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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




sexta-feira, 6 de março de 2009

Perfeição - As Nossas Histórias I

Sozinho caminho à noite com meus cabelos enrolados. Ao longe, uma fogueira sutil. Aproximo-me dela e deixo que seu calor aqueça minha alma. Sinto-me tão imperfeito, tão pecador...
Esta imperfeição que mora em mim me deixou frio por dentro e por fora, sem conseguir tocar os sentimentos que, percebo bem, outras pessoas possuem e manifestam cotidianamente.
Constante e errante, permaneço frio rejeitando o sabor do fogo físico; entre mil lâminas que a luz faz descer ao chão desta rua escura, desejo que o que se acenda em verdade, em mim, seja a resposta que sempre busquei, o que me defina e me faça encontrar o sentido de meus atos. Mas, enfim... espero em silêncio o fim dessa minha tristeza de estar só.
E este fogo que contemplo me diz que estou só por causa da minha frieza, que se tornou minha principal imperfeição. Nele começo a vislumbrar imagens das dores passadas que sofri, sentindo meu rosto queimar, denunciando a emoção que sinto.
Então me dou conta de que a frieza que se instalou em mim há tanto está degelando, escorrendo em gotas frias pelos meus olhos incrédulos.
Com certeza essa introspeção toda, mais uma vez, vai me levar a nenhum lugar. E é isso que ainda não resolvi: se devo colher ou esperar passar, mais uma vez.
A perfeição é aquela busca ou esta, enfim sempre a busca. E me firo e desconcerto as noites e o sono com esse atalho estranho. Esperamos, nos sentimos... estamos sós!
E me doem os pés, cansados desta longa e árdua jornada em busca de mim mesmo.
Que triste fim me espera... grito, imploro atenção de todos que passam e nem me olham. Ô triste fim de quem ousou um dia viver, viver e ser feliz... Onde errei?...
Uma ferida irreparável me consome por dentro e por fora... Meu último desejo é um farmacêutico que me venda alguns gramas de perfeição.
Eu sei que errei no amor, por isso vivo lamentando pelos cantos, sem destino.
Descubro, enfim: perfeição é um belo resultado da imperfeição através do aprendizado, Vida!



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As Nossas Histórias

Esta categoria está sendo inaugurada para que escrevamos histórias conjuntamente.
A sugestão foi enviada por Raquel Aiuendi.

Funciona da seguinte forma:
Cada texto se inicia com o título e uma frase ou oração, que estará no post.
Quem quiser continuar o texto, escreve, nos “comentários”, o título, a frase inicial e a continuação até chegar a um ponto. (Não façam mais de uma frase ou oração!)
Outra pessoa copia (marca com o mouse, desde o título até o final do texto, pressiona Ctrl+c, clica na caixa de comentários e pressiona Ctrl+v) e depois acrescenta mais uma frase ou oração.
E assim vai-se fazendo até chegar ao fim.
O fim será definido por quem quiser determinar o fim do texto. É só escrever “FIM” ao final da frase ou oração.
Cada pessoa pode participar com quantas partes quiser, mas não em sequência.
Prestem atenção ao título!
Não se preocupem com postagens concomitantes (ao mesmo tempo): eu organizo depois, ok?
Quando o texto estiver pronto, será postado completo no post inicial.
Para ver as histórias que já foram terminadas e postadas, cliquem em qualquer link “*As Nossas Histórias”.
Quem tiver dúvida ou quiser enviar sugestões para novos textos, é só enviar para shintoni@terra.com.br.
Mãos à pena!
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Inverno - por Ana

O inverno está lá fora,
mas está dentro o inverno,
minha alma não floresce,
sofro de um frio interno.

Um frio de estar só,
sem ninguém pra conversar,
sem corpo pra aquecer,
sem olhos para o olhar.

Minha mesa, só um prato,
só uma poltrona na sala,
um talher de cada tipo,
na casa nenhuma fala.

