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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
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sexta-feira, 13 de março de 2009

Minha Música - por Ana

Minha melodia é tão lenta...
Regência a la Kitaro,
categoria new age,
num ritmo muito raro.

Minha música interessa
a mim e a mais ninguém...
A cada hora uma nota,
não quero ir mais além.

Não quero saber de bemóis,
nada de sustenidos,
não quero mudar o tom,
tá bom para os meus ouvidos

notinhas bem miudinhas,
devagar, quase parando,
baixinhas, quase em surdina,
meus passos acompanhando.

Tô feliz neste marasmo,
estou muito adaptada
a esta rotina inglesa,
a esta fala arrastada.

Às vezes vêm por aqui
heavy metal, funk, rock,
samba, pagode, lundu,
mpb, tango, pop.

Tantas notas por compasso,
tantas mudanças de tom!
Como vivem as pessoas
em meio a tanto som?

Por isso é que não se ouvem,
nem ouvem os demais, igualmente,
não há espaço pra mais nada:
está muito ocupada a mente.

Como tenho poucas notas
habitando minha cabeça,
dá pra eu ouvir outra música
que, porventura, apareça.

Assim ouço muito bem
a mim e outras melodias,
cada uma em seu estilo,
regência e harmonia.

Há as clássicas, barrocas,
grupos, orquestras sinfônicas,
bandas, quartetos, trios,
de cordas e filarmônicas.

Elas vão sendo arquivadas
numa biblioteca interna
de tracks (as mais variadas),
numa sinfonia eterna.

Cada uma tem seu tom,
sua nota principal,
algumas são agradáveis
e outras soam tão mal...

Mesmo assim, quando tocar,
minha última nota, inaudível,
todas seguirão comigo
num acorde inesquecível.



Poesia cujos título e primeiro verso foram utilizados para a versão coletiva Minha Música - As Nossas Poesias IV.
.

2 comentários:

Anônimo disse...

Experimente Satie
Econômico
Com algum mistério
Intrigante

Anônimo disse...

Experimente Satie
Econômico
Com algum mistério
instigante