda a beleza, as nuances,
E as dimensões das grandes transformações,
Para que eu possa voar bem alto
Muito além das impressões
que meu semblante possa causar.

Nesse momento, serei borboleta,
pousada numa flor violeta,
Esperando minha hora chegar.

E quando minhas asas caírem e enfim terminar minha história,
Que aqueles, cujos jardins visitei, não me prestem honra, nem glória...

Deixem-me apenas borboleta.
Para sempre em suas lembranças.
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..................Visitem Leila Dohoczki.
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Estatísticas - por Gio

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10% das vezes em que o telefone toca em casa, meu pai atende. O engraçado é que, nas vezes em que ele não atende, em 70% dos casos ele está mais perto do telefone que qualquer pessoa na casa. 115% das vezes que alguém bate na porta da minha casa, minha cachorra começa a latir (só é preciso passar na frente, para que ela lata). 50% das vezes em que eu coloco o pé para fora de casa, eu acabo voltando para pegar alguma coisa que esqueci. Os outros 50% consistem na segunda vez que estou saindo.

100% das pessoas que comem pão e tomam água acabam morrendo, e nem por isso os médicos proíbem a ingestão de tais substâncias. Dos ditados que defendem uma minoria, “É dos carecas que elas mais gostam” é o mais dito – em 100% dos casos, a pessoa que diz é calva ou é propícia a ser. 80% dos carecas discordam, e os outros 20% estão rindo no momento, ao ler isso.

69% das vezes onde uma mulher diz “talvez”, ela quer dizer “sim”. É uma pena que só 35% dos homens percebam isso. Da mesma forma, 69% dos “não” femininos significam “talvez”. Porém, a taxa dos homens que não sabem disso é maior dessa vez: beira os 95%. Esses mesmos 95% melhorariam se lessem alguns livros sobre a diferença entre os sexos, mas eles fazem parte da porcentagem da população que acha livros de auto-ajuda um saco.

Quanto maior a importância do país, menor é a probabilidade de sua população conhecer algo sobre seus países vizinhos, ou mesmo sobre seus estados vizinhos. 42% do resto do mundo pensa que a capital do Brasil é o Rio de Janeiro; os outros 58% acham que a capital é Buenos Aires, e que hablamos español. Esses mesmos 58% pensam que a capital da Austrália é Sidney. Aparentemente, 83% do mundo desconhece a existência de Camberra.

A maioria das pessoas acha que eu, por fazer Engenharia de Computação, deveria saber mexer em micros e consertar bugs do Windows. Na verdade, 20% dos estudantes que entram nesse tipo de curso também pensam assim, e acabam desistindo quando descobrem que a computação é bem mais do que manutenção em hardware. 90% dos universitários é tomado como formado em alguma ocasião, e perguntado sobre coisas que não aprendeu ainda (ou que talvez nem vá aprender).

60% dos parágrafos deste texto começaram com um número. Ok, com esse são 66,6%. 75% dos religiosos ortodoxos teria medo dessa porcentagem, e 85% dos numerólogos charlatões tentaria tirar algum proveito disso. 80% dos numerólogos e religiosos, ao lerem isso, devem se sentir ofendidos. Como eu nem sempre acredito em estatísticas, não ligo muito...


*Antes que me perguntem, 90% das estatísticas deste texto são aproximações baseadas em minhas observações. Incluindo essa.
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Visitem Gio
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Nas Trevas da Ignorância (E Sem Lanterna) - por Fatinha

Querido Brógui:

