mas a arte não me abandona.
Em mim respira, vive,
arde, pulsa, SOMA!
Se a vida é um palco,
estou no camarim.
Encontrando personagens,
que ainda escondo em mim!
Ensaio.
Lá fora o espetáculo não para.
Paro.
Parem o mundo, eu quero subir!
Maquiagem, não uso,
dou cores à imaginação.
Figurino eu escolho.
Mudo em cada ocasião.
Da coxia ouço murmúrios.
...
Conseguirei me despir em cena?
Enceno?
Antes que subam as cortinas,
desesperadamente rasgo máscaras,
há muito entranhadas na pele.
Ex-pele!
Luzes!
Música!
Ação!
Eis o palco!
Ou picadeiro?
Qual é o número agora?
Não dá pra viver só de cenário...
Entro.
Olho.
Onde está a plateia?
Espero aplausos?
Eis que me deparo
com a minha imagem no espelho...
Frente a frente com a mediocridade.
Aos prantos, gargalho!
Meu maior crítico
mora dentro de mim.
Seria trágico,
se não fosse cômico!
MERDA!
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Um comentário:
Kamala:
Muito legal! Gostei!
Beijo e "merde"!
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