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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O Rosto na Água - por Leo Santos

Indisfarçável vazio,
sem máscara,
a nudez do coração;
que insiste num pulsar externo,
incapaz de evitar
tal exposição…

Um som nostálgico,
e o striptease;
peça por peça, a dor,
a solidão e a mágoa;
semblante fechado, aberto o coração,
em versos que são o rosto na água…

A ilusão faz enfermar,
e até a lascívia
suprime o amor;
por fim, a desilusão traz a cura,
perenes efeitos,
e amargo sabor…



Visitem Leo Santos
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Lua - por Alba Vieira

Noite enluarada de amor infindo,
Casais rodopiam em olhares imantados,
Corações aflitos palpitam descompassados,
Pensamentos fugidios se esvaem de mentes sonhadoras.
Tudo se move em câmera lenta nessa atmosfera insana
Onde o sentimento domina e põe tudo a perder.



Visitem Alba Vieira
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Dúvida - por Passa-Tempo

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O que são as palavras ditas de uma boca sem ação?
Letras formando frases sem sentindo caindo num ouvido oco no chão?
Ou promessas de planos traçados em vão?
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E Nada nos Protege de uma Vida sem Sentido... - por Thiago de Sá

A discussão sobre a vida tem se tornado frequente em diversos grupos, com estilos completamente distantes uns dos outros. O fator em comum, fora a discussão sobre a vida, é a maneira de cada grupo olhar a vida. Talvez até os meus textos tenham um pouco disso ou muito, isso quem decide é você, amigo fiel que sempre passeia seu olhar em minhas palavras. Olhamos muito a vida em terceira pessoa e não em primeira. Isso provoca um profundo distanciamento entre prática e teoria, ou seja, dia após dia nos tornamos teóricos, e de teóricos o mundo já está cheio. Em todos os lugares que vamos existem pessoas preocupadas com a vida, o que de certa forma é bom, porém estão preocupadas com as vidas dos terceiros a sua volta, não estou querendo ser egoísta e que fique bem claro que também não me refiro ao desinteresse ao próximo. Quando desejamos mudar, a mudança só se torna possível se mudarmos o nosso mundo, o cotidiano nosso de cada dia. Contudo, essas minhas linhas ainda mostram uma sociedade de esforços surreais.

Caminhamos, muitas vezes, buscando o futuro do amanhã e acabamos por esquecer que o futuro se faz no segundo presente que passou. É interessante e ilusória a ideia de projeção distante e utópica que fazemos dia após dia. Inquieta-se no meu peito a preocupação com a maneira que cuidamos da humanidade. Mas não essa humanidade longínqua que se faz presente no todo do mundo. Falo da humanidade benevolente e compassiva que cabe a nós, e não essa violência aturdida que se aplica em nossas vidas. Parece-me que estamos mais próximos de uma besta interior do que os animais irracionais, que frequentemente a liberam no intuito de sobreviver. O que nos faz humanos é a forte capacidade de compreender as pessoas a nossa volta, e viver uma interação harmoniosa com o ambiente ao redor. Acho incrível como não fazemos bom uso da liberdade que temos. Somos livres e não sabemos viver com liberdade. A vida está posta em uma prateleira de um mercado de baixa categoria e ainda estamos em liquidação. Quanto mais do mundo e de nós será destruído para acordarmos? Olho em volta e me comovo com o quanto uns lutam e sangram pra serem o mais humanos possível. Contudo, sozinho não vou longe. O poeta nos ensina: “Não acomodar com o que incomoda!”.


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