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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Asas - por Clarice A.

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A imaginação presa numa torre de imensa altura. Claustrofóbica, esmagada pela dura realidade que a aprisiona. Como fora parar ali?
Quer a liberdade. Nos contos de fada sempre tudo se resolve bem. Espera por um príncipe? Tivesse um sapo por ali, ela até o beijaria, quem sabe ele não se transformaria no tal príncipe tão esperado? Mas qual, nenhum sapo à vista. Olha para baixo e a altura é incompatível com o tempo de espera pelo crescimento dos cabelos tal qual Rapunzel e, sozinha, quem faria as quilométricas tranças?
Sabe da falta que faz, tem que achar um jeito de sair dali.
Viver sem imaginação? Inimaginável.
Está nas alturas, quem sabe um pássaro possa tirá-la dali? Eles têm asas e podem voar. ASAS? Sim, asas. Como não pensou nisso antes? Quantas vezes ouviu a frase: dê asas à sua imaginação? Como pôde esquecer-se disso? Ela tem asas.
Olha para baixo e a altura a intimida, o que vê a assusta demais. Olha para o horizonte, longínquo, cheio de promessas, o que vê a fascina demais.
Sobe no parapeito da única janela da torre de seu confinamento e uma dúvida a assalta: e se for apenas “força de expressão” que ela tem asas? O medo, um dos culpados do seu aprisionamento se fazendo presente. Teme porque sabe que sua morte seria o fim de tudo.
Espanta o medo, se não pular nunca saberá, de sua prisão só ela pode se libertar. Olha para cima - olhar para baixo a apavora - e lança-se ao espaço. Incrivelmente não sente sensação de queda nem por um segundo. Paira no ar e desloca-se para frente, para trás, para os lados, para cima ou para baixo, para onde quiser.
Enfim liberta!
Prisioneira por tanto tempo, agora se expandirá como nunca. As possibilidades? Infinitas.
Fantasias, quimeras, coisas fantásticas, incríveis e invulgares, utopias, criações absurdas, projetos extraordinários, tudo relacionado a ela, à imaginação.
Livre para voar. Benditas asas.
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2 comentários:

Alba disse...

Clarice,
Considerando que tudo começa na imaginação e que depois de iniciado o processo na mente não há volta, brevemente teremos voos ainda maiores do que os que já podemos perceber. Que bom! Beijos.

Ana disse...

Lindo, Clarice, muito, muito lindo. Adorei!
Beijos!