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domingo, 22 de fevereiro de 2009

O Difícil Ofício de Ser Escritor - por Bruno D’Almeida

Estava muito longe e decidiu que não poderia participar do lançamento do livro de seu melhor amigo. O jeito foi mandar uma carta:

Hoje é o lançamento do seu livro. Parabéns. Quero lhe parabenizar não pelo lançamento, vinhos e exemplares e autógrafos, beijos e abraços e lágrimas. Quero lhe congratular, pura e simplesmente, por ser escritor. Não por olhar o mundo de uma forma diferente, mas por constatar, com as antenas ávidas da percepção, que ele é mesmo diferente, muito diferente do que parece ser. O mundo é muito mais do que um cantor idiota segurando minigarrafas de refrigerante. Não há espaço pronto para o escritor no mundo. Temos que buscá-lo. E por não haver lugar delimitado, há um certo desencaixe, por assim dizer, do escritor com a forma que está organizada a sociedade. Não se encaixar com padrões e normas estabelecidas. Ter um relógio próprio, que não conta apenas horas cronológicas, mas psicológicas. Não que o escritor seja uma criatura anômala, diferente. Apenas não que ser um igual.

Não há vagas para escritores. Se quisermos lidar com a palavra, teremos que ser professores, jornalistas, publicitários, advogados. Ou ser qualquer outra profissão e escrever no limbo, nas frestas, em muros e portas de banheiro. Usar a poesia no amor pelo que se faz, mesmo que não seja para escrever. Usar poesia como um bálsamo para a vida. Se não há livros para publicar, há de se transformar nossa vida e as pessoas que amamos em grandes obras.

O escritor não vê o ônibus lotado; vê vidas, sonhos e desilusões vagando sobre rodas. Não vê um gato; vê ócio, nuance e sensualidade. O escritor não vê um casal de namorados; vê cumplicidade, amor, desamor, amor com desamor. Não escreve palavras; escreve histórias, sentimentos, anseios, muito mais do que uma sopinha de letrinhas. Aliás, ele não só escreve, nem só vê: ele dá vida a um mundo paralelo, que não é uma imitação da realidade, mas uma nova visão dela.

Há milhões de escritores anônimos. Escrevem para si, para o outro, para rasgar ou incendiar papéis, com palavras ou fogo mesmo. Estão escrevendo neste exato momento, entregando poemas ou cartas em datas importantes, ou datas que se fazem especiais. Estão olhando vivências, andanças, lembranças, caminhos. Estão mirando pessoas na rua e nos desertos e oásis da mente. Estão criando poemas apaixonados, secos, molhados, sociais, apáticos, gregos e troianos. Estão ávidos por experiências e acontecimentos. Mesmo que ninguém, ou quase ninguém veja, eles, os escritores, estão sedentos. Podem estar lendo as presentes linhas agora mesmo.

Como já disse, parabéns pelo livro que você lançou. Parabéns pela materialização de um sonho, mas que antes de acontecer já era realidade no seu íntimo. Palmas, palmas eufóricas e extasiantes para alguém que teve a coragem de fazer um lançamento e dizer, para quem quiser ouvir: sou escritor. Palmas para quem dá estímulo e esperança a nós, também escritores, de que esta cachaça nunca deixará de ser tomada: um brinde à Literatura que nasce e renasce a cada dia, trazendo novos rebentos como você. Mais uma vez, parabéns.

Ao ler o que escreveu, percebeu a grande besteira que quase acabara de fazer. Colocou a carta no bolso, pegou uma avião e resolveu entregá-la pessoalmente.


Casa Grande da Vovó... - por Zaira Leite

Casa grande da vovó...
Dos seus sonhos de criança;
Foste a doce realidade.
Hoje tudo é cinza e pó...
Guardaste minha esperança,
Deste-me em troca a saudade...

Naqueles tempos risonhos
Dos seus mais felizes sonhos
Foste o encantador cenário;
Cidade, parque ou floresta
Para o meu viver em festa
De teatro imaginário.

Eras boa e acolhedora,
E em teu recesso outrora
Eu pedia a vovozinha,
Que mais feliz me tornasse
E uma história me contasse
De pastor e princesinha.

Em fantasias... quimeras...
Trago minh’alma perdida
E envolta em terna ilusão,
De te rever tal qual eras,
Com a linda entrada florida
De rosas, cravos, tinhorão.

O tempo por mim vivido
Sob esse teto querido
Para sempre hei de lembrar,
Dos meus avós os carinhos,
Que para mim foram aminhos
Numa rede a me embalar...
.

Nostalgia - por Raquel Aiuendi

Nostalgia, um SNI:
Sentimento Não Identificado
Que não mora em mim
Apenas se encontra alojado
Por tempo que não posso estimar
É algo como uma resultante
Por não ter com quem partilhar
Esse maravilhoso impulso: amor
Que me faz mais feliz, amante
Amada, feminina e... menina.
.

Anos - por Poty

A vida segue,
Anos se passam,
Seremos os mesmos!
.

Paz - por Vicenzo Raphaello

Não sinto paz
por quê?
Talvez saiba.
mas tão profundo
é
dói tanto
que nem a mim
me revelo.
.

Diversão - por Poty

A diversão é a fase da alegria que faz bem a vida... Aí vem a tristeza... Não deixe ela tomar conta de tua mente, apenas são momentos que fazem pensar e seguir em frente...
.

Resgate - por Adhemar

Passei na loja de penhores
e lá deixei
uns tantos antigos amores:
- fora de hora
- usados
- gastos
Alguns sem brilho,
meio embaçados;
alguns sem uso,
mesmo assim meio estragados.
Tinha uns fora de moda,
tinha muitos fora dos trilhos.
Outros tantos
totalmente por fora...
Inesperados?
Quilos e quilos!

E lá na loja de penhores
deixei também:
- amores não correspondidos
- amores pequenos
- romances compridos
Tudo apurado,
não deu vintém.

Passei então
com toda essa carga emotiva
no estabelecimento
de lixo reciclável...




Visitem Adhemar.................................
.

Incerteza - por Poty

A incerteza da vida nos pertence e faz com que amizade seja a certeza de viver para com ela e com ela. É nas incertezas da vida que se sabe quem é amigo.
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Melancolia

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Melancolia - por Vicenzo Raphaello

Camões/Chopin
Prelúdio nº 4 em Mi menor
Aflora lá do fundo d’alma
toda melancolia ali guardada
mesmo sentimento
já por Camões revelado

“Há dias que n’alma me tem posto um não sei quê
que nasce não sei de onde
de onde vem não sei como
e dói não sei porque”

E cá fico eu
a escutar Prelúdio nº 4 em Mi menor
.Luís Vaz de Camões

Amigos - por Poty

Amigos são
Amigos são sempre
e para sempre!
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Alma Penada

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Dor

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Silêncio

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Despedida

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União

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Ilusão

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Certeza

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Proteção

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Destino

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Fronteiras

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Se...

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