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sábado, 16 de maio de 2009

Duelando Manchetes VII: Células-tronco

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VATICANO REJEITA INDICAÇÃO DE CAROLINE KENNEDY COMO EMBAIXADORA
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O Vaticano rejeitou a indicação de ao menos três possíveis candidatos a ocupar o cargo de embaixador americano junto à Santa Sé, entre eles Caroline Kennedy, filha do presidente americano John Kennedy (1961-1963), o único católico que governou os Estados Unidos.
Os vetos foram divulgados pela imprensa internacional nesta terça-feira e, segundo fontes da Igreja Católica, teriam sido motivados pelo apoio dos possíveis indicados, e do governo de Barack Obama, ao direito ao aborto e às pesquisas com células-tronco embrionárias. Nenhuma indicação chegou a ser feita oficialmente.
“É imperativo, é essencial que a pessoa que nos represente na Santa Sé seja uma pessoa que tem valores pró-vida. Eu espero que o presidente não cometa esse erro”, disse ao jornal “Boston Herald” o ex-embaixador americano no Vaticano Raymond L. Flynn, referindo-se à possível indicação de Caroline Kennedy. “Ela disse que era pró-escolha. Eu não imagino que ela vá mudar isso, o que é problemático.”
Pró-vida e pró-escolha são como se definem, nos EUA, os que se opõem ao aborto e os que defendem a legalidade da prática, respectivamente. Como os embaixadores precisam receber o “agreement” (concordância) do país em que pretendem trabalhar, é comum que os representantes dos EUA no Vaticano sejam católicos e tenham visões mais próximas às da igreja nesse tema.
O italiano “Il Giornale” informou que outro dos candidatos ao posto que teria sido vetado seria Douglas Kmiec, um democrata católico que escreveu um livro defendendo o apoio dos católicos à candidatura de Obama à Presidência.
Caroline Kennedy participou da campanha de Obama e chegou a ser cotada para suceder Hillary Clinton no Senado, depois que a então senadora por Nova York renunciou ao cargo para assumir a Secretaria de Estado, mas retirou seu nome da disputa pela indicação.

Choques
Desde que tomou posse, em 20 de janeiro, o novo presidente americano deixou claro que não compartilha da visão pró-vida católica. Três dias depois de assumir o cargo, Obama assinou uma ordem executiva suspendendo a proibição imposta pelo antecessor, George W. Bush (2001-2009), ao uso de fundos do governo para subsidiar grupos que pratiquem ou auxiliem na prática do aborto no exterior. No dia seguinte, o arcebispo Rino Fisichella, presidente da Academia Pontifícia para a Vida do Vaticano, qualificou de “arrogância” a decisão.
No dia 9 de março, Obama suspendeu as restrições ao uso de fundos federais para financiar pesquisas com células-tronco embrionárias, técnica que a igreja considera equivalente ao aborto.
Com essas decisões, Obama inverteu os sinais da discordância do Vaticano com os EUA. O governo Bush, que compartilhava com a igreja visões em relação à moral individual e ao aborto, foi criticado por Bento 16 e por seu antecessor, João Paulo 2°, pelo recurso à guerra para resolver divergências. O novo governo, em choque com a igreja nessas questões, foi elogiado pelo “L’Osservatore Romano”, órgão de imprensa do Vaticano, pela ênfase na diplomacia para resolver as tensões internacionais.
O atraso na nomeação pode levar ao adiamento do encontro de Obama com Bento 16, esperado para acontecer no próximo mês de julho, durante a viagem do presidente americano à Itália para uma cúpula do G8 - grupo dos sete países mais industrializados mais a Rússia.
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Leia mais sobre as discordâncias entre Obama e o Vaticano
Obama reverte ação de Bush e apoia texto da ONU sobre direitos dos homossexuais
Vaticano contesta decisão de Obama sobre pesquisa com embriões
Vaticano condena liberação de verba pública para pesquisas com células-tronco
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Fonte: Folha Online, 14/04/09
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As Nossas Palavras X - por Aaron Caronte Badiz

Quando tu fores rezar,
Sê paciente com os santos:
Só ouvem a tristeza a se lamuriar
A todo momento, em todos os cantos,
Todas as noites, todos os dias,
Mais de cem vezes os mesmos pedidos...
Ouvem sem raiva, até com alegria...
Mas não escaparás de esperar para seres atendido.
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As Nossas Palavras X - por Alba Vieira

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Se fores paciente por cem dias, ainda que possa ter um momento de raiva, escaparás da tristeza.



