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Eróticos.)




segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ciúme - por Marília Abduani

“Onde estiveste de noite”
que não chegaste mais cedo,
que te deixaste na rua?
Amor, tão frágil brinquedo.
O amor, que é tênue, que é um fio,
deixa os cabelos molhados,
corre, escorre feito um rio,
carente, desgovernado.
Onde deixaste teus pés
e penduraste o teu grito?
Lembra: O amor é infinito
e o ciúme, desgovernado.
“Onde estiveste de noite”
que não deixaste um aviso?
Sonhando, talvez, com a lua?
Inventando um paraíso?
Viva a santa liberdade,
ser livre, também machuca.
Onde estiveste de noite,
que despertaste o ciúme?
“A liberdade termina
quando a saudade cutuca.”
Clarice Lispector

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Vamos Ler, Lendo... - por Adir Vieira

Descobri que não sei ler
Sendo a letrada que sou,
Pois se não vejo o que quero,
logo abandono o autor.
Nesse mister tenho perdido
as melhores coisas, senhor...
pois se só o que penso eu digo
não encontro outro autor.
Sei que já acumulo
estrofes e mais estrofes,
mas sempre tem alguém doido
para ensinar a algum bofe.
Se eu me nego a ler,
com os olhos e ouvidos atentos,
por certo que vou perder,
viagens que valem pelas letras...
Tenho que me concentrar,
olhar com o coração quieto,
por certo que vou gostar e achar
o que busco e tenho no peito.
A própria escolha do tema,
já mostra que vamos de encontro
aos anseios mais prementes
na descoberta de autores.
Assim se dá com os blogs,
só pelo título do post
julgamos se é bom ou ruim ler,
e com isso com certeza,
deixamos de olhar e ver.
Vamos ser mais complacentes
com aqueles que aqui estão,
todos, nas entrelinhas,
deixam parte do seu ser,
por isso é bom olhar e ver.



Visitem Adir Vieira
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Quando o Silêncio se Transforma no Maior dos Males - por Esther Rogessi

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Lo más atroz de las cosas malas de la gente mala es el silencio de la gente buena.(Gandhi)
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.Há homens que foram eternizados por seus atos. Contínuos ou momentâneos. Homens exteriormente frágeis, porém trazendo em si uma fortaleza ímpar; quase sempre silenciosos, porém dotados de sabedoria - filha do silêncio, da observância, oração e meditação! Enganosamente, alguns confundem o silêncio com fraqueza, porém, o seu poder é incontestável - é uma arma poderosa, precisa e avassaladora. O silente não é mudo, passivo e/ou subjugado, ele é preciso! É verdadeiro; exímio estrategista. O falante se perde na oratória - muitas promessas e pouca ação - aliás, falar não combina com agir. A máxima do poder está na quietude. “A ação de um ato é o clímax decorrente dos preâmbulos silentes.
O maior dos homens - Jesus Cristo - era comedido nas palavras. No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente (Provérbios 10.19).
A natureza, Sua criação, é exemplo para tantos quantos, silentes, a observam. A luz e o ar, mesmo que tênues e silenciosos, penetram profundo; a vida terrestre é dependente do silencioso e invisível oxigênio. Há poder no silêncio, lembro-me do poder existente nos olhares dos meus pais... que poder de liderança existia neles!... Quem de nós - seus filhos - se atreveria a desobedecê-los?
“O verdadeiro poder está na ação silenciosa de uma determinação!” Deus, o Poder Supremo; Incontestável Existência; Silente e Invisível a ponto de - por muitos - ser desacreditado por assim ser... Silenciosamente rege o mundo, determinado no cumprimento de Suas Leis, faz-se ouvir no momento preciso pelos que as desobedecem.
Ele, o maior pacificador que a história registrou. Por isso é o Príncipe da Paz! “Pacificador não é o ser passivo, submisso, inerte e/ou apático. Porém, é o que usa de todas as armas, geradas através do ‘poder do silêncio’, até o momento máximo, quando, enfim, se faz necessário ser ouvido!” O homem, obra de Seu poder, é gerado em silêncio, até o momento da ação final: o nascimento.
*O termo pacificador no grego literalmente quer dizer: O que promove a paz; fazedores da paz; os que trabalham pela paz; o que é determinado em promover a PAZ. Sabemos, porém, que a concretização desse ideal, por muitas vezes, origina guerras.

