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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Carta de Amor - por Luiza

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Imagem: Galeria pública de Niamh

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Não sei o que faço aqui escrevendo-lhe estas linhas. Acho que não tenho mesmo vergonha na cara. Depois de tudo o que você me disse, ainda tenho coragem de lhe procurar!
Mas é que o amor é cego, é surdo, é idiota mesmo.
Na ausência do objeto do amor, fazemos tudo, tudo mesmo para tentar preencher este vazio que se instala e que nenhuma outra pessoa consegue preencher. E aí, escapam pela mesma fenda que se abre no nosso peito, o amor-próprio, a vergonha e a sensatez. E um grito desesperado se faz ouvir pedindo que volte aquele que se fez dono do nosso coração sem ter pedido licença.
Assim, estou aqui implorando para que volte pra mim, não para encontrar a pessoa que você pensou que eu era e que por não ter conseguido concretizar quando vivemos juntos, se decepcionou. Mas para descobrir aquela que sou na realidade, com luz e sombra, de carne e osso, de mãos ternas e unhas afiadas, que sabe calar e que pode gritar para que sua voz seja ouvida.
Eu tenho o direito de me fazer conhecer e de lhe pedir que seja homem e que enfrente o despertar de um sonho bom. Quero que acorde e venha comigo construir um amor verdadeiro, feito de acertos e erros e superação.
Estou aqui porque sei que nos amamos. Eu sei o quanto o amo e, como você talvez ainda não tenha compreendido a dimensão do seu amor por mim, sou eu quem deve pedir: volte, tente me encarar e encontrar no fundo do meu olhar o lugar que é só seu, onde nossas almas se encontram e se reconhecem.
Te amo.
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Um comentário:

Ana disse...

Luiza:
Que gracinha de carta! E que imagem linda! Amei.
Beijo.