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terça-feira, 11 de agosto de 2009

As Nossas Palavras XXII

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Wordle: As Nossas Palavras XXII
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Imagem: Wordle
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Provérbio Tibetano em As Nossas Palavras XXI - Enviado por Adhemar

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Há três coisas que jamais voltam: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida.



Visitem Adhemar
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As Nossas Palavras XXI - por Alba Vieira

Em relação ao valor das palavras, três coisas devem ser observadas:
1. cada palavra dita é como uma flecha lançada;
2. deve haver um objetivo a ser alcançado, senão será uma oportunidade perdida;
3. uma vez lançadas, elas jamais voltam.



Visitem Alba Vieira
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Inesperada Revelação ou De Serpentes, Rãs, Sapos e Outros Seres Asquerosos - por Ana

Ontem acessei o Terra.
Qual não foi minha surpresa!
Destacada reportagem
Me inundou de certeza!

Me respondeu à questão
Que havia deixado aqui:
Se o Gio era o Burro, o Shrek,
O rei-sapo ou a sucuri.

Prestem bastante atenção
A tudo que foi descoberto
E ao onde (também conta).
Cês ficarão boquiabertos!

(Pra provar que não inventei
e que existe a reportagem,
link (há data e hora no site)
ao final desta postagem.)


Foi assim: lá no Himalaia
Descobriram uma serpente
Enorme! Um troço de doido!
Demoníaco ser vivente.

Inda é verdona a peste!
Gente, isso lembra o quê?
Eu não vou falar agora,
Vou mostrá-la pra vocês:
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No mesmo lugar encontraram
Uma rã desconhecida;
Verde, também, o batráquio.
Eita! Que coisa esquisita:
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Olhem só o jeito dela...
Ih! Tem as patas vermelhas!
Uns lanhos brancos, não tem?
Me veio logo a centelha.

Vejam, reparem bem:
A combinação tricolor
Nota-se também no ofídio.
Não é delírio... por favor!

São as cores fulgurantes
Da bandeira da Itália.
Povo, fiquei perplexa!
Que coisa mais tri hilária!


Desta forma, eu lhes digo,
Com toda convicção:
Fui guiada à reportagem
Como a uma revelação.

Himalaia lembra monge,
A serpente, sucuri,
O verde é do Shrek,
O batráquio plebeu eu vi.

Monge, víbora, Shrek,
Rã, lábaro italiano...
Eu cheguei à conclusão,
Assim, sem nenhum engano:

Este Monge tem espírito
De serpente ardilosa,
Vai se dizer rei-sapo,
Pela imagem majestosa.

Mas, seja ele o que for,
No seu papo não embarco
E muito em breve volta voando
E rastejando pro seu charco.
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Acréscimos (Antes da Trégua) - por Gio

Finalmente uma resposta!
(Digo, uma que se apresente)
Da Samurai que se prostra
Abatida e decadente

Pera (sem agudo ou circunflexo)!
Me explica o paradoxo sem nexo
Dessa constante dualidade
(Deve ser alguma nova modalidade):
Diz que me derrotaria sem um pio
Que, pra você, não sou desafio
Agora, diz que não sou inofensivo
E que é meu o veneno nocivo
Acho que é seu medo arredio
Suor, tremelique, calafrio

Não me faço de coroinha da pá virada
Sou educado muito antes da escola
(Pera, isso me lembrou uma piada
A do padre, do “xis com Coca Cola”)

Deles, no máximo a vestimenta
Por se assemelhar à batina
Mas não se usa, quando se enfrenta
Desaforados, como essa menina

A Anaja, peçonhenta que ela só
Diz que agora eu que ataco de veneno
Até tenho, é verdade... Mas veja só
O meu uso é mais humano e mais ameno

Eu vim de Tão, Tão Distante
Desse Rio Grande gigante
Mais uma estrela brilhante

E sempre ele eu honrei
Se, do Shrek, algo serei
Pode chamar-me sapo-rei

Portanto, tenho veneno é sob a pele
Não em peçonha, numa mordida covarde
É defensivo, quem contra mim duele
Ao me ferir, verá o quanto arde

Não que seja o seu caso, dona Ana
Que acha que está aqui a abalar
Eu já disse, “sempre alguém se engana”,
Pensa que me bate, e só acerta o ar

Já disse, eu me mexo rápido
Mais que um acender de lâmpada
E, Anaja, por mais que trepide
Você, que não é bípede
E muito menos quadrúpede
Já cavou a sua lápide

Sorte que vem chá com bolo
Em um campo de margaridas
Onde podes ter consolo
E cuidar de tuas feridas

Enquanto isso, minha cara escaravelha
Vejo que deves vir de outro planeta
Pois segue com a “stória” da orelha
A qual levou a frase ao pé da letra

E segue com o Carnaval -
Quando o insulto se desdobra,
Comete uma gafe mortal
“Camisa de força em cobra”?