Gandhi usou as armas do silêncio, não da indolência. Agiu, usou a palavra no momento oportuno, se fez sacrifício vivo - em forma de jejuns e orações - por muitas vezes sofreu prisões, lutou pelos direitos dos hindus, pregou a não violência como arma poderosa, organizou uma greve em 1922 pela queda de impostos, causa nobre e meios nobres de lutar, porém o povo se levantou em fúria e depredou patrimônios públicos, Gandhi se confessa ‘culpado’ e é preso. Em 1930 viaja a Londres, Inglaterra, para negociar a independência da Índia, em vão. Em 1947, a Índia se torna independente. E o fanatismo dos hindus e mulçumanos os levarou a uma batalha sangrenta, resultando em milhares de cadáveres pelas ruas. Os mulçumanos reivindicam um Estado independente, o Paquistão.
Em busca pela paz, Gandhi aceita a divisão da Índia, com o fim de evitar mais derramamento de sangue entre hindus e mulçumanos, e atrai para si o ódio dos nacionalistas hindus. Usa suas armas silenciosas: o jejum e a oração. Consegue o que nenhum político conseguira. Porém, aos trinta dias do mês de janeiro do ano de 1948, aos 78 anos de idade, é assassinado por um hindu.
A causa é pacífica - a injustiça social, em suas múltiplas formas, é oriunda da ganância e do abuso de poder; toda a forma de maus-tratos aos seres vivos quer sejam homens, animais e/ou a natureza -, os meios são pacíficos, a reação opositora é que conduz o homem à guerra.
Certa vez, falei que Jesus foi o maior político da história. E logo alguém fez à pergunta esperada:
– Por que político?
Respondi-lhe:
Porque o seu compromisso maior foi com a vida – do Seu próximo – e com a verdade. Esses são os requisitos para a formação do caráter de um verdadeiro líder.

Lembrei-me de uma frase célebre:
“Minha devoção à verdade empurrou-me para a política; e posso dizer, sem a mínima hesitação, e também com toda a humildade que não entendem nada de religião aqueles que afirmam que ela nada tem a ver com a política.” (Gandhi)
O pacificador é um político em potencial. Os que ora se nos apresentam são degenerações da boa raiz: politicagens de politiqueiros, jamais políticos e ainda menos política.
“Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra.” (Mt 5.4) “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.” (Mt 5.9)
Mansos são todos quantos lutam pela paz! De outra forma, nenhumas terras teriam por herdade nenhum legado, nem mesmo a “liberdade” – os maus, os roubadores, certamente não abririam mão delas. Este fazedor de paz, o pacificador, deve ser ativo, é preciso fazer algo. Não sejamos apenas pacifistas, mantenedores da paz, porém pacificadores, fazedores da paz.
O pacificador tem por pátria o mundo.
O amor é a sua máxima. E o seu próximo nem sempre é o mais próximo, porém é todo aquele do qual se tem conhecimento em injustiça; sua causa é toda a que foge ao amor e ao respeito, intencionando a promoção da paz. Todas as nações, todos os povos são de sua total responsabilidade.
Assim, como o senhor de um lar o é de fato e a ninguém deve satisfação quanto ao andamento desse - desde que comungue com as leis e estatutos vigentes, abrindo exceção quanto a toda ação marginalizada, mesmo que dentro do espaço declarado e legalmente seu - desta mesma forma o ‘pacificador’ tem direito de denunciar todas as ações más dos homens maus, quer seja onde for. Com o intuito de fazer o bem e promover a paz, sem que com isso seja taxado de antiético!

O SILÊNCIO DOS HOMENS BONS É MAIS ATROZ DO QUE TODO O MAL QUE OS HOMENS MAUS POSSAM COMETER! (Gandhi)

É segundo a verdade ora expressa através desse pensamento Gandhista, porém coerente com a verdade bíblica: “Abre a tua boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham em desolação.” (Pv 31:8) Que me pronuncio no tocante aos horrores existentes em nações longínquas, tais quais China (com sua matança de meninas) e a Índia, do pacificador Gandhi, onde a mulher é tratada como um ser inferior em pleno século XXI. Onde impera o aborto seletivo. Fetos do sexo feminino são selecionados e condenados à morte. E quando chegam a nascer são mortas por afogamento produzido conscientemente pelos próprios pais... Assista ao filme e/ou vídeo Matruboomi.
As fotos e/ou vídeos são deveras chocantes, chegam a agredir a nossa paz interior; a ferir nossas retinas, porém são chaves para o despertar de que nem tudo são flores e/ou amores. Há injustiças, horrores, ultrajes e abominações à espera da denúncia dos “bons” estruturadores e pacificadores através das letras...
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O MAIS HORRENDO DE TODOS OS CRIMES: A PEDOFILIA A MAIOR AGRESSÃO AO INOCENTE E AO INDEFESO!
A criança é a esperança mundial para dias melhores.
Instrui às crianças e não será preciso punir os homens.” (Pitágoras)
É fato que toda transgressão atrai uma punição. É lei divina, universal e natural, visto que a própria natureza reage diante da usurpação e/ou degradação aos seus limites, em uma demonstração clara e precisa de que as leis existem para que as obedeçamos, do contrário, não serão leis. Estas são implacáveis em sua justiça. Não fazem acepção e os que a elas não se moldarem estarão fora-da-lei e nessa condição marginalizados.
Na nossa nação, Brasil, há quase que impunidade sobre crimes, que estarrecem-nos. A horrenda PEDOFILIA é um deles. Sabemos que recentemente um dito JUIZ - não de futebol, porém, executor das leis -, pedófilo, recebeu por sentença, a aposentadoria - quantos trabalham toda a vida honestamente, sem que possa usufruir desse direito? - para que pudesse aplicar mais tempo à prática do mal?...
Quantos homens bons estão a praticar o maior dos males, mais atroz do que os praticados pelos homens maus... O SILÊNCIO!!! (Paráfrase da frase de Gandhi).

Sejamos pacificadores e não espectadores. Promovamos a paz!
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Mahatma Gandhi.