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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Por Quem Os Sinos Dobram, de Ernest Hemingway - por Ana

 
Já tinha lido "O Velho e o Mar", de Hemingway, que recebeu o Nobel. Gostei do livro. Então resolvi ler "Por Quem os Sinos Dobram", esperando que fosse, pelo menos, bom. Mas não foi o que ocorreu, infelizmente.

Minha impressão foi tão ruim que li todas as resenhas do
Skoob e todos os comentários e sinopses que encontrei na internet, antes de escrever a minha, a fim de verificar se eu estava sendo exigente demais ou havia perdido algum sentido infinitamente profundo e oculto na obra... Vi que não, e mais: outros tiveram a mesma impressão que eu. Então... o que achei?

Concordo com guibre quando diz, em sua resenha no Skoob
, que os diálogos do romance (a la Sabrina) tornam o livro extremamente enfadonho e de baixa qualidade. Se a intenção foi apontar a contradição entre a imaturidade emocional do protagonista e sua capacidade profissional, bastava uma página (ou meia) de conversação amorosa.

Concordo com Ricardo, também do Skoob,
 quando diz que a narrativa ganhou ritmo após o início das descrições das ações. Mas logo desacelerou, pois continuou mesclada com diálogos amorosos.

Foram mais de 300 páginas cansativas, para se chegar a um final que trouxe vestígios do autor de "O Velho e o Mar", num texto que se pode chamar, em alguns pontos, de literatura, realmente. A ideia que ficou foi a de que as últimas páginas foram o ponto de partida para o recheio, e que o autor não soube construir um bom livro na ordem inversa.

Algo me chamou muito a atenção: quase todo o tempo, tive a noção exata de que estava lendo sobre espanhóis através da visão de um norte-americano. Eles eram híbridos (retratados americanizadamente), simulacros, aguados, superficiais, com raros trechos que fugiram a esta regra. Em poucos momentos senti a força da fala e da forma espanhola de ser.

Em suma, o melhor do livro é o título.
E não é à-toa que em quase todos os comentários a respeito da obra o que mais se lê é a citação de John Donne (aquele que escreveu o poema que foi usado por Caetano Veloso na música "Elegia"). É o que possui, efetivamente, maior valor literário.

Mas descobri, ao final da leitura, que a questão não é por QUEM os sinos dobram, mas pelo QUE: o próprio livro.
.

Meu Amigo Pedro - Raul Seixas & Paulo Coelho - por Kbçapoeta



      Clássica música dos geniais Raul Seixas e Paulo Coelho, a letra da canção trata das diferenças de visões de mundo e conflito de gerações.
      Raul dedica esta canção ao seu irmão Plínio, que, diferente de Raulzito, tomou um rumo mais “normal” na vida.
     Por outro lado, a concepção da letra teve a importantíssima colaboração de dom Paulete (apelido dado por Raul a Paulo Coelho), o lendário parceiro do maluco beleza.
     Pelo lado de Paulo, a canção expõe a conturbada relação de amor e sofrimento que o mago teve com seu velho e imponente pai, o senhor Pedro Queima Coelho.
     Na infância, adolescência e até no início de sua juventude, o velho Pedro não conseguia entender o universo do seu esquisito filho, chegou a internar o futuro escritor em uma clínica psiquiátrica com tratamento muitas vezes a base de eletro choque.
     No documentário Raul- o início, o fim e o meio, Plínio Seixas afirma que tal música fora feita para ele, e que gosta da mesma.
     Na biografia “O mago”, de Fernando Morais, ele revela que a letra fora feita para o pai de Paulo Coelho, o senhor Pedro Queima Coelho.
     Óbvio que o nome Pedro fora devido ao parceiro de Raul ter criado o “esqueleto" da letra, mas, Raulzito colocou elementos e a parte musical para assim também estender a música ao irmão mais novo, e assim, transformando “Meu amigo Pedro” em uma obra de arte, pois, um dos pilares da arte é sua plurissignificância.
    “Meu amigo Pedro”, composta nos anos 70, período que Raul e Paulo mergulharam de cabeça na “Lei de Thelema” , porémque resultou em esta grande composição para a música popular brasileira e também para o rock and roll brasileiro, ou, como preferia o baiano, um ye ye ye realista.


MEU AMIGO PEDRO

Música: Raul seixas

Letra: Raul seixas e Paulo Coelho

Lp: Há 10 mil anos atrás

Ano:1973



Muitas vezes, Pedro, você fala

Sempre a se queixar da solidão

Quem te fez com ferro, fez com fogo, Pedro

É pena que você não sabe não

Vai pro seu trabalho todo dia

Sem saber se é bom ou se é ruim

Quando quer chorar vai ao banheiro

Pedro, as coisas não são bem assim

Toda vez que eu sinto o paraíso

Ou me queimo torto no inferno

Eu penso em você, meu pobre amigo

Que só usa sempre o mesmo terno

Pedro, onde 'cê vai eu também vou

Pedro, onde 'cê vai eu também vou

Mas tudo acaba onde começou

Tente me ensinar das tuas coisas

Que a vida é séria e a guerra é dura

Mas se não puder, cale essa boca, Pedro

E deixa eu viver minha loucura

Lembro, Pedro, aqueles velhos dias

Quando os dois pensavam sobre o mundo

Hoje eu te chamo de careta, Pedro

Que você me chama vagabundo

Pedro, onde 'cê vai eu também vou

Pedro, onde 'cê vai eu também vou

Mas tudo acaba onde começou

Todos os caminhos são iguais

O que leva à glória ou à perdição

Há tantos caminhos, tantas portas

Mas somente um tem coração

E eu não tenho nada a te dizer

Mas não me critique como eu sou

Cada um de nós é um universo, Pedro

Onde você vai eu também vou

Pedro, onde 'cê vai eu também vou

Pedro, onde 'cê vai eu também vou

Mas tudo acaba onde começou

É que tudo acaba onde começou



Compositores: Paulo Souza / Paulo Coelho De Souza / Raul Seixas / Raul Santos Seixas

Letra de Meu amigo pedro © Warner/Chappell Music, Inc





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