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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Nobre Leito - por Kbçapoeta

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Hoje será o dia que as rosas não murcharão.
Minha aparência na foto é linda,
Meu terno impecável como nunca havia vestido.
Meus olhos fechados
Corpo ereto, rijo.
Aguardo ansiosamente aconchegar-me no meu leito,
Cama de terra da qual nunca mais levantarei.
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....................Visitem Kbçapoeta
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Adeus, Calissa - por Alba Vieira

Abriu-se para você um novo tempo
Livre das dores e limitações do corpo.
Traçando agora um novo caminho na luz,
É amparada por espíritos amigos e pelo amor.

Não havia mais como continuar...
Já era pesada demais a sua cruz.
Findaram as experiências aqui na Terra
E o aprendizado por certo continuará no Além.

Você leva tudo o que aprendeu,
O quanto amou e foi amada,
As ideias que brilhantemente defendeu
E até mesmo alguma incompreensão que gerou.

O que importa é o que não passa...
Deixou muito amor para alguns,
Levou lembranças das experiências positivas
E continuará bem viva no coração dos seus amigos.

Que a consciência a leve em paz
Para um novo despertar de liberdade.
Que o amor de Deus a guarde sempre
E que a saudade se transforme em força para os que a amam.
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.Visitem Alba Vieira............................
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Asmodeus - por Leandro M. de Oliveira

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A justa medida de medir todas as coisas, sem conceito pregresso, sem participação no processo. Não se encontra uma boa solução na caixa de achados e perdidos. Salvo o amor-próprio, todo o tipo de paixão é decadência; essa é uma era de homens decadentes. Do olho do furacão todos estão cegados; como criticar as cores do quadro se a vida te fez daltônico? O dia consumido em horas, as horas consumidas em não ser. Viver é tomar parte na antiga tragédia, morrer é figurar nas estatísticas. Solas gastas patinam na lama e é preciso um coturno que amasse a terra com indiferença. Compadecer-se do passo adiante é degradação da pior espécie. Nada se destrói, as coisas vão reformuladas no contínuo de existir. Uma navalha abre carnes, uma navalha decepa membros. Acaso há lâminas nessa terra que abram ideias ou decepem ideologias? Se os cuteleiros tivessem consciência política a vida na polis seria menos hipócrita. O processo é mais sofisticado.

Vis escravos, pra sempre sejam.

A noite passa. Eu a tecer insônias como quem tece uma camisa de força. Qual a justa medida? Se cada homem é um e vários ao apelo das circunstâncias, qual o sentido de verdade? Toda fé é inútil. A vida vai arrombar sua casa, estuprar seus filhos e te fazer beber um café amargo pela manhã. Maldição! Na ditadura é fácil culpar alguém. Então vem você com seu senso democrático e sua mentira, quer comandar o mundo todo, mas falha no papel simplório de soberano da própria pele. Bem-vindo aos tempos do teatro experimental. A selva não permite regras de etiqueta, o que diferencia os homens é o lugar que cada um ocupa na cadeia alimentar. Tragam-me pantomimas; uma vez na vida, deixem que aconteça de dentro pra fora. O preço do pão torna as coisas pouco poéticas, compaixão para com os animais é engenho da mais cínica extravagância. Que Asmodeus dê cabo dos luxuriosos. E aqui estamos e cá continuaremos, por muito tempo até que os guias usem óculos, até que rebente a vergonha naqueles que te fizeram acreditar.

A vida existe na matéria, a matéria existe na aglomeração de átomos. O átomo é cheio de vida, e ao mesmo tempo vazio de matéria. Se não há matéria que preencha o átomo, não há vida na matéria. E se assim é, a vida vem de outra fonte e nada é como se pensa ser ou tudo é representação e nada é sequer coisa alguma. No primeiro caso o discurso é inútil, no segundo, a palavra é, na melhor das hipóteses, alçapão ou embuste. Detesto o cinismo existencial. Em qualquer feita tudo é ausente de sentido além daquele que o condicionamento permite.

Resumidamente, se tudo é vazio e ausente de sentido, talvez tudo seja deveras nada e como nada, inexiste em realidade. Se isso for, eu que pensei estar raciocinando me enganei, você que pensou estar em dívidas com a vida foi absolvido, e as palavras todas tampouco fizeram sentido, elas nem mesmo foram. Foram? Não foram?
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Haikai - por Marília Abduani

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Teu braço
em minha cintura:
Ninguém segura.
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...................................Visitem Marília Abduani
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