Visitem Alba Vieira
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As Nossas Palavras X - por Dália Negra

Se fores embora, meu bem, não escaparás das nossas lembranças. Serei paciente, te esperarei voltar por dias seguidos, sem raiva ou tristeza, até que chegue o momento do reencontro, mesmo que tenham se passado cem anos.
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As Nossas Palavras X - por Lélia

Sempre penso na tristeza daquele momento: me atropelaram, fiquei internada e me tornei paciente por mais de cem dias. Se um dia fores colocado numa situação com esta, penso que não escaparás de sentir ódio também.
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Ex-crever - por Alba Vieira

Tenho pensado em escrever reflexões sobre a vida. Escrever como alguém que vive observando e procurando apreender o máximo de cada experiência, podendo assim dividir isso com outras pessoas.
Penso em funcionar como uma mensageira, alguém que deseja expor seus pensamentos, sua forma de encarar a vida hoje. E essa forma tem sempre evoluído. Acho que essa evolução, fruto de um aprendizado, se for comunicada, pode estimular uma transformação em outras pessoas.
As experiências, em si, podem ser interessantes ou não. Mas o interessante mesmo é exercitar formas diversas de senti-las. Porque cada pessoa encara um mesmo acontecimento de diferentes maneiras e uma mesma pessoa, em momentos diferentes da sua vida, é tocada de um jeito diverso pelo mesmo acontecimento.
Nós mudamos sempre. Mesmo aquele que se julga o mais estável dos indivíduos experimenta transformações. A mudança é a única coisa que é certa na vida de cada um de nós. E ainda que as transformações sejam apenas interiores, qualquer observador mais interessado poderá captá-las.
Gosto de quem escreve de uma forma densa, capaz de tocar profundamente os seus leitores. Sei que quando escrevemos nos expomos, em primeiro lugar, para nós mesmos. Então quando escrevo, prefiro ficar solta, a caneta no papel sem qualquer objetivo de comunicar alguma coisa. Simplesmente as orações vão-se formando sobre a folha em branco e comunicando para mim mesma o que meu Eu profundo deseja me dizer.
Eu escrevo da mesma forma que pinto meus quadros. Quando começo não sei o que vou pintar. A tela vai sendo manchada pelas tintas e, aos poucos, vai ganhando vida, me falando algo, me emocionando e, de repente, já tem vida própria. Mas, esse momento em que a pintura toma vida é inusitado. Vem de um toque do pincel, algum traço que amarra os demais e põe movimento naquela energia que estava estagnada. Antes desse momento não se consegue a satisfação. É o orgasmo das cores, é uma vibração que surge do nada, embora antes tenham participado, para a sua aparição, vários movimentos do artista.
Assim também ocorre no amor. Os amantes participam, movimentam-se, se encontram, se procuram, se percebem, gostam, captam um ao outro, mergulham fundo um no outro e, de súbito, uma explosão. É o êxtase, uma vibração que parece brotar não se sabe de onde, que não tem a ver só com a evolução dos movimentos, que é a energia liberada do coração de ambos, energia que interage, que ao transbordar dá o colorido final, que conclui tudo, que se sobrepõe a tudo, que é autogerada e que é o todo, o tao.
Eu quero comunicar, mas acho que se escrevo para me fazer entender por todos, não escrevo o que realmente desejo. Porque o que eu desejo é não escrever o pensamento ordenado. Eu, de fato, quero escrever o “não escrever” que, sei, tem a possibilidade de drenar o que há de mais verdadeiro em mim.
O que sai assim, sem a intenção de ser mostrado, traduz a nossa mais pura verdade. E deixar germinar essa semente já é um objetivo grandioso, capaz de provocar alguma reação nos possíveis leitores.



