que te gela a palidez escancarada da face.
A luz efémera que cobria teu vulto esmaltado
dilui-se no frémito que percorre o corpo corrompido.
Um canto lamurioso e derradeiro
acolhe os despojos de teu definitivo cansaço
que se mistura com as raízes ensanguentadas da terra,
recolhendo à matriz do silêncio que te gerou.
Envolto na cegueira desse abismo desperto,
atravessas os jardins de um horizonte fechado,
onde um giz de cinza risca na ardósia do crepúsculo
os traços difusos da sombra que um dia foste
e a lamúria do luar espanta os pássaros de musgo
entre o vazio eterno dos teus dedos.
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..................Visitem Runa
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Um comentário:
Runa:
Só há uma coisa a dizer: vou visitar sua "casa" virtual para passear no seu mundo, no seu Hades particular.
Muito obrigada pelas pérolas que deixou aqui pra nós.
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