soprando de encontro às portas fechadas,
agora é tarde demais,
grasnam nas árvores as aves empoleiradas.
De regresso ao jardim
sombras nostálgicas cantam ao luar
cantigas de amores sem fim
e da felicidade que não pode voltar.
Sobrado a um canto
o coração faminto deita-se e chora,
tanta mágoa, tanto pranto,
pelo sonho que demora.
Na praia distante ainda brilha
a velha fogueira ateada,
sua luz é agora uma ilha
cercada de areia gelada.
Teimoso, o sonho arde,
agarrado à fantasia,
mas, amor, agora é já tarde,
o tempo quebrou a magia.
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Visitem Runa
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