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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Minha Música - por Adir Vieira

Minha música é como eu: calma, em alguns momentos, quase inaudível mesmo, nos dias em que me sinto triste…
É rápida, cheia de ritmos diversos e extremamente barulhenta, quando me sinto feliz.
Nunca nada se aplicou tão bem a mim, como o “danço conforme a música”. Para mim esse ditado é aplicado, sem constrangimentos.
Parece mesmo que me movimento pelos sons, sou uma caixa acústica ambulante.
Pensando nisso, relembro meus tempos de adolescente, quando vibrava com os programas de calouros apresentados nas rádios.
Sou desse tempo em que, sem Internet, a única forma de decorarmos as letras das músicas era ouvindo os calouros e suas diferentes versões para cada uma delas.
Aí viajávamos, literalmente. Eu, particularmente, via-me num palco. Um palco branco e brilhante, onde eu era a estrela. Ali, na sala da minha casa, enquanto limpava os móveis e encerava o chão, só eu reinava aos gritos de bis da platéia, aquela imaginária, que me transformava em estrela singular, como as famosas da época.
Sempre foi assim. Música para rir, música para chorar, música para emocionar e eu na cadência do seu ritmo, sempre em compasso com o vibrar da minha alma.
Letras de músicas antigas, então, são várias as que me vejo cantando, mesmo sem ouvi-las há séculos.
Minha música… qual seria?
Acho que não a tenho… procuro em pensamento e não acho… nenhuma em especial… mas todas as que me embalem a alma e mexam com a minha emoção, verdadeiramente.
.

E Tenho Dito - por Luiz de Almeida Neto

Se me perguntares
Quanto tempo eu estudo
Quantas horas eu durmo
E se eu consigo relaxar

Vou te responder
Que te acho um intruso
Que é coisa de maluco
Querer xeretar

Se ainda por cima vieres tentar
Se fazer de amigo
Pra saber se eu digo
Pra vir dialogar
Vou dizer que é sem jeito
Que eu exijo respeito
Que sei me cuidar

E se vieres de banda
Como quem não tem trama
Como se tivesse ali por estar
Só pra saber se sou safado
Se não tenho costume errado
Que não vá te prejudicar

Confesso que até tenho
mas que também me empenho
na arte de disfarçar
E que não é da sua conta
se alguém nesse mundo apronta
ou se alguém sabe relevar

Porque eu pago minhas contas
E ainda se não pudesse pagar
Ia dar o meu jeito
Como sempre tenho feito
Sem lhe pedir pra me emprestar
cartão, cheque ou dinheiro
que não valem meu respeito
nem muito menos tenho pra lhe dar

Tenho dito.

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Parabéns, Minha Irmã! - por Ana

Há tantos anos sua alma
resolveu aqui aportar.
Mansa, doce, carinhosa,
com tanta coisa a ensinar.

Quando criança pequena,
ao falar era engraçada,
conversando com o irmão
em suas palavras erradas.

Se tatibitati na fala
na vida não era não:
sempre foi bem mais esperta
que os mais velhos irmã irmão.

Cresceu diferente de todos,
ainda jovem viajou
para tão longe de nós
em busca do que sonhou.

Seguiu assim pela vida:
criando seus horizontes,
indo, intrépida, atrás deles -
seus desafios, suas fontes.

Quase nômade - por opção -
sem raízes que a prendessem,
conheceu tantos lugares,
sem forças que a detivessem.

Sempre voltava ao lar,
à sua família saudosa,
contando as novidades
a quem a esperava, ansiosa.

E num destes seus retornos
o destino a fez ficar
por causa de uma pessoa
que ela resolveu amar.

Deste amor surgiu alguém
que há muito a observava
desejando ser sua filha,
mas com as viagens, não dava...

Seu navio lançou âncora,
mantém-se ansioso no cais
aguardando novos ventos,
pois de lá pra cá nunca mais...

Nunca mais índios, estradas,
aldeias, missões, viagens,
aventuras, vida cigana,
conhecer novas paragens.

Porque agora ela é mãe
da alma que a aguardara
com impaciência, insistência,
nossa querida Luara.

Ela segue a vida agora
com grande responsabilidade:
amar, orientar, velar,
atender às necessidades.

No caminho de sua vida
nada nunca foi em vão:
aprendeu a duras penas,
mas traz leve o coração.

Sofreu tantos desencontros,
dores, incompreensões,
mas resistiu bravamente
às várias desilusões.

Manteve-se sempre firme,
a si mesma tão fiel,
defendendo convicções,
incomparável Raquel.

