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sábado, 1 de agosto de 2009

A Autora de Julho

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PARABÉNS, NINGUÉM ENVOLVENTE!
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Wordle: Autora de Julho
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Imagem: Wordle
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Rodrigo de Souza Leão

Soube-se hoje, por intermédio de Clarice A., que Rodrigo de Souza Leão, participante do Duelos, faleceu no dia 2 de julho próximo passado. O caderno “Prosa e Verso”, do jornal “O Globo”, traz, hoje, matéria a respeito da vida e obra deste autor. Transcreve-se, aqui, parte do editorial deste caderno que trata do autor.
As letras sentirão saudade, Rodrigo, assim como seus leitores.



“Há quase um mês, dia 2 de julho, um ataque cardíaco matou o escritor carioca Rodrigo de Souza Leão, aos 43 anos. Ele estava internado numa clínica psiquiátrica há vários dias, a seu próprio pedido: sua esquizofrenia, detectada 20 anos antes, estava levando-o a surtos mais fortes, com os quais não conseguia lidar direito. Mesmo doente há tanto tempo, Rodrigo teve fôlego suficiente para escrever um elogiado romance, ‘Todos os cachorros são azuis’ (7Letras), um dos finalistas do prestigiado Prêmio Portugal Telecom deste ano. O Prosa publica, nesta edição, trechos de um romance inédito que Rodrigo deixou pronto, e que mostram a potência das palavras de quem transita na fronteira porosa entre delírio e realidade. O poeta Ramon Mello, que está adaptando para o teatro ‘Todos os cachorros são azuis’, escreve sobre a literatura do amigo.”
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Meu Pai que Não Está na Foto - por Rodrigo de Souza Leão

Comi distância nas pálpebras
Fechadas de minha razão
Pude sentir a minha Loucura
Sempre sorrindo de dentadura

Oro aos sãos que me querem
Tateando o Horizonte dentro
Daquela noite eterna
Em que me deitei em mim

Pra sempre quis estrelas
Quem sabe irei ser um dia
Aquela que adiante guiará
Meu pai no mar da poesia



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Renato Russo e “Índios” - por Kbçapoeta

Quem me dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha

Quem me dera ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda

Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer.

Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente.

Quem me dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então deixaram Deus tão triste.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda! Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim.

E é só você que tem a cura do meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
Que todas as pessoas são felizes...

Quem me dera ao menos uma vez
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos, obrigado.

Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda! Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim.

E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos
E vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.
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.Legião Urbana

Curral Eleitoral - por Alba Vieira

Estrada longa, de medo e desilusão
O desespero dá forças pra seguir
Buscando o sustento longe do terreirão
Deixando um pedaço de vida ali.

Seguem cansados, quase a desmaiar
Lutam com a fome que tenta impedir
Que deixem para trás aquele lugar
Única possibilidade de subsistir.

Cães magros acompanham a tropa.
Trôpega, na guerra contra a miséria
Essa gente tem coragem e procura a resposta
Pro abandono em que deixaram essa terra.

Tantos deixados ao acaso da sorte,
Dos pingos que às vezes caem do céu...
Políticos precisam e mantém a morte
Assegurando um novo mandato de fel.

Porque com esse povo ignorante,
Massa comandada que é deixada ao léu,
Os homens do poder se garantem
Quando os enganam só com um tantinho de mel.

A única saída é a consciência
Que só aflora se existe Educação.
Mas por aqui só temos a experiência
De ver o nosso povo mantido na escuridão.



Visitem Alba Vieira
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Fatos ou Fotos? - por Casé Uchôa

Se quero fotos, quero retratos,
Não quero muitos
Apenas o bastante para registrar os fatos.

Quero amigos interessantes
Pra toda hora, de todo jeito
Quero conversas edificantes
Quero Cultura, é meu direito!

Quero ser fútil de vez em quando
Mas nada grave, um deslize só
Quero falar, mesmo que não ouçam
E se alguém ouvir, quer coisa melhor?




...........Visitem Casé Uchôa
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Pense, Pondere, Antes de Anunciar! - por Esther Rogessi

Baseada na interrogação contextual do poeta João Batista Drummond: CONCURSOS LITERÁRIOS. VALE A PENA PARTICIPAR? Chego à conclusão de que, em verdade, por muitas das vezes, textos vencedores nos decepcionam...
E ficamos a perguntar: como pode? Outras tantas, a inspiração foi, por que não dizer, quase que momentânea – o premiado não tinha um potencial criativo em evolução, parando logo após. Ressalto também outro fato de suma importância, tanto para nós iniciantes, quanto para os consagrados e premiados: os organizadores de tal obra, antes de tudo, devem estar de fato ilesos de qualquer outra visão que não premiar a quem de fato o mereça, ter a honestidade de não se envolver emocionalmente ou de qualquer outra forma com quem quer que seja. Sou da opinião de que acadêmicos, tanto quanto os aspirantes a bela arte, são feitos da mesma massa e fazem OBRAS FISIOLÓGICAS, ou não? Portanto, devem-se esquecer os premiados, afilhados e observar-se a obra em si.
Aquele que se inscreve tem sonhos, esperança...
Apadrinhamentos existem – roubadores de ilusões –, de outra feita já participei de um concurso que logo entendi ter sido este organizado com o único intuito: promoção do site...
Minha decepção foi tanta que não mais depositei nenhum crédito no tal concurso e menos ainda nos organizadores do site. Não enviei meus dados para a dita etapa final, não li os e-mails a mim enviados, deletei todos e só não me desliguei do site em respeito aos leitores. O que é prometido em um concurso deve ser levado avante!
Pensar e ponderar, antes de anunciar, é preciso!



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Palavras Sábias - por Luiz de Almeida Neto

“Gatinha põe o dente no pescoço do rapaz, na dança do vampiro você se satisfaz.”
Gênio criador do compositor do Asa de Águia.



Durval Lelys
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La Rochefoucauld e os Aspectos da Virtude - Citado por Penélope Charmosa

O que tomamos por virtudes muitas vezes não passa de um conjunto de ações diversas e de diversos interesses que o acaso e a nossa indústria sabem ajustar; e nem sempre é por valentia e por castidade que os homens são valentes e as mulheres castas.
A virtude não iria longe se a vaidade não lhe fizesse companhia.
(...) Os vícios entram na composição das virtudes como os venenos na dos remédios. A prudência mistura-os, tempera-os, e serve-se deles eficazmente contra os males da vida.



In “Reflexões”.
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Fico no Aguardo - por Soraya Rocha

Já que o Gio resolveu continuar a combater
Este duelo eu vou assistir, pode saber!
De camarote vou me divertir a valer
E vou aguardar a contenda se resolver
Para lutar com aquele que vencer.
E não adianta implicar, Ana, que eu não vou te responder
Só volto a me manifestar quando só um sobreviver.



Resposta a “Santo Desafio, Batman!”, de Ana.
Referências: “Santa Paciência, Batman!”, de Gio
e “Desafio”, de Soraya Rocha.
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