Depois do embate feio, de prensas e bofetadas
Proponho puxar o freio (pensas que é só porrada?)
E ponho na mesa a ceia, o bom-senso e as piadas
A Ana fez sua parte, trouxe Fandangos e amoras
Suco, torta de morango, chá com bolo nas sacolas
Flores, mousse de abacate, e versos escritos outrora
(Pois não há memória de ferro, nem tudo a gente decora!)
Esse bendito banquete nos caiu como uma luva
Para ficar completinho, falta só a Fanta Uva!
Ih, cuidado, ali perto é um formigueiro de saúvas
Querendo pegar nosso lanche, e não há sinal de chuva...
Como um sábio que calcula, trouxe os entorpecentes:
Jose Cuervo, Amarula, envelhecida aguardente,
Vinho do porto (com lula e fritas faria um banquete),
E um fardo sem álcool que pula às mãos dos menos resistentes
Repito, não vejo chuva, hoje é dia de sol!
Palpito, seja presente com cara de girassol
Solito, ali no canto, rasteja o caracol
É mito, imaginação, ou delírio de etanol...
Não via grama tão verde, desde que era pequeno
É dessas que não se vende, é pura sorte do terreno
Beleza que se compreende só com coração ingênuo
Colírio que mata até sede, deixa o dia mais ameno
Há a troca de presentes, como sempre, é de praxe
Traz-se algo de seu povo, que ao outro se encaixe
Trago rosas que, em outros pampas, duvido que ela ache
Levo em troca o livro da vida do inesquecível Musashi
Checam-se as armaduras, espadas e os cavalos
Renovam-se as ataduras, pomadas, tratam-se calos
E volta-se à aventura... Levado por um estalo,
Indago, na caradura: “Prolonga esse intervalo!”
Resposta a Ele Corta e Ela Lê, de Ana.
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.Visitem Gio
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Um comentário:
Quis descansar e depois diz que eu invento... Pediu trégua, covarde! Pediu trégua legal!
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