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Feliz Aniversário - por Alba Vieira

Desde quando eu me lembro, você estava sempre a meu lado.
Na ida para a escola, com jeito protetor, guardava meus passos e mostrou-me, desde cedo, o que era bom. Nesta época já era uma professora.
Estudiosa, ensinou a mim e nosso irmão mais novo o gosto pela leitura, quando facilmente trocávamos o dinheiro dado para o pão doce diário para adquirir o fascículo semanal da enciclopédia “Conhecer”.
Vaidosa, gostava de pentear os cabelos longos, cheios e claros, durante a parada na igreja, todos os dias antes da aula.
Era a mais clarinha, a mais branda, a mais silenciosa. Original, independente e ambiciosa, desejava mais que todos... Queria e era capaz. Abriu caminhos para toda a família. Por querer aprender sempre, não enxergava limites e ia além dos impostos pelos temores maternos. Desta forma cresceu e nos provou que o destino almejado está sempre nas mãos de cada um de nós.
Nas questões filosóficas também se mostrava diferente. Sempre com muita fé - talvez herdada da avó de mesmo signo solar -, arriscou, persistiu e teve sucesso em todos os seus empreendimentos.
A maturidade lhe trouxe ainda mais calma e segurança diante da vida.
Amorosa e compassiva, você sabe auxiliar aqueles que necessitam - sem exageros e além do âmbito familiar.
Prossegue hoje sua caminhada iluminada pelo amor, pela lucidez, pela curiosidade e pelo espírito de pesquisadora que sempre teve.
Que seus caminhos sejam sempre abençoados.
Obrigada por tudo!
Parabéns!
Feliz Aniversário!
.

Reencarnação - por Leo Santos

Sei que mexer em afetos,
Fere aos pais do rebento;
Mas quando quebra a vidraça
O amor, espera, da justiça o assento.

Isso posto viso expor
Outra arena mais que isso;
Que mesmo sendo o afeto real,
ainda pode ser enfermiço

Não carecem vários casulos
Pra uma borboleta apenas
Inda que postulado por Sócrates
O mais sábio de Atenas

Muito certo versou coisas,
Que até hoje certo está;
Mas, ler o espírito é complexo
A lupa natural não dá

Se um fantasma trouxe carmas
Que eu tenho que pagar
Fico impotente ante armas
Que não posso enfrentar

E se um pode quitar por outro,
Em nome, talvez, do amor
Que sucedeu em Jerusalém
Que terá feito o Salvador?

Me perdoem os que crêem
Não os quero ofender;
Só não vejo como vêem
E creio que posso dizer

Se sofrer é pagar contas
E mandamento o amor
Quem ama e socorre não afronta,
O direito a pagar, do sofredor?

Inda que degeneramos na queda
Por méritos do próprio punho
Não somos progresso de ameba
O Eterno não faz rascunho.

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Viagem a Vidas Passadas - por Alba Vieira

Eu sonho com a sua cara. Não a cara que você tem, mas a que poderá ter se quiser. Não um sonho de olhos fechados. Mas um sonho de esperança. Vejo estampada no seu rosto toda a verdade de suas vidas. E me deslumbro com o que é, sem rodeios, nem dissimulações, nem máscaras. Apenas o que é para quem sabe ver. Choro de olhar, porque me vejo também nas suas dores. Choro ao percebê-las porque posso compreendê-lo. Choro de alegria por também me ver no que é bom em você. E por constatar que em tantas coisas você já melhorou.
Mas o caminho é longo e, na maioria das vezes, sem atalhos. E há lobos enganadores que prometem o que não existe.
Mas é preciso prosseguir, sempre alerta e sem medo.
Deixar-se guiar somente por uma força maior, a intuição.
Assim seguiremos com a cara mais limpa, na busca da perfeição.
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É Natal! - por Alba Vieira

Pensei numa mensagem de Natal que fosse para todos, que pudesse alcançar tanto os que têm motivos para comemorar, que pensam nos presentes, nas festas, na ceia, no contato com parentes e amigos, mas que pudesse despertar um sentimento bom também nos que se encontram abatidos, doentes, economicamente menos favorecidos, nos miseráveis mesmo, nos que têm saudade por terem perdido seus entes queridos deixando de valorizar ou mesmo repudiando as festas de final de ano, nos marginalizados, rejeitados pela sociedade ou por si mesmos. Queria uma mensagem que tocasse a qualquer ser humano nesta época...

Então encontrei.

Natal é uma lembrança do que realmente somos, de nossa grandeza, beleza, capacidade de amar, acolher, ajudar, compreender, perdoar, uma lembrança da nossa perfeição. O Natal nos dá a compreensão de que somos seres espirituais, oferecendo a possibilidade de nos expressarmos em toda nossa magnitude, nos lembra que somos infinitos em nossas possibilidades e trazemos dentro de nós mesmos a solução para todos os nossos problemas.
Que seu Natal seja muito feliz e que em 2009 você colabore, se empenhe, se permita, não resista mais, se solte, para se expressar como você realmente é:
SÓ AMOR!
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Os Amores da Minha Vida - por Raquel Aiuendi

Os amores da minha vida
Não são senhores do meu coração
Os amores da minha vida
trouxeram inesquecíveis sensações
verdades que jamais se vão
os amores da minha vida
não são senhores do meu coração
mas acalentam a lembrança
de felicidade infinda
acalmam os dias de escolhida solidão
os amores da minha vida
não são senhores do meu coração
na história que construímos
fomos em um inteiros dois
uma eternidade à frente, a sós
luta, canto, dança e festa...
os amores que tive são
foram e pra sempre serão
mas não senhores do meu coração
o Senhor do meu coração
é Senhor da mente, corpo, emoção
é único, completo e absoluto
hoje sigo meu caminho
lembrando muito carinho
mas, afinal e em resoluto
os amores da minha vida
não são senhores do meu coração
não são o foco de meu culto.

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