Em silêncio vivo os dias,
às vezes, sem pensamentos...
Com o que preencher o vazio,
se não há acontecimentos?

Ninguém vem, ninguém me liga,
não saio pra nada mais,
acho que não como há dias,
não durmo, não tenho paz.

Sinceramente, me digo,
não sei o que faço aqui...
A porta, sempre fechada,
me sussurra que morri.
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Raquel Aiuendi


Poeta, artista, artesã
lúdica, alegre e sã
a vida por opção
e por falta de opção
o Amor a priori
para que tudo melhore.
Também digitadora;
da cultura e arte, produtora;
indígena
mais do que por coração:
escolha minha e de meus irmãos
de raça e identidade e expressão,
olhar e convicção.
Sou Raquel Aiuendi
Acho que você entende.
.
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A Divina Comédia - por Ana

A Divina Comédia – Dante Alighieri


“Só li parte da Divina Comédia. Demais! As ilustrações, então, nem se fala!”



Resposta a “Nem Todos Estão Aqui II”, de Raquel Aiuendi.
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Oração - por Luiz de Almeida Neto

Inunda meu peito
que só do teu jeito
eu me sinto inteiro.

Faça em mim teu esteio
e me faça igual em meu meio
com o mundo cheio.

Ensina a amar
de um jeito que não quer cobrar
de um jeito que só sabe amar.

Ensina a viver
de um jeito que não quer saber
de um jeito que só quer viver.

Me ensina a ter sede,
ensina a ter fome,
e ajudar quem não come.

Faça em mim Vossa obra,
de um jeito que eu não sei mais ser diferente
de um jeito que eu vou perceber
que sou muito menor
pra ser indiferente.

Seca minhas lágrimas,
cura a minha dor,
perdoa meus erros,
e oferece outra chance.
Releva minhas lástimas,
intercede onde há horror,
faz por quem tem medo
de entender que não há alcance,
pra ser
mais que distante
de Nosso Senhor.

A fé que pulsa agora,
se vai mais tarde,
e volta pior
pela sua ausência.
Mas vamos lá,
anestesiar a consciência
não é sinônimo
de crer em Deus.
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Para Viver um Grande Amor - por Alba Vieira

É preciso colocar-se em primeiro plano, amar-se por inteiro.
Deixar de lado a rigidez e permitir-se inovar no dia-a-dia
Entregar-se, abrindo-se para a vida, aproveitando as pequenas coisas que ela oferece.
Olhar-se com carinho todos os dias no espelho do banheiro, imaginando quem poderá apreciar aquela pessoa linda que está olhando para você.
Permitir-se cometer erros simplemsnete para experimentar fazer de outro jeito que não aquele que você repete sempre.
Parar e não fazer absolutamente nada, para poder ter fantasias ou apreciar o desenrolar da vida que está perto de você.
Buscar o contato com a natureza, pois ela nos ensina o quanto é natural amar e ser amado.
Enxergar além das aparências, já que a pessoa mais adequada a você pode ser alguém que você normalmente não repararia pelo que ela expõe à primeira vista.
Sintonizar-se com as esferas sutis para poder receber os sinais que levarão ao encontro da pessoa certa.
E, principalmente, reconhecer e jamais deixar de assinar o recibo quando a Vida colocar a pessoa que você vive pedindo em pensamento diante de você.

A partir de então, é só caminhar ao lado, transformando-se junto com ela para que este grande amor seja renovado e exista para sempre (mas só enquanto dure).
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Fáceis - por Léo...

