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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Abandono - por Frederico Salvo

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Dentro de mim houve um dia,
Repleto de áurea alegria,
Um outro eu que hoje mora
Distante, pois foi embora
Perdido em melancolia.
Ficou tão somente a saudade
Que desde a mais tenra idade,
Covarde lhe perseguia.

E como foi isso, ora pois?

Foi sem dizer aonde ia
Numa noite em que chovia
À cântaros; que maçada:
Sozinho na madrugada
Partiu frente à ventania
Deixando no abandono
O peito que era dono
Daquele um que partia.

E o que levou consigo?

Levou a fotografia
D’um riso que pertencia
A um passado distante,
Uma graça emigrante
Que lhe fugira da vida
Fazendo entristecida
Sua doce fantasia.

Não havia outra saída?

Não. De fato não havia.
Era triste em demasia.
Como ave que não voa,
Harmonia que destoa,
Quimera que não pode ser.
No tal amor queria crer.
Infelizmente já não cria.



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Um comentário:

Ana disse...

UAU!!! ÓTIMO!!!
CLAP!!! CLAP!!! CLAP!!!
Como você escreve bem!!!
Seja muitíssimo bem-vindo ao Duelos!!! Apareça mais por aqui!
Um abraço!