Por mais que eu não seja, devo rir
Porque, até onde eu me lembro
A camisa nada vai reprimir
Em um ser que é desprovido de membros

Mas, aqui mesmo, nesse estádio
Piada boa é a comédia
Que me proclama essa ofídia
Chamando de “plágio” paródia
Jogando o senso ao repúdio

Quando eu falei de meu combate
Você, prontamente debochou
Cegueta és tu, que nesse disparate,
Te acertei, e você nem notou

Quanto à resposta por partes
Eu confesso, não entendi
E o pedido que me retrate
Ana, eu já fiz isso aqui!

Pois erro sim, isso não nego
Deve ser falta de Danone
Mas dessa vez eu descarrego
“Essa é culpa do Shintoni!”

Que, na sua organização
- igual à minha, temo dizer -
Retardou a continuação
E só mais tarde eu fui saber

(É brincadeira, antes que ele surte
Só que eu não podia, como quem curte,
Deixar de fazer a rima com o iogurte!)

Devo dizer: mal o embate começou
E ela vem falando em “fãs” e em “torcida”
Comento de novo, pra quem não notou,
Tá ficando cada vez mais convencida!

E complemento: menos luta do que canta
Desde já, eu prevejo o seu final
Pobrezinha, morrerá pela garganta
Igualzinho ao primeiro Cardeal



Resposta a Seguramente Tantã e Delirante, de Ana.
Referências: Sempre Alguém se EngAna, de Gio;
“Querência Amada”, de Teixeirinha;
“Anjos e Demônios”, de Dan Brown.
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Abraço de Auras - por Alba Vieira

Foi uma surpresa. Sem que eu esperasse, ela correu ao meu encontro, pediu meu colo e me abraçou. Perguntou antes à mãe quem eu era. E ela lhe disse: não se lembra dela?
Eu trabalho com a sua mãe e já nos encontramos uma vez, numa festa de aniversário quando ela era ainda um bebê e a última vez, há mais de um ano quando ela veio com a mãe ao hospital para uma consulta. Lembrou-se de mim, eu acho. E me abraçou, espontaneamente, com tanto carinho que me emocionou. No meu colo, ela me olhou nos olhos, agarrou-se no meu pescoço e encostou sua cabecinha no meu ombro. Ficamos assim um bom tempo e pude sentir a sua respiração e, mais que isso, a sua vibração.
Nunca eu recebi um abraço mais gostoso. Talvez por tratar-se de uma garotinha de três anos. É que eu adoro crianças e elas a mim.
Crianças são assim mesmo, uma delícia. Não fazem nada obrigadas. Deixam-se levar pela emoção. São só espontaneidade.
Não sei o que ela viu em mim. Fui à sua casa buscar uma encomenda. Nem entrei, nos encontramos no jardim, ela veio atrás da mãe e me viu. Talvez ela tenha seguido a sua alma que percebeu e encontrou ressonância na vibração da minha.
Foi isso mesmo: um encontro de auras. Maravilhoso! Inesquecível.



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Mote do Gio I - por Gio

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Mote
Ando sempre, ando em círculos
Déjà vu em cada instante
É apenas mais um ciclo
Nesse mundo roda-gigante



Com o carro em movimento
Aperto o play, o rádio eu ligo
Ouço o hit do momento
Regravação de som antigo

Aula nova, quem prepara
É um professor estreante
Eu conheço esse cara!
Ele me deu aula antes

Ando sempre, ando em círculos
Déjà vu em cada instante
É apenas mais um ciclo
Nesse mundo roda-gigante

Tiro a manhã de folga
Para ver algo de novo
Passeio, nada me empolga
Mesmo ali é o mesmo povo

Chego em um bar diferente
Pra me sentir renovado
Peço um chá-mate quente
É o que estou acostumado...

Ando sempre, ando em círculos
Déjà vu em cada instante
É apenas mais um ciclo
Nesse mundo roda-gigante

Divórcio, fim da união
Procuro livrar-me da dor
Os motivos da separação
São charmes no meu novo amor

Os charmes então viram brigas
Vira stress o compromisso
No meio de tantas intrigas
É, acho que eu já vi isso

Ando sempre, ando em círculos
Déjà vu em cada instante
É apenas mais um ciclo
Nesse mundo roda-gigante

No fim da minha caminhada
Dos meus mesmos erros iguais
Tenho a alma rebocada
Para um lugar com mais paz

A vida me tira as cores
Despeço-me sem nem um oi
No enterro, as mesmas flores
De quando meu pai se foi
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Visitem Gio
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Bruna Lombardi, “Amálgama” - Citada por Penélope Charmosa

Homem de terra, de argila e de farinha
de raízes no solo e muitas fontes
o mesmo sol que te satura me mora nas entranhas
o mesmo fio que te liga à terra me fez de presa.
A mesma carne, a tua, é fraca em mim
em mim que já sou feita de tuas ânsias
de tuas névoas, de teu suor e teu conflito.
O mesmo cheiro de tuas partes em minhas mãos resiste
ao vento de poeira. Às estações e ao isolamento.