Visitem Alba Vieira
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Assombro - por Ana

Com tanto assombro olho o que vejo, que me desespero, olhos salgados. Tento fechá-los, ignorar, esquecer, mas as retinas, num clique, já me impediram. Tento desacreditar, em argumentos vãos, mas a teimosia de minha razão me cerra os lábios e os dentes. Em mim, só afronta, inconformação, revolta e o desejo de modificar, um dia, esta realidade inominável. O chão se abre sob mim, caio num abismo infinito de decepção e asco.
Por isso não gosto de me olhar no espelho.
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Franz Kafka e a Educação - por Penélope Charmosa

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Toda educação assenta nestes dois princípios: primeiro repelir o assalto fogoso das crianças ignorantes à verdade e depois iniciar as crianças humilhadas na mentira, de modo insensível e progressivo.
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Estou Lendo... - por Alba Vieira

O Corpo e Seus Símbolos: uma antropologia essencial, de Jean-Yves Leloup.



E você? Que livro está lendo?
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Homenagem à Pintora - por Therezinha

Aqui estou eu, procurando encontrar palavras que possam expressar o que gostaria de lhe dizer, mas dificilmente saberei definir e traduzir as emoções proporcionadas por essa sua primeira exposição.
Quando a Vida, por razões que desconhecemos, determinou que ela fosse aqui realizada, senti mais uma vez que nada acontece por acaso.
Por que exposição Adrelírio Rios? Uma homenagem mais que merecida e justa. Ele tinha olho clínico para essas coisas, perscrutou sua alma e apostou na doutora, em verdade, na pintora de almas. E apostou certo.
Esta exposição é muito importante para você que almeja visualizar o futuro através da pintura, expondo suas emoções, alegrias e outros sentimentos, provavelmente até suas decepções. Cada um de nós traz de berço suas vocações (o artista atinge o âmago das pessoas através daquilo que lhe toca mais fundo). Mas lembre-se que a médica não pode abandonar a pintora e a pintora está ligada por Deus à médica.
Agora eu observo as pessoas que aqui estão, algumas como eu, que nada entendem de arte, mas que aqui vieram como um testemunho vivo dos seus primeiros quadros, sem cavaletes, sem telas, sem molduras. Sim, porque nem só com tintas e pincéis se faz uma pintura. Em momentos tão delicados que cada um deles viveu, foram essas mesmas mãos, essa mente poderosa que deixou em cada um a sua marca, na enormidade da fé, no consolo para uma dor, na esperança da cura.
Só pode irradiar muito quem muito possui, e o amor que você semeou mostrou uma realidade feita de sonhos. Esses foram seus primeiros quadros e, sem sombra de dúvida, os mais belos que você pintou. Doutor Adrelírio também deve estar por aqui, aplaudindo de pé a sua aposta acertada.
Pela personalidade, pelo seu amor aos que sofrem, pelo esforço das suas ações, serenidade na dor, caridade com todos, sinceridade nas intenções, bondade nos atos e, sobretudo, indulgência no juízo, fugindo aos devaneios de uma filosofia, você fez da sua alma você mesma, querida e estimada por todos que cruzaram seu luminoso caminho (você soube fazer amigos, você sabe viver).
Se algum dia o desalento invadiu o seu coração e lágrimas rebeldes romperam as represas, você soube ocultar dos companheiros de travessia.
Os seus quadros não retratam apenas o desabafo do seu inconsciente, mas a sua alma que, livre, tenta se manifestar. E nós os admiramos como quem penetra num sonho. Dizer que são lindos, a minha sensibilidade confirma. Em todo este multicolorido eu vejo borboletas esvoaçantes em travessas aventuras que nos transportam ao mundo dos sonhos. E sonhar é viver, pois alguém já disse que há sempre um sonho para ser vivido e há sempre algo para ser sonhado.
E com toda a emoção, quero lhe dizer obrigada por tudo que você fez e faz por mim. Eu sou também um dos seus primeiros quadros.
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