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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Epitáfio - por Leo Santos

Agora não me arrependo,
já o fiz, quando estava vivo;
ante o portal que estou vendo,
não cabe um pendor, retroativo.

Uma vez cortado o laço,
que tenso, à terra me atraía;
deixei sua parte em seus braços,
ganhei asas, e eu já nem corria.

Penduro um Mezuzá à porta,
mirando confortar ao santo que fica;
se o teor, porém, não o conforta,
repensar os caminhos, implica.

Como aumentaram os parentes,
de repente, ao cambiar de aprisco!
Reputados mortos, tantos viventes,
confesso, esperava por isto.

Aqui jaz meu casulo, apenas,
desnecessário, após as asas;
do qual saí, a duras penas,
ascendendo, leve, à eterna casa.

Que o sol aqueça o dito, na pedra fria,
e pra alguns, sirva de exemplo;
enquanto na embaixada dos dias,
que carimbem o visto, a tempo.

Que alívio, não mais dar trabalho!
Não carecer ninguém acercar-se ao leito;
se o ministro gaguejar, num ato falho,
que seja isento, reputado perfeito.

Perdoem, contudo, a mão atrevida,
que proveu o que tendes aqui;
rabiscou um epitáfio, ainda em vida,
pra depois de morto, morrer de rir…



Visitem Leo Santos
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As Nossas Palavras XX - por Alba Vieira

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Saúde é tudo? E se for perdida? Restará o caráter? E se até este resvalar quando o dinheiro for perdido? Não sobrará nada? Ficará o que realmente importa: a experiência e como fazemos nossas escolhas e aprendemos com os erros.



Visitem Alba Vieira
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Voltou o Contador - por Adir Vieira

Descobri que sou um tanto neurótica com meus mimos.
Percebi isso com relação ao contador de visitas.
Confesso que desde o momento em que notei o seu sumiço, o dia não foi mais o mesmo.
Essa noite foi difícil conciliar o sono e deixar de pensar no problema. E olha que já o havia substituído por três, só para testar o melhor.
Não adiantou. Sabe aquela birra de querer o escolhido, só porque deixou de existir?
Pois foi assim. Não queria admitir sua ausência por falhas técnicas no site. Nenhuma explicação me valia. Troquei meu drama com minhas amigas blogueiras, mas nada me tirava do pensamento a falta que ele, o contador, me fazia.
Sei lá a que horas consegui dormir, talvez para parar de pensar.
Não preciso dizer que levantei, hoje, duas horas antes do normal.
Qual foi minha primeira providência após os cuidados de higiene?
Corri para o PC e eis que uma grande surpresa me aguardava. Ao entrar no blog, lá estava ele sorrindo para mim, no lugar de sempre.
Felizmente!



Visitem Adir Vieira
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Feliz Aniversário, Lúcia! - por Alba Vieira

Você tem uma personalidade solar. Leonina típica, regida pelo astro-rei, mostra como características: o gosto pela exposição, a clareza, a espontaneidade, a capacidade de ação, a extroversão , a emotividade e a franqueza.
É impossível não se manifestar com relação ao que toca a sua emoção e, muitas vezes, as consequências podem não ser boas. Mas você prefere isto a se omitir em alguma situação.
É luminosa e o seu calor enche o ambiente, mesmo que você consiga ficar quieta no seu canto.
Busca o progresso e a excelência naquilo que faz, guiando-se sempre pelos mais altos padrões.
Não suporta as injustiças e se coloca contra elas sempre que possível.
Gosta de liderar, tem capacidade para isso e, sabendo lidar bem com o poder, é uma chefe magnânima, importando-se com o bem-estar de seus subordinados. Quer viver bem, com conforto e prazer e deseja estender isto às outras pessoas.
Entrega-se a quem ama, dedica-se e tem clareza suficiente para aceitar o fim de um relacionamento com respeito pelo outro, mantendo para sempre a amizade.
Desejaria que a vida fosse uma festa. É ótima anfitriã, adora gente e, melhor do que ninguém organiza festas e comemorações para seus amigos.
Como filha foi exemplar, amorosa com o pai, tão parecido com você e com a mãe, a quem dispensou todos os cuidados possíveis. É protetora e generosa para toda a família.
O amarelo é sua cor preferida. Talvez por isso adora ouro, mas seus maiores tesouros são seus filhos, que criou para o mundo, dando-lhes toda a liberdade que sempre desejou e teve dos seus pais.
Trabalha incansavelmente, mas não dispensa o lazer, as artes e o relacionamento com seus amigos.
Tem grande apego à vida, é alegre e não se deixa atrair tanto pelo abstrato. De pensar sobre a morte quer distância. Seu prazer está no aqui e agora.
Assim, contagia a todos nós, seus amigos, com sua alegria esfuziante que se justifica pelo simples fato de estar viva e aqui nesse mundo que adora.

Que o seu aniversário seja repleto de alegrias ao lado daqueles que você ama e acrescente a sabedoria alcançada em mais este ano de experiências.
Abraços e beijos. Felicidades!



Visitem Alba Vieira
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Mantra Metafísico do Monge Derrotado - por Ana

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No início dos versinhos tinha um nerd
Tinha um lerd no meio dos versinhos
No fim dos versinhos tem uma lápide.



