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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Sublimação - por S. Ribeiro

por enquanto sem rumo
vou ficando: um cupim sem asa
iças fenecidas (menos uma cópula)

tudo pede um pouco de razão
exige parte que você pode não ter
quiçá não ser

por isso o cancro dos caules
por isso a pétala que cai
sem causar dor

por isso meus olhos novos
anseiam luz na morte de tudo
durmo e acordo, esfarelo sonhos

no ônibus o que preciso é comum
só a necessidade nos faz irmãos
compartilho a flor que não gritou

o dia passando nem parece enxergar
a mão inteira que busca um pouso
a boca oferecida esperando gosto

por isso a lâmpada queimada por
isso o pé cego mata cogumelos:
assim caio em mim cogumelo pisado

assim recolho as provas de que já
me tocaram, já toquei, pretendo amar.
todo fim me faz assim
.
.
Visitem S. Ribeiro
.

2 comentários:

Ana disse...

S. Poeta, você tem aparecido tão pouco por aqui e eu com pouco tempo para visitá-lo lá na sua gaveta-galáxia... Sinto falta demais... Mas quando você vem, é isto que traz! Esmagador. Forte. Decisivo. Adoro o que você escreve!
Desejo a você um 2011 de muitos desejos realizados, muito amor plenamente correspondido, desafios brandos (só para manter o corte e a noção precípua da vida) e muita inspiração e postagens aqui, pra gente se esbaldar!
Muitos beijos de ano novo!

Sebastião Ribeiro disse...

Ah ANA, é verdade... Obrigado pelas boas palavras e pelo bons conselhos hehe. Desejo o mesmo pra você. Beijos no coração.