Ontem estava pensando no futuro, não no que quero ser ou ter daqui a 10 anos e sim em como será a vida dos meus filhos. Será que não vai ter carrinhos de rolimã, brincadeiras de casinha, pique-pega, pique-esconde, pique-bandeirinha, nem piquenique? Eu não vejo as crianças do meu condomínio falando do monstro do banheiro da escola, e sim trocando “chiaters” de jogos on-line e, na maioria das vezes, isso nem é feito com todo mundo sentado na calçada e sim por telefone.
Não vejo mais as crianças chamando os avós de senhor ou senhora. Nessa nova ordem que se forma, é difícil ver algum jovenzinho tratando com carinho e educação até mesmo os pais. Isso não é nenhum hormônio na comida, é uma nova tendência: a do individualismo acima de tudo. Alguns pais têm aquela brilhante ideia, dar tudo o que não tiveram quando crianças: roupas, brinquedos, pequenos luxos... mas acabam esquecendo de passar adiante aquilo que lhes foi abundante na infância: carinho, limites, atenção, tempo.
Tempo! Isso talvez seja o mais complicado. Como uma mãe moderna faz para sair do trabalho e resolver uma briguinha de escola? Se ela não for a Mulher Maravilha, esse tipo de coisa fica em segundo plano. Outra situação: birra acompanhada da clássica frase “Eu quero!”, se gasta muito mais tempo tentando explicar porque não do que passando no caixa e efetuando a compra, por isso, na maioria dos casos, os pais optam pela segunda alternativa.As próprias crianças também não têm tempo como tínhamos há poucos anos atrás. São pequenos executivos com horários apertados, sendo treinados para um mercado de trabalho competitivo. Escolas em tempo integral! Computador e televisão para preencher os horários sem cursinhos...
Com essa fórmula, o resultado não poderia ser diferente. É batata! As crianças de hoje se tornaram monstrinhos consumistas e individualistas.
Fico sim saudosa dos meus anos de “pestinha”, em que eu subia nas árvores e ficava a tarde toda na rua sem nenhuma preocupação. Ninguém morria por não ter celular e brincávamos na rua sem medo nenhum de sequestros relâmpagos. Era raro sair para ver um filme no cinema e comer fast foods, mesmo por que tinha sessão da tarde e as mães faziam pipoca. Íamos sempre a parques, ao zoológico, brincar com os primos e todo mundo se divertia. Ninguém tinha Orkut, mas não perdíamos o contato com os amigos.
Depois de todas essas divagações, fiquei pensando nos pestinhas adoráveis que virão, imaginando como serão meus filhos... Não quero que sejam pequenos gênios, ou que saibam falar quatro idiomas, nem que estejam preparados para o vestibular com 13 anos de idade. Eu quero ter filhos felizes. Também quero aproveitar a infância deles, jogar ludo e adedanha, almoçar junto, acompanhar a realização das lições, ouvir as novidades da escola e tudo o mais. Na verdade eu nem sei se vou ter filhos, mas se tiver, não quero ensinar apenas a competir, quero ensinar como dividir, respeitar o próximo e, acima de tudo, amar o mundo que existe fora deste universo interior do próprio eu.
Companheirismo, solidariedade, altruísmo, amor, respeito, carinho e outra porção de palavras simplesmente maravilhosas não podem sair do dicionário. Cabe a nós não deixar o que elas representam morrer e passar tudo isso para nossa prole.
Sei que só tenho 21 anos, mas há 12 anos atrás infância ainda era “infância”! Beijo na boca, era um absurdo antes dos 11 anos, agora tem meninas de 10 anos sentindo a dor do parto!!!...
Vamos voltar todos à infância!!!
Não vejo mais as crianças chamando os avós de senhor ou senhora. Nessa nova ordem que se forma, é difícil ver algum jovenzinho tratando com carinho e educação até mesmo os pais. Isso não é nenhum hormônio na comida, é uma nova tendência: a do individualismo acima de tudo. Alguns pais têm aquela brilhante ideia, dar tudo o que não tiveram quando crianças: roupas, brinquedos, pequenos luxos... mas acabam esquecendo de passar adiante aquilo que lhes foi abundante na infância: carinho, limites, atenção, tempo.
