rastejando na senda da vida,
a mirar a sina que avessa resiste,
incisivos cortes, exposta ferida.
O poeta, um esquisito que fala,
em mágico idioma, de extravagâncias;
Afinal, veste trajes de gala,
para fúnebres circunstâncias.
Na verdade, póstumas medalhas,
tributadas a um morto em peleja;
Médium que “recebe” as próprias falhas,
enganado pelas palavras que deseja.
Numa lápide de páginas tantas,
quantas lembranças o têm visitado;
Lágrimas nem profanas nem santas,
todo dia é dia de finados.
E aqueles que homenageiam os mortos,
põem suas flores e suas preces;
No fundo, barcos que erram os portos,
mas ante um náufrago, esquecem…
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