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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Anti-horário - por Leo Santos

Porque queres nadar comigo,
se já me afastei do riacho
das minhas quimeras?
Não respondes, apenas vais,
dizendo que me esperas…

Mas, se eu mantiver a distância,
preservando as águas da tua inocência,
e tua espera for vã?
Resoluta vais, pra onde dizes que me esperas,
inda que até amanhã…

Talvez aches alguma veste,
que nas margens esqueci,
ou, nenhum vestígio, afinal…
Pois o tempo furta os sonhos e nos joga no oceano,
onde a vida cheira a sal.

Já que insistes, pequena, esqueço Cronos,
ignoro cachoeiras e pedras,
te vejo, no fim da piracema;
mas se queres que o enlevo te pareça real,
esqueça então, as marcas do sal…



Visitem Leo Santos
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Sobre a Ilusão do Poder - por Alba Vieira

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Por que deveria sentir-me responsável pelo sopro de alguns quando ninguém ouve meus estertores?



Visitem Alba Vieira
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Aedo Cibernético: Duelo Musical - por Cacá

......Há tempos, quando as brigas ainda eram líricas, contavam que Paulinho da Viola havia criticado o Benito di Paula por estar matando o “samba” (ele, o Benito, só compunha ao piano). Então o Benito fez essa música em resposta à afronta.



OSSO DURO DE ROER
...........(Benito di Paula)

Estão querendo tirar meu nome do samba
Tirar meu tempo de bamba
Dizendo até que eu já me despedi
Mas ainda não chegou minha vez de ir embora
Deixa essa gente falar
É inveja que eles sentem
Estão querendo acabar comigo de vez
Eu não ligo, eu não sou freguês
Vou ficar com meu samba osso duro de roer
É que ainda não chegou minha vez de ir embora
Deixa essa gente falar
É inveja que eles sentem
Canto mais um samba
Que é pra todo mundo ver
A minha bandeira do samba
Deus ajuda a defender

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Bem, aí, como bom desafiante, o Paulinho deu a resposta e cravou no peito do Benito um



ARGUMENTO
.........(Paulinho da Viola)

Tá legal
Tá legal, eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro ou de um tamborim

Sem preconceito ou mania de passado
Sem querer ficar do lado de quem não quer navegar

Faça como um velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar

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*Na Antiguidade, como a escrita era pouco desenvolvida, o AEDO cantava as histórias que iam passando de geração para geração através da música. Depois, veio o seu assemelhado na Idade Média, que era o trovador. Hoje, juntado tudo isso com a tecnologia, criei o AEDO CIBERNÉTICO.
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Voo Azul - por Esther Rogessi

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Céu anil
Imagem de encantamento
Real ou irreal?
Linda imagem de um...
Voo contra o vento!
Inversão de visão,
Perplexidade... maldade.
Ferida em mim se abriu
O caçador
Predador
Dor... Atrocidade.
Ao bem não serviu!

Vi um ser vil!
Contemplando o céu anil
Voo azul no azul do céu
Alçou voo quem livre estava
Alcançou-a no livre voo
Da palma da mão
Fez prisão!
Interditou o seu voo
Vi o vil ser não servir
Por prender o livre ser...


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Germina - por Manassés Diego

Inútil explicar via mente.
Minha fraca, não olho as coisas para recordá-las: todos fenômenos
naturais se colocaram em vício, – Troca de falésias, enfim a técnica
acabou com o desespero. Em progressos espirituais mais audíveis,
até a alvenaria de margens sem pressa nem realidade. – Anseio n-
ão terminar como aqueles que amo.
....Não respondem a “Como vivem?” “Como se destroem?” Aco-
mpanham o brilho quando ele cega.
....Ó, fraca, perdendo vultos, esse canto será dos troncos enraiza-
dos; longe do que vê perdido.
....– Vocês acabaram com a minha saúde, agora restabeleçam minha
pureza... Será outra tonalidade. Outros peitos. Para trazermos novas
obrigações. E tiroteios de coreografia...
....Dividir nuvens em pleno manicômio e trair – deixe que role isso até as vidas...


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