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quarta-feira, 1 de julho de 2009

O Autor de Junho

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PARABÉNS, JAIR ANTÔNIO PAULETTO!
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Wordle: O Autor de Junho
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Imagem: Wordle
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Uma Vez - por Leo Santos

Será o amor tão banal,
e eu sou complexo,
ou falta nexo àquilo que leio…?
Será mera espiral de fumaça,
que passa sobre o quintal
onde não há fogo?

Ou uma tocha que emana
na caverna da luxúria,
entre a estalactite e a lama?

É que a interpretação dos hieróglifos vem mal,
d’aquele que assina com a digital,
moeda tão falsa, que nem a aparência é real…

De paixão, cópula, até os bichos sabem,
cabem nos instintos as expressões;
Mas aquele que tantas vezes ama,
quantas deixa de amar, assemelha-se ao viciado,
que jacta-se de dez vezes ter deixado de beber;
Esquecendo que isso só foi possível,
porque outras tantas, voltou a fazer…

Quem muitas vezes ama, nunca o fez.
Aquele que para de beber,
só para uma vez…



Visitem Leo Santos
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Duelando Manchetes II: Eutanásia - por José Carlos Correia

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EUTANÁSIA, UMA PEQUENA REFLEXÃO


Ontem, eu e minha esposa estávamos sentados na sala, a falar das muitas coisas da vida; estávamos a falar sobre viver e morrer e a conversa recaiu sobre aquele caso da rapariga italiana. Então eu lhe disse:
- Nunca me deixes viver assim num estado vegetativo, dependendo de uma máquina e de líquidos. Se me vires nesse estado, desliga tudo o que me mantém vivo, ok?

Vocês acreditam que ela se levantou, desligou a televisão e deitou fora a cerveja que eu estava a beber?
ASSASSINA!...
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Falando Ainda do Reencontro com a Amiga de Escola... - por Adir Vieira

Exatamente há quarenta e quatro anos não nos víamos. Há quarenta e três, sequer nos falávamos.Favorecidas pelas comunidades do orkut nos localizamos.
No último ano do colegial, nos despedimos como melhores amigas que éramos e não nos reencontramos mais. Um poema de autoria dessa grande amiga, onde a última palavra era meu nome, foi a lembrança física a me acompanhar. Por anos e anos guardei-o dobradinho entre as minhas coisas mais queridas, mas o casamento, a mudança de casa, fez com que sumisse de meus olhos. Na minha mente as estrofes, antes recitadas por mim com facilidade, agora que o poema sumiu, parecia forçar o esquecimento.
Lembro daquela semana em que a localizei pela internet. Com a alegria da certeza de saber que era ela, no e-mail respondido, vieram povoar minha mente todos os repentes da juventude descomprometida e feliz.
Por semanas vivi aquela volta ao passado, no mesmo estado de ânimo dos quinze anos, todas as vezes que com ela falava pelo MSN.
Esgotamos, em demorados papos, a vida vivida por cada uma, sem nada esconder, no período de ausência uma da outra.
Novas alegrias vieram quando usamos a remessa de fotos e a câmera para nos falarmos ao vivo e a cores.
Vibrei com cada linha por ela escrita, pois sua alma poética se fortificou ao longo dos anos, levando-a até a publicar um livro. Senti de novo a sensibilidade de sua alma, pelos versos profundos e belos que dirigia aos filhos, sem censura, nas poesias que escondia no fundo da gaveta. Conheci diversos dos seus trabalhos inteligentes, fosse em poesia ou em forma de crônicas. Saboreei, diariamente, seu blog: atual, dinâmico, lúcido, perfeito...
Persegui seu dinamismo, como a me dar expressão nas coisas do dia a dia.
Por fim, valorizei o doce sabor de uma amizade de infância - aquela real, sem censuras, sem interesses, sem frescuras...
Em vários momentos senti o destino a nos aproximar, depois de tanto tempo.
Agora talvez vocês entendam minha ansiedade, durante esses dias de espera.
Enfim, ontem o reencontro aconteceu...
Como todos os encontros de alma, como tudo o que acontece sem explicação, sem planejamentos, revi minha amiga ontem.
Num momento mágico, como se o tempo não tivesse passado, ali estava minha amiga, como há tanto tempo atrás.
Passamos como o tempo, ganhamos algumas rugas, engordamos, deixamos de lado o rabo de cavalo, mas ali estávamos nós, como exatamente há tantos anos atrás - certas de que jamais perderemos o que temos de mais profundo em nossas almas - nossa grande amizade.



Visitem Adir Vieira
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Bertrand Russell, o Aborrecimento e a Agitação - Citado por Penélope Charmosa

Uma das características essenciais do aborrecimento consiste no contraste entre as circunstâncias presentes e outras mais agradáveis que exercem uma força irresistível sobre a imaginação. É também essencial que as faculdades do indivíduo não estejam inteiramente ocupadas. Fugir diante de inimigos que pretendem tirar-nos a vida deve ser desagradável, mas certamente não é aborrecido. Um homem também não se sente aborrecido quando é executado, a não ser que tenha uma coragem quase sobre-humana. Da mesma maneira nunca ninguém bocejou ao pronunciar o seu primeiro discurso na Câmara dos Lordes, salvo o falecido duque de Devonshire, que por isso mesmo se tornou célebre. O aborrecimento é essencialmente um desejo frustrado de aventuras, não necessariamente agradáveis, mas pelo menos de incidentes que permitam à vítima do tédio distinguir um dia dos outros dias. O oposto do aborrecimento é, numa palavra, não o prazer, mas sim a agitação.



In “A Conquista da Felicidade”.
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