aos que sofrem, aos que precisam de nós
há uma forma de confissão
a predileta dos mártires
dos que estendem a mão
sem padre, sem repetido jargão
que é o arrependimento do fraco
que é o mais fácil para a razão
hoje e sempre,
há sempre muita dor por aí
e são chances de ficar em paz
a verdadeira luz de quem faz
é estar presente lá, ou aqui
há quem deseje a luz e a pureza
a quem quer que esteja aí
faça, façamos algo pelo amor
pelo amor de deus, faça
façamos algo por itajaí
pelas viúvas de blumenau
pelos órfãos de lá
nem fome, nem frio irão lhes faltar
falta é o aperto de mão, o abraço
carecem de nós, olhos de deus
de um afago de irmão, de um alento
nem lama, sem casa, não lhes faltam chorar
lhes falta um sorriso que os abrigue
um bocado de humanidade e de calor
alguma refeição pra alma, não o pão
um carinho sem olhar a documentação
sem imposto, nem olerite,
sem o crédito cartão, sem frescuras
eles só querem o que todos querem
aquilo tão sonhado, lido e repetido
pouco feito, mas muito teorizado
aquela ajuda, aquele abraço
aquela tal de boa-ação
“eu vou, por que não?”
.
Someday I’ll Love Ocean Vuong / Um dia amarei Ocean Vuong [Ocean Vuong]
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*Beautiful photomechanical prints of Lotus Flowers (1887–1897) by Ogawa
Kazumasa.*
Ocean, não tenha medo.
O fim da estrada é tão distante
que ela já ...
Um comentário:
Comentário por Ana — 3 fevereiro 2009 @ 15:17
Gostei, Vagner!
Muito bom!
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