Vida não nasce neste solo mãe
Só aridez aonde vai a vista
A vida seca de esperança
Osso de boi morto de sede
Vira brinquedo nas mãos do menino
Pobre menino, morto de fome e sede
Tanta tristeza e dor em seu destino
A reza, e a chuva não vem
A reza, e a chuva cai não
A reza, e a chuva não cai
A reza é a dor do sertão
Pobres mulheres, as suas lágrimas
São as únicas águas com que podem contar
Pobres mulheres, as suas lágrimas
São as únicas águas que não vão ver secar
O padre fala na missa de domingo
De esperança e fé em Deus
Mas Deus não fala, não dá notícias
Terá abandonado os filhos seus?
Inspirado em Haikai, de Alba Vieira.
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Um comentário:
Comentário por Ana — 3 fevereiro 2009 @ 13:53
Casé:
Não dá pra passar por um texto seu sem elogiar…
Este é tocante! Parabéns!
Um abraço!
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