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sábado, 17 de janeiro de 2009

Morte em Vidas - por Raquel Aiuendi

A vida anda não só banalizada... também desgastada por um dia-a-dia de repetidos rituais vazios e/ou estressantes. Desgastada pela repetição das notícias, conversas sociais, ambientes de trabalho, convivências que, antes de serem adoecidas, são dormentes, alienadas, tensas etc.
A dor interna das pessoas é a conseqüência da vida não ter um desenvolvimento saudável e ansiado, como se as pessoas estivessem vivendo em cima de uma esteira ergométrica: se cansam, mas não saem do lugar. Sugada a energia realizadora não sobra quase nada para a reflexão, para a convivência, para o descanso e, muito menos, para o espírito. Lazer se resume em consumismo: criatividade e troca despretenciosa e relax, reposição vital... tudo conceito “ultrapassado”.
A vida está difícil, mas que fazem as pessoas? Divertem-se com a violência, digerem uma mágoa, dormem com as brigas, despertam com os problemas.
Tudo é dependente do dinheiro. O sistema faz todos crerem que até pra sentar no sofá da sala ou na calçada em frente de casa para conversar com parentes e vizinhos é preciso discorrer sobre o ter ou não ter, problemas, violência... Os pássaros tentam participar da conversa e não são notados; as crianças já não passam pela fase da brincadeira pela brincadeira; morros, árvores e flores ficaram cinzas a long time a go.
Aparência é a maior preocupação, não só a pessoal, mas principalmente aparentar o ter: beleza, bom gosto, sutileza, gentileza, amizade são bobagens sem valor na prática de um ritual que carencia os indivíduos.
A dor daqueles que crêem no amor, a convivência saudável entre seus semelhantes, que celebram a evolução etc., ao se depararem com o egoísmo, o endurecimento dos sentimentos e, pior, o apodrecimento da sensibilidade... essa dor é tão profunda que no momento em que se apresenta parece infinita. O chorar é sine qua non neste momento, um chorar pelo mundo, pelas vidas que perambulam já amortevidas. Que dor!!!!
De dor em dor se vivem, de dor em dor se sentem sós quando sem dinheiro mesmo que rodeados de amigos, de dor em dor aumentam o vazio que se alastra pela existência... assim são disseminados tristezas, violência, abandono... e, algo pior que o ateísmo, um deus com o qual se barganha na intenção de terem mais para custearem a involução e as mortes prematuras de suas essências.
Ninguém pode viver sem amor. Ninguém pode viver sem acreditar numa força geradora, criadora, no Deus que mantém a Lei relacionista. Não há dinheiro que possa respeitar tudo o que nos foi dado de graça. O materialismo caotiza, destrói e corrompe a Lógica natural da criação e das relações. Que pena!!! O Amor é tão absoluto, porque o ser humano se esvai em ‘complementos’?

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