E a tal índia, heim, gente?
Acho que, enfim, desistiu...
Seguiu conselho de Alba,
Pegou o balaio e partiu.
Partiu desta pra melhor
Pela flecha envenenada,
Deu suspiro de dar dó,
Esta semana foi velada
Lá na tribo em que mora,
Com muita lamentação:
Seus pares, tão revoltados,
Cuspiram no seu caixão.
Foi duelar na Internet,
Tentando ficar famosa,
Mas se deu mal legal!
Uma derrota vergonhosa!
Honras fúnebres indígenas?
Não teve nenhuma, não:
Sem tanga, cocar, peninha...
O caixão? De liquidação.
Agora lhes conto um segredo:
A tribo dela é canibal,
Mas declinaram o banquete
Com medo de passar mal.
Porque eles só se alimentam
Daqueles que são valorosos,
Se comerem carne fraca
Terão destinos escabrosos.
Mas a família convidou
Uns ninjas lá seus colegas,
E eles disseram: “Não!
Nós vamos é fazer festa!
Ela, feio, desonrou
Nosso bom nome na praça:
Não merece nem lembrança,
O que merece é desgraça!”
Assim, aqui eu vos peço
Um minuto de silêncio
Pela alma de Aiuendi
Enquanto eu acendo o incenso.
Como parte dos serviços
Eu vos digo que valeu,
Mas devo ser bem sincera:
Antes ela do que eu!
E vou dançar dança da chuva
Como homenagem também,
Pra lembrar lá do início
E de todo o vaivém.
Por aqui eu me despeço,
Outras coisas me entretêm,
Pra você lhe digo, amiga:
Vá em paz! Adeus! Amém!
.
Someday I’ll Love Ocean Vuong / Um dia amarei Ocean Vuong [Ocean Vuong]
-
*Beautiful photomechanical prints of Lotus Flowers (1887–1897) by Ogawa
Kazumasa.*
Ocean, não tenha medo.
O fim da estrada é tão distante
que ela já ...
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