Não sei como começar, mas me impressiono com o fato de algumas pessoas dragarem, para si, jeitos e trejeitos daquelas que lhe estão mais próximas. É como um rio que passa, levando no seu percurso as folhas amareladas, as pedrinhas quebradas pelo bater das ondas e o lixo sujo. É assim o que ocorre com Alcinda e Lucíola. Diferentes na sua forma de ser, atesto que, de uns tempos para cá, as confundo no falar. Termos nunca usados por uma vagueiam nos lábios da outra como sua propriedade, com a mesma entonação. A maneira de sorrir descambada para a esquerda, de uma, hoje, na outra, se repete escondendo a covinha que antes ali realçava. Não entendo como o ar, tal qual espelho, reflete de uma para outra (e vice-versa) meios e manuseios que, executados identicamente pelas duas, chamam minha atenção com vibração.
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