Hoje, ao virar o calendário, deparei-me com a data – sexta-feira, 13.
De pronto, veio à minha mente posicionamentos remotos em relação ao dia que, segundo sempre se soube, anunciava momentos ruins.
Lembro de uma das minhas irmãs, a cada início de ano, checar o calendário anual e verificar se trazia alguma sexta-feira 13. Lembro também que, sempre próximo a essa data, chamava nossa atenção com prognósticos aterrorizantes sobre esse dia fatídico.
Hoje, creio que bem mais madura, isso não mais me afeta, mas, de súbito, como se eu não pudesse contestar, noto que minha postura em relação ao dia vai assumindo, sem que eu perceba, conotações de alerta.
Temo iniciar qualquer tarefa prazerosa intuindo que não dará certo.
Vejo-me andando de um lado para o outro, sem nada fazer, com medo mesmo de enveredar-me por armadilhas silenciosas enviadas pelo ar.
Vejo-me calada, com aquele temor específico de que qualquer som por mim emitido possa traduzir-se em discussão ou mal-entendido.
Vejo-me em constante alerta e precavendo-me de qualquer ato desabonador à paz.
Meus temores, imaginados esquecidos, tomam força maior ao constatar que além de sexta-feira 13, ainda é dia de lua cheia, o que assinala maiores expectativas negativas.
Penso de repente que tudo caminha de acordo com minhas lembranças e tento estabelecer metas reais para o meu dia.
Constato, no entanto, que apesar de todos os esforços não consigo dar termo a essa apreensão velada, a essa negatividade firmada em recordações infundadas de muito tempo atrás.
Enfim, que a sexta-feira 13 se vá e eu possa voltar a viver sem esses medos..
Um comentário:
Sexta-feira, 13, lua cheia... né mole, não...
Ainda bem que já é terça, 17, lua minguante!
rsrsrs
Beijo.
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