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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




domingo, 13 de dezembro de 2015

ZU

Já não se faz “mais” como antigamente.
Amor com amor se agride.
Depois do tropeço, bala pra frente??
Pra trás é que se progride.

Sacuda a poeira, de tempos em tempo.
Quem sai na chuva não se resfria.
Devagar se vai muito lento.
Quem tem boca, assobia...

Quem canta aos ouvidos espanca.
O mundo é dos vaidosos.
O trabalho enobrece a conta;
pobres, honestos e corajosos.

Ontem vai ser outro dia,
pra lembrar ou esquecer.
Comer, na marmita fria,
mais um dia que vai nascer.

Vingança é um prato que se evita.
A noite, então, já cresceu.
O mundo dá volta bonita.
Quem mais se lembra, esqueceu.

Quem corre sempre se cansa,
com fome, suor, honradez.
Quem confia sempre se espanta;
nunca chega a sua vez.

O céu será sempre da nuvem
que aparece só quando quer.
O que vai na cabeça de homem
é carro, futebol e mulher.

A vida é mesmo divino dom,
organizada ou ao léu.
Ela é pernas, charme e batom;
e a gente tira o chapéu...



[Adhemar - São Paulo, 16/06/2014]