Já não sou tua, é certo. Talvez eu nunca fosse,
talvez tivesse sido, talvez um dia eu seja.
Talvez te habite em sonhos recônditos,
talvez nem te dês conta.
Talvez já nem percebas. Talvez ainda não saibas.
É tão vasto o sortilégio. Tão infinitas
as marcas de teus pés no meu passado
de tuas mãos pelo meu corpo.

Homem de pedaços. De sulcos cavados na pedra.
Talvez eu seja o rio que te corre por cima.
São águas minhas as que te corroem
e te deixam em sedimentos,
são seixos teus que carrego no meu leito,
são partes tuas as que me dão forma.
É barro teu o que me turva.
Homem de asas. Companheiro,
é através de teus sentidos o meu contato.
A minha noite tem a tua cumplicidade.
A tua serpente possui o meu veneno.
O mesmo sangue. É inútil que te afastes.



In “No Ritmo Dessa Festa”.
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Ser Feliz, Segundo Jung e Epicuro - por Theodiano Bastos

FELICIDADE. O QUE FAZ UMA PESSOA FELIZ?

É um tema muito caro neste mundo atribulado em que vivemos, em que muitos de nós questiona o objetivo da vida e o que é “ser feliz”. Para Carl Gustav Jung, para se ser feliz, é preciso se ter seis coisas na vida, que são:
1. Boa saúde.
2. Gosto pela beleza nas artes e na natureza.
3. Um razoável padrão de vida.
4. Um trabalho que dê satisfação.
5. Uma religião ou filosofia para enfrentar as vicissitudes da vida.
6. Um casamento feliz.
Mas adverte: “Um homem completo sabe que mesmo seu mais feroz inimigo, não um só, mas um bom número deles, não chega aos pés daquele terrível adversário, ou seja, aquele ‘outro’ que habita em seu seio. Enfim, ‘o inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo’. O animus é a polarização sombria e masculina da mulher. Já a anima é o lado sombrio e feminino do homem.” Daí a necessidade do “Conhece-te a ti mesmo para conheceres os deuses e o universo”, pregado por Sócrates.

Em busca na internet conseguimos conhecer a filosofia de Epicuro. O Epicurismo é o sistema filosófico ensinado por Epicuro de Samos, filósofo ateniense do século IV a.C., e seguido depois por outros filósofos, chamados epicuristas.
Epicuro propunha uma vida de contínuo prazer como chave para a felicidade, esse era o objetivo de seus ensinamentos morais. Para Epicuro, a presença do prazer era sinônimo de ausência de dor, ou de qualquer tipo de aflição: a fome, a abstenção sexual, o aborrecimento etc.
A finalidade da filosofia de Epicuro não era teórica, mas sim bastante prática. Buscava, sobretudo, encontrar o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estavam definitivamente eliminados. Para isso fundamentava-se em uma teoria do conhecimento empirista, em uma física atomista e em uma ética hedonista.
No antigo mundo da zona Mediterrânea, a filosofia epicurista conquistou grande número de seguidores. Foi uma escola de pensamento muito proeminente por um período de sete séculos depois da morte do fundador. Posteriormente, quase relegou-se ao esquecimento devido ao início da Idade Média, período em que se perderam a maioria dos escritos deste filósofo grego.
A ideia que Epicuro tinha era que para ser feliz o homem necessitava de três coisas: Liberdade, Amizade e Tempo para meditar, isto é, aprender a se proteger de si mesmo. Essa filosofia é o que rege muitas empresas de marketing e propaganda: em vez de venderem o produto elas vendem uma destas três opções associadas ao produto. Na Grécia antiga existia uma cidade na qual, em um muro na frente de um mercado, tinha escrito toda a filosofia da felicidade de Epicuro, procurando conscientizar as pessoas que comprar não as tornaria mais felizes como elas acreditavam.
Uma agência de publicidade, inspirada na filosofia de Epicuro anunciou uma bela mansão com um caríssimo carro estacionado na frente e no rodapé do anúncio: “A felicidade não está incluída”. Certa vez, uma grã-fina carioca pediu que Oscar Niemeyer fizesse uma planta de uma casa “que deixasse a pessoa feliz”, ao que Niemeyer respondeu: “Quem é que vai morar nessa casa?”.




Este texto está no blog Oficina de Idéias.
Theodiano Bastos é escritor, autor dos livros: O Triunfo das Idéias, A Procura do Destino e coletâneas
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Estou Lendo... - por Alba Vieira

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Madre Teresa: venha, seja minha luz, de Brian Kolodiejchuk.
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