Ontem fiz um programa super-ultra-mega cabeça: fui ao lançamento do livro de uma grande amiga, conquistada nos idos tempos da faculdade de História, isso há aproximadamente dois milênios atrás. Diferentemente de mim, ela dedicou-se à sua carreira de pesquisadora, enquanto eu enveredei pelos caminhos da sala de aula, depois faculdade de Direito, depois concursanda eterna, depois blogueira… Um dia eu descubro o que eu quero ser quando crescer.
Voltando à vaca fria, há muito tempo não fica tão clara a minha ignorância na matéria. É, eu sei que sou professora de História e isso deveria significar um certo domínio da matéria. No entanto, o fato é que, apesar de isso ser mais ou menos implícito, está a léguas de distância da realidade. O que eu sei é o basiquinho, pílulas de conhecimento, o suficiente pra encarar meu alunado, que, cá pra nós, é bem pouco exigente e bem pouco capaz (infelizmente).
Uma vez, um amigo disse que dar aulas em escola pública era um processo de emburrecimento. Não concordei na época, porque ainda dava aulas “cuspe só”, não passava matéria no quadro, me recusava a dar exercícios de decoreba, só aplicava prova discursiva, deixava metade dos alunos de recuperação e a outra metade eu reprovava. Eu acreditava que eles tinham que se virar pra estudar e aprender, como eu sempre fiz. Com o passar do tempo, caí na real. Não é assim que funciona. Comecei a selecionar criteriosamente o mínimo necessário a ser ensinado, mínimo esse que diminui a cada ano e ainda assim é muita coisa. Com isso, parei de estudar, parei de me aprofundar e parei de saber História. É isso.
Voltando à vaca quase congelada, em determinado momento, a conversa estava acontecendo e eu ali, entendendo nada, fazendo cara de inteligente, evitando falar besteira ou perguntar quem diabos era fulano de tal. Fui dar uma voltinha na livraria, li umas revistas em quadrinho, folheei um livro com fotografias de todos os cartazes de filmes da década de trinta, um pedaço do livro do Ariano Suassuna, outro de Fernando Pessoa, voltei para a rodinha e, corajosamente, encarei minha ignorância. Foi duro.
A propósito: o nome do livro dela é “Tempo negro, temperatura sufocante. Estado e sociedade no Brasil do AI-5”. Não li ainda, nem comprei, porque fui desprevenida (só eu mesmo pra ir ao lançamento de um livro sem dinheiro pra comprar o tal…), mas pretendo me livrar das trevas da ignorância assim que possível.
E pra deixar claro: eu sei o que foi o AI-5, tá legal? Ignorância tem limites.
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Postado, originalmente, em 05/11/2008.
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Visitem Fatinha
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A Falta da Internet em Nossas Vidas - por Adir Vieira

Ontem parei para pensar sobre a falta da Internet em nossas vidas. Vou cair no lugar comum, mas vou repetir o que a maioria das pessoas diz. Não sei como vivíamos antes da existência dessa mola que nos conecta, em segundos, com o mundo todo.
Ontem, ao ligar o computador, me vi desconectada e mesmo após realizar todos os testes necessários, por instrução da empresa telefônica, não consegui entrar no meu mundo diário através do PC.
Fui instruída de que teria que aguardar vinte e quatro horas pelo técnico da operadora. Nunca as horas foram tão longas num dia.
De repente, uma imensa lista de afazeres ligados à Internet povoou minha mente e confesso que me preocupei. Não temos ideia de como o computador faz parte da nossa rotina e com isso vai nos afastando do mundo físico, do contato com as pessoas, olho no olho, das descobertas que, sem ele, sem suas facilidades, poderíamos tentar descobrir por nós mesmos e com isso aprender cada vez mais.
A facilidade e a certeza de que o computador é nosso instrutor, nos coloca assim... totalmente dependente. Fiquei superpreocupada, mas ansiei para que a minha linha fosse logo restabelecida e eu pudesse voltar aos meus trabalhos junto ao computador.
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Visitem Adir Vieira
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País Nosso - por Maelo

País nosso que caiu do céu.
Bem votado seja só o meu nome,
vem a nós o seu dinheiro.
E que se foda a nossa sociedade,
Aqui na terra eu quero o céu

O roubo nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai as nossas despesas,
assim como nós ignoramos
a quem nos tem elegido,
E não penseis que amamos a nação,
Mas livrai-nos desse mal
Amém
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ArtenoMovimento oferece uma banana para todos os políticos corruptos.
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Visitem Maelo
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A Face da Miséria - por Izabel Sadalla Grispino

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Talvez você nunca tenha se deparado com o “seu” Dito:
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“O Dito mal conhecia dinheiro,
No fogão só angu na panela;
Bebia água que vinha do poço,
Rosto de velho apesar de moço.”
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