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domingo, 14 de novembro de 2010

A Regra dos Homens - por Gio

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Inspirado em um desses e-mails sobre a eterna “guerra dos sexos”, que fazem da realidade o melhor tema para provocar boas risadas.

Desde que as relações entre os sexos evoluíram, e aparentemente dar uma pancada na cabeça e arrastar pelo cabelo deixaram de ser provas de amor, muitas regras foram estabelecidas para regerem essas relações. Tudo bem, afinal somos seres civilizados e racionais, não fosse pelo fato de todas as regras terem sido criadas pelas mulheres, para serem obedecidas pelos homens. Saiba o nosso tempo, entenda o nosso comportamento, aprenda o que nos agrada e chama a atenção.

Isso é... Como eu posso dizer? Ah sim, isso é muito chato (além de ser absurdamente injusto). A fim de consertar o problema, resolvemos aqui estipular algumas regras para que vocês as sigam, o que deve melhorar consideravelmente o nível das nossas relações – e acabar com alguns problemas excessivamente comuns, mas fáceis de evitar.


Em primeiro lugar, corpos foram feitos para serem olhados. Biologicamente falando, homens são atraídos pela forma, e mulheres, pelo diálogo – e, até onde eu sei, nenhuma mulher é proibida de ouvir Daniel, ou assistir filmes românticos. Claro, não vamos babar feito cachorros a cada gostosa que passa na rua, e nem perguntar se vocês a pegariam se fossem lésbicas. Temos o mínimo de bom-senso. E, por favor, não pensem que somos idiotas, e achamos que vocês não olham para outros homens, e comentam com as amigas.

Em segundo lugar, quem foi que disse que “abaixado” é a posição correta do assento do vaso sanitário? Nós o usamos levantado, e vocês o usam abaixado – se nós podemos levantá-lo, vocês podem abaixá-lo também. Vocês já são bem grandinhas para isso. De fato, isso acaba eliminando outro problema frequentemente reclamado por vocês: o assento molhado.


Entendam o modo como a nossa mente funciona. Nós entendemos e nos comunicamos apenas por falas diretas. O conceito de “indireta” certamente foi introduzido por uma mulher na sociedade. Se dizemos que seu vestido azul é bonito, queremos dizer “seu vestido azul é bonito”, e não “você não fica bem em nenhum outro vestido, especialmente aquele amarelo colado que te faz parecer mais gorda”. Se faz parecer mais gorda, provavelmente nem notamos.

Falando em cores, é importante entender que vemos o mundo de maneiras diferentes: nós, em 256 cores; vocês, em True Color. Enxergamos a diferença entre azul-claro, azul-marinho e azul-escuro – mas nunca entre azul-ciano, azul-céu, azul-bebê e azul-calcinha. Ah, nós não temos a menor ideia do que seja “fúcsia”.

Voltando à linguagem, uma dica: se querem alguma coisa, peçam! Se quiserem tomar um café no meio da estrada, não nos perguntem se queremos tomar um café. Não nos contem sobre todas as propriedades benéficas do café, e de como ele deixa a sua pele mais macia. Não nos falem sobre o quanto amam café, e não podem viver sem ele. Apenas peçam a porcaria do café!

A mente masculina é organizada para resolver problemas. Portanto, se vão nos contar sobre algum problema, e não querem conselhos, avisem com antecedência. Se notarmos algo de errado, e, ao perguntarmos se há algum problema, formos contemplados com um “Nada.” seco, nosso interesse termina por aqui. Sabemos que não é “nada”, mas vocês recusam-se a dizer, de qualquer forma. Nós não devemos supor, nós não deveríamos saber de algo obviamente, nós não lemos mentes.


Odiamos chantagens. Mais que isso, abominamos de corpo e alma e com toda a força esse tipo cretino de negociação. Choro é a pior delas e, pelo desgaste, já se tornou a menos efetiva de todas: se não cedemos aos filhos, não vamos ceder a vocês também. Utilizar informação muito antiga não vai funcionar, pois não lembramos nem do que dissemos na semana passada. Transformar “duas vezes” em “sempre” só serve para transformar a discussão em uma rinha. E greve de sexo é como dizem: a mulher consegue qualquer coisa com ela. Inclusive um par de chifres.

Fazer compras não é esporte, o dinheiro não é ilimitado, e o armário não existe só para as suas roupas. Os filhos não deixam de ser seus quando fazem algo ruim, e nem voltam à sua posse só porque passaram de ano. Discutir a relação pode ser muito chato se não há uma pauta, e dor de cabeça crônica é caso para um bom neurologista.

Se pensarem em reclamar do futebol semanal, lembrem-se que a novela é diária. Se pensarem em reclamar da sua sogra, lembrem-se da nossa. Se pensarem que provar que são melhores que as nossas mães é uma boa coisa, estão completamente enganadas. Se pensarem em perguntar se estão gordas, desistam: nenhuma resposta, sincera ou não, algum dia agradou uma mulher. Se pensarem que realmente precisam perguntar, pensem de novo.


Depois de tudo o que foi dito, provavelmente vocês nos mandarão dormir no sofá. O que também é injusto, visto que isso acontece não importando de quem seja a culpa na discussão. Se são os incomodados (ou, no caso, as incomodadas) que devem se retirar, porque vocês não experimentam? Isso sim é um verdadeiro esporte.

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3 comentários:

Ana disse...

Gio:
Infelizmente, devo concordar com a maioria das suas colocações aqui, considerando que são baseadas na curva normal dos relacionamentos.
As mulheres deveriam aprender um pouco a objetividade masculina, mas devo replicar que os homens poderiam adquirir um pouco mais de sensibilidade.
A virtude está um pouco mais para o meio. Ambos os extremos são difíceis.
Um abraço.

ofarol.blog.terra.com.br disse...

Já eu, como sou meio parcial, gostei muito, sobretudo, do senso de humor. Abraço!

eros.ramirez disse...

Bela síntese, porém será apenas mais um sofrido desabafo (compartilhado por muitos); manda quem pode, obedeça quem tem juízo. E no final quuem não estiver disposto a encarar a injusta e desigual relação homem-mulher sempre tem uma alternativa (cerca de 10%...). Um abraço.