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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Abandono - por Adir Vieira

Hoje acordei indolente… Quero ficar no abandono da minha vontade. Vontade de nada ver, vontade de nada fazer, vontade de nada sentir… Quero ficar no abandono dos próprios pensamentos vagando pelas paredes da casa, buscando, aqui e ali, razões para esse momento. Esse momento de abandono que começa com o pouso cauteloso das pernas no colchão, com o despejar do corpo ali, relutante em ficar, com a colocação irregular dos braços, tal qual dois pássaros em desalinho no ar… Quero ficar assim, no abandono… à espera de qualquer comando que seja só meu, sem a interferência das risadas das crianças no playground, sem a interferência dos odores de comidas sendo preparadas que se misturam aos perfumes dos sabonetes e entram pela minha janela sem pedir licença… Quero ficar assim no abandono, sem a intromissão dos acordes de músicas que não quero ouvir e, sobretudo, sem a interferência dos seus carinhos na minha vontade de ficar assim, abandonada.
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3 comentários:

Anônimo disse...

bah, é mta mao fazer isso... vai demorar horrores... vou pensar no que vou fazer.. obrigada pela ajuda. abraços mô.

Anônimo disse...

Comentário por Raquel — 27 dezembro 2008 @ 1:17 |Editar

Quero amar o que foi
Repelir o presente
Alguma coisa errada
Nessa lógica dormente
Entregar-me à letargia
Em atitude pura
De auto terapia
Negação, somente fuga
Texto, mais crônica
Que descanso de tela.
Lerdeza supersônica
Com molho tarantella
Quebra de espelho
Ferradura,
rabo de coelho ou coelha
Não afastam a ditadura
Dos sentimentos ressecados
No limiar dos ciclos
Fatos idos, revirados
Mexem lá no fundo
Em baús, criados mudos
Arquivos de negação
Deletados em backup de salvação.

Raquel Aiuendi

Anônimo disse...

Comentário por Raquel — 27 dezembro 2008 @ 1:18 |Editar

Eram tempos de flores

Tempos que se regavam às escondidas as flores, flores que nasciam em quintais ermos, quintais de solidão solidária e altruísta… flores as mais diversas, como tudo neste país; flores, flores, flores… primavera proibida, primavera desejada, primavera quase desesperançada, primavera outonada…
Primaveras despertadas por sonhadoras flores-sementes que um violento clima despetalou, fortes flores, tristes apenas pela dor, felizes por suas cores de Amor.

Raquel Aiuendi – homenagem a todos os que lutaram por algo melhor num país onde a auto-estima não é das melhores.