Inspirado na poesia “No Meio do Caminho”, de Carlos Drummond de Andrade.
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Lembranças de Minha Avó - por Ana Maria Guimarães Ferreira

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Em tempos de globalização ficamos muito parecidos uns com os outros e percebo, cada vez mais, como é importante resgatar e manter a memória de nossa história de vida, pois é através dela que conseguiremos fazer com que nossos descendentes possam vir a conhecer de verdade a pessoa única e diferente que fomos e que existe dentro de cada um de nós...

Gostaria de deixar aos meus netos as lembranças maravilhosas das coisas que vivi, que sonhei, que criei... para que um dia, se um deles quiser saber mais de suas raízes, possa encontrá-las através das minhas histórias de vida...

Quem sabe assim poderá sobreviver ao tempo e à globalização a imagem da mulher que fui, com todos os fatos de uma vida mesclados com todos os sentimentos que tive de amor, paixão, vontade de viver, adocicados pela imaginação de alguém que viveu na época da bossa nova, que viu a revolução sexual, que conseguiu fotografar na memória as mudanças do mundo nesses anos 60, 70, 80, 90. Anos em que vivi e que foram cenários de muitos fatos e de muitas recordações.

Como, por exemplo, as minhas lembranças da infância.
Sempre esteve presente em minhas lembranças a imagem de minha avó como alguém muito querido, alguém cujo colo me confortava nas férias escolares. Que fazia doces de jaca, de banana, bolinhos de chuva, alguém com quem eu ouvia as novelas no rádio e que me fazia vestidos de grandes laços. Seus doces e seus lanches eram muito, muito melhores que os da Tia Anastácia do Sítio do Pica-Pau Amarelo.

As histórias dela eram um adentrar no mundo da fantasia. Com ela conheci As Mil e Uma Noites, conheci príncipes e princesas, reis heroicos, rainhas más e sempre com um final feliz.
Conheci, pelas novelas do rádio, o Jerônimo, o Herói do Sertão e Aninha, os heróis de minha avó.

Com ela aprendi a repassar essas histórias a meus filhos, que também ouviram de minha mãe os relatos que iam sendo repassados de geração em geração, que vinham com um valor afetivo enorme e, é claro, um valor histórico maior ainda.

Lembro de seus grandes cabelos negros com entrelaçados brancos que viviam presos num coque e que a minha maior glória era quando ela soltava, à noite, aqueles longos cabelos e os penteava. Não sei o que eu pensava ou sonhava quando isso acontecia, mas eu esperava sempre ansiosa o momento de tocar naqueles longos cabelos e afagá-los como se eu enfiasse a mão numa nuvem.
Meus pequeninos dedos pareciam mergulhar naquela imensa cabeleira e pareciam afundar num mar calmo de onde não queriam sair...

Sentia-me amparada e sem medo naquele colo macio e grande em que cabiam tantos netos.
Dividia com meus irmãos e primos aquela imensidão de colo, aquela imensidão de amor, sem ciúmes.
Não me lembro, quando ela morreu, o que meus pais me disseram.
Não sei sequer se sabia avaliar a morte como separação para sempre, mas me lembro que as idas à Gávea nas férias deixaram de acontecer e que meu coração criança começou a sentir aquilo que mais tarde eu iria saber o nome – aquele sentimento de dor, de vazio, de nunca mais, da ausência do colo, do afago, dos cabelos longos soltos e presos – saudade!
Foi isso que conheci como dor primeira e que senti sem saber porque doía tanto... .

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Monteiro Lobato

Certa Vez um Sábio Árabe Disse: - por Passa-Tempo

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للأعيان وعدد أعبحت الشعببانية يتم ماعية و تعيينهمللأعياننواب
حسب الدستور المعدل عام أصبحت إسبانيا دولة قانون إجتماعية و ديمقراطية تحت نظام ملكي برلماني. الملك منصبه فخري و رن و واحدئيس الوزراء هو الحاكم الفعلي للبلاد. البرلمان الإسباني مقسم الى مجلسين واحد للأعيا وعدد أعضاء يبل عين و واحد للنواب و عدد نتائج الانتخابات نائب. نتائج الانتخابات
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Estou postando esta crônica, porque a moral é profundamente tocante em todos os sentidos morais moralistas de nossa cultura Árabe-Brasileira.
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Bernhard Schlink, Ações, Pensamento e Decisões - Citado por Penélope Charmosa

(...) hoje reconheço, naquilo que então aconteceu, o esquema por meio do qual o pensamento e a ação se conjugaram ou divergiram durante toda a minha vida. Penso, chego a um resultado, fixo-o numa conclusão e apercebo-me de que a ação é algo independente, algo que pode seguir a conclusão, mas não necessariamente. Durante a minha vida, fiz muitas coisas que não tinha decidido fazer, e não fiz outras que tinha firmemente decidido fazer. Algo que existe em mim, seja lá o que for, age; algo que me faz ir ter com uma mulher que já não quero voltar a ver, que faz ao superior um reparo que me pode custar o emprego, que continua a fumar embora eu tenha decidido deixar de fumar, e que deixa de fumar quando me resignei a ser um fumante para o resto dos meus dias.
Não quero dizer que o pensamento e a decisão não tenham alguma influência na ação. Mas a ação não decorre só do que foi pensado e decidido antes. Surge de uma fonte própria, e é tão independente como o meu pensamento e as minhas decisões.



In “O Leitor”.
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