Fáceis - confluências - abstratas
Fluem finas
E vertem bastardas
Em factuais abortos:
Escorregam-me fetos mortos pelas falas
Novas im-mir-agens
Entrecortadas
Prontas a expandir-se
Na fusão inesperada
Pontas em dégradé discreto
Sem fins
Anti-fatos
De diversos tipos
Dispersos
Umbigos unidos
Volteados
Por límpidos líquidos
Pisam no mundo
Esfarelam em muros rijos
Do cimento que apalpo
E os circunscritos sobrepostos
De outros
Antes de serem ditos
Cedem espaço aos certos
Suspiros frustrados
Piso-os
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Nem Todos Estão Aqui III - por Raquel Aiuendi

As Brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley (gostei)
Confissões – Santo Agostinho (li trechos: gostei)
Cultura Brasileira – Alfredo Bosi (li trechos: gostei)
Deus Negro – Neimar de Barros (questionável devido ao autor)
Moronguetá – Nunes Pereira (gostei)
O Maior Milagre do Mundo – Og Mandino (bom, descanso de tela)
O Maior Vendedor do Mundo – Og Mandino (bom, descanso de tela)
O Massacre de Manguinhos – Herman Lent (não li)
O Retrato de Dorian Gray – Oscar Wilde (interessante)
O Velho e o Mar – Ernest Hemingway (gostei, muito bom)
Os Cestos – Osman Lins (gostei)



“detrás de As Brumas de Avalon
O Velho e o Mar
depois de O Massacre de Manguinhos
disse em Confissões
que a Cultura Brasileira
é Moronguetá
longe de O Retrato de Dorian Gray
que no O Maior Milagre do Mundo
O Maior Vendedor do Mundo
colocou em Os Cestos
de um Deus Negro.”
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Constatação - por Alba Vieira

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A saudade é o bagaço do amor.
Depois de sorver o néctar é o que nos sobra e ainda distrai, trazendo de volta o passado.
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Recado - por Yuri

Ar proibido a tocar sua música favorita na rádio... Lembrar de você? Nem me fale! Aliás, nunca liguei pra isso mesmo... Ao te ver passar me abalar? Cale-se, pois o passado já passou. Só restaram segredos e eles hoje do meu quarto não saíram... Sou algo imaginário, abstrato talvez... que nem um dia você pensou em tocar. Sei que sou seu fruto proibido. Não feche os olhos! Pois ainda não acabamos. Falta mais um pouco, espere um pouco mais. O caminho é longo, é ali na esquina da sua casa o mais próximo, em dois segundos você chega lá.
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Mudança - por Laiz Mara

é que uma hora dessas a chuva passa
o sol sai
e a gente vai
deixa aquela mala cheia de poesia
deixa aquelas páginas escritas
deixa os por fazeres
deixa o sentir no pote de nescafé
guardado feito doce da vovó
fecha as gavetas e sai
arruma a bagunça
abre as janelas de um novo lar
o ar novo
respirar
e aí a gente respira um novo lugar...
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Leo Santos

45 anos, 20/11/1963
Divorciado, escorpiano
Nascido em Fontoura Xavier (RS)
Residência Tauranga, Nova Zelândia
Gostos Poesia, filosofia, teologia, música clássica, sinceridade, Grêmio e churrasco.
Influências Bíblia, Saint-Exupéry, Sócrates, Platão, Erasmo de Roterdã, Santo Agostinho, Kierkegaard, Watchman Nee, Fernando Pessoa, Mário Quintana e outros...
Autodefinição Uma pessoa simples, observadora da existência, tentando gostar da vida, apesar da hipocrisia, da mediocridade e toda sorte de injustiças, mormente as que se cometem profanando o nome de Deus...
.Soren Kierkegaard

Saudade - por Raquel Aiuendi

Te liguei essa madrugada
Não consegui sinal, nada
É que a nossa Embratel
Não tem concessão no céu.

Foi, então, por meio de sonho
Que consegui nossa ligação
Porque é assim que, suponho,
Ser melhor a comunicação.
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Pergunta - por Alba Vieira

Sabem o que existe em comum entre dor de amor e ciática?
Ambas podem ter como causa a raiva, maltratam muito e custam a passar.
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Reflexão - por Yuri

Nem tudo é legal, sempre todos nós temos nossos momentos...
Liberte-se(?)! Exploda(?)!
No descontrole esquecemos até quem somos.
Ok. Normal.
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