Tempo! Isso talvez seja o mais complicado. Como uma mãe moderna faz para sair do trabalho e resolver uma briguinha de escola? Se ela não for a Mulher Maravilha, esse tipo de coisa fica em segundo plano. Outra situação: birra acompanhada da clássica frase “Eu quero!”, se gasta muito mais tempo tentando explicar porque não do que passando no caixa e efetuando a compra, por isso, na maioria dos casos, os pais optam pela segunda alternativa.As próprias crianças também não têm tempo como tínhamos há poucos anos atrás. São pequenos executivos com horários apertados, sendo treinados para um mercado de trabalho competitivo. Escolas em tempo integral! Computador e televisão para preencher os horários sem cursinhos...
Com essa fórmula, o resultado não poderia ser diferente. É batata! As crianças de hoje se tornaram monstrinhos consumistas e individualistas.
Fico sim saudosa dos meus anos de “pestinha”, em que eu subia nas árvores e ficava a tarde toda na rua sem nenhuma preocupação. Ninguém morria por não ter celular e brincávamos na rua sem medo nenhum de sequestros relâmpagos. Era raro sair para ver um filme no cinema e comer fast foods, mesmo por que tinha sessão da tarde e as mães faziam pipoca. Íamos sempre a parques, ao zoológico, brincar com os primos e todo mundo se divertia. Ninguém tinha Orkut, mas não perdíamos o contato com os amigos.
Depois de todas essas divagações, fiquei pensando nos pestinhas adoráveis que virão, imaginando como serão meus filhos... Não quero que sejam pequenos gênios, ou que saibam falar quatro idiomas, nem que estejam preparados para o vestibular com 13 anos de idade. Eu quero ter filhos felizes. Também quero aproveitar a infância deles, jogar ludo e adedanha, almoçar junto, acompanhar a realização das lições, ouvir as novidades da escola e tudo o mais. Na verdade eu nem sei se vou ter filhos, mas se tiver, não quero ensinar apenas a competir, quero ensinar como dividir, respeitar o próximo e, acima de tudo, amar o mundo que existe fora deste universo interior do próprio eu.
Companheirismo, solidariedade, altruísmo, amor, respeito, carinho e outra porção de palavras simplesmente maravilhosas não podem sair do dicionário. Cabe a nós não deixar o que elas representam morrer e passar tudo isso para nossa prole.
Sei que só tenho 21 anos, mas há 12 anos atrás infância ainda era “infância”! Beijo na boca, era um absurdo antes dos 11 anos, agora tem meninas de 10 anos sentindo a dor do parto!!!...
Vamos voltar todos à infância!!!
Visitem Pryscilla Mattos
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5 comentários:
Pryscilla:
Legal demais ler você aqui de novo com as suas colocações tão maduras e pertinentes a respeito deste mundo caótico em que vivemos!
Muito bom seu texto! MUITO BOM!!!
Beijos!
Pryscilla,
Adorei o seu texto e concordo com você em relação à vida das crianças de hoje. Falta quase sempre poesia, contatos pessoais mais estreitos e ensinamentos passados por pessoas da própria família contando as suas histórias. Que aos poucos as coisas mudem e haja mais equilíbrio. Beijos.
Muito obrigada Ana, fiz este texto para meu blog, mais achei que funcionaria melhor aqui no duelos!
Pois infelizmente essa é a realidade deste mundo de pessoas hipócritas. Bju !
Obrigada Alba, detesto perssimismo
mais infelizmente do jeito que está tende a piorar. Bom, tomara que eu esteja errada, assim meus filhos poderão ter amigos para desfrutar da fase mais IMPORTANTE da vida que é a infância !
Bjus
É a mais pura expressão da verdade, Pryscilla!
Beijos!
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