.....Sentamos na varanda, eu e meu querido Mano, começamos a relembrar a nossa infância. Como era diferente de hoje, tudo era criatividade e magia. Aquelas brincadeiras tão importantes para nós ficaram no tempo. O que aconteceu? O que mudou?
.....A cultura passava por gerações. Pais, avós e crianças brincavam juntos e o tempo apagou.
.....É interessante o progresso, a comunicação, a globalização, mas faz perder a criação, a interação e a compaixão.
.....Nós andávamos por esta rua, sem pensar em nada.
.....Não sei como os vizinhos suportavam os nossos gritos de Tarzan! Parecia um bando de macacos, mas a comunicação era perfeita. Pelo grito, sabíamos até se o amigo estava almoçando. Certo dia aconteceu um fato muito interessante, nessa comunicação de macaco, o “Gil negão”, que estava em cima de um pé de caqui, resolveu soltar as mãos, para fazer uma comunicação e escorregou do galho, foi um barulho enorme no meio dos galhos e caiu de costas no chão. Lá de cima! Fiz um som de macaco, para ver se ele estava bem. Escutei ele gritar: - Chega! Não falo mais a língua dos macacos.
.....A grande árvore que tinha na rua não aguentava mais o tanto que subíamos pelo tronco e descíamos pelos galhos.
.....Quando eu era criança, nunca andei sozinho. Eu tinha sempre um cachorro do lado, sou capaz de fazer uma relação de nomes como: Dick, Bidu, Sultão, Fera, Chorrinho, vou parar que vai encher a página. Fique claro que Chorrinho era o nome, o cachorro era grandão.
.....O futebol era coisa de louco, todo dia jogava a nossa rua contra a rua de cima, era cada briga de arrepiar, saía até pedrada; no dia seguinte, outro jogo, outra briga. Hoje, quando nos encontramos, temos prazer de rever e conversar. Não é incrível o que o tempo faz?
.....Mano diz: - Você vai contar a história da pedreira Zipe?
.....- Não! Eu queria contar a época das marmitas. Conto?
.....- A história pode ser boa ou ruim, mas nunca vai ser uma história, se não for contada.
.....- Sabe, mano? E eu pensava que os adultos eram inteligentes. Doce ilusão!
.....- Conta logo!
.....- Eu tinha nove anos e o Mano tinha seis. Meu pai era um cara ignorante aos extremos, não aceitava que quebrassem as regras impostas por ele. Confesso que ele tinha frases inesquecíveis. Preste atenção! Quando ele estava conversando com alguém e isso era lei, não podíamos falar nada, a frase era “conversar com vocês é o mesmo que dar bom dia a cavalo”. Quando ele estava fazendo um negócio falava: “Por cima de mim, só de helicóptero”, está última frase realmente é criativa.
.....Ele não comia arroz esquentado, tinha que ser feito na hora. Por isso, eu e o Mano caminhávamos nem sei quantos quilômetros para levar sua comida, e mais, tinha hora para chegar. No caminho nós passávamos por uma cidade chamada Taboão da Serra, lá tinha o morro do Cristo com uma escadaria sem fim, nós tínhamos que subir todo dia, não tinha outro caminho. O consolo era olhar a cidade lá de cima. Eu me sentia poderoso!
.....O texto já está muito grande, e como disse o Ziraldo “O menino maluquinho cresceu e virou um homem”.
..... - Zipe! Você tem um som violento aqui no seu computador, amplificador e quatro caixas grandes, você gosta de som pesado, por isso que a música te domina.
.....- Mano! A música tem que me dominar, me amar, dar carinho e paz, enfim, ser uma companheira. Se ela parar, morre o contador de histórias. Chega!
.....- Senhor! Obrigado por colocar esse cara na minha vida, para participar e compartilhar tanto dos momentos bons quanto dos ruins. Eu amo ele!
.....- Estou cansado de escrever e carente, preciso beijar alguém.
.....- Zipe, não agarra! Beijar não! Não beija! Para, Zipe.....
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.....A cultura passava por gerações. Pais, avós e crianças brincavam juntos e o tempo apagou.
.....É interessante o progresso, a comunicação, a globalização, mas faz perder a criação, a interação e a compaixão.
.....Nós andávamos por esta rua, sem pensar em nada.
.....Não sei como os vizinhos suportavam os nossos gritos de Tarzan! Parecia um bando de macacos, mas a comunicação era perfeita. Pelo grito, sabíamos até se o amigo estava almoçando. Certo dia aconteceu um fato muito interessante, nessa comunicação de macaco, o “Gil negão”, que estava em cima de um pé de caqui, resolveu soltar as mãos, para fazer uma comunicação e escorregou do galho, foi um barulho enorme no meio dos galhos e caiu de costas no chão. Lá de cima! Fiz um som de macaco, para ver se ele estava bem. Escutei ele gritar: - Chega! Não falo mais a língua dos macacos.
.....A grande árvore que tinha na rua não aguentava mais o tanto que subíamos pelo tronco e descíamos pelos galhos.
.....Quando eu era criança, nunca andei sozinho. Eu tinha sempre um cachorro do lado, sou capaz de fazer uma relação de nomes como: Dick, Bidu, Sultão, Fera, Chorrinho, vou parar que vai encher a página. Fique claro que Chorrinho era o nome, o cachorro era grandão.
.....O futebol era coisa de louco, todo dia jogava a nossa rua contra a rua de cima, era cada briga de arrepiar, saía até pedrada; no dia seguinte, outro jogo, outra briga. Hoje, quando nos encontramos, temos prazer de rever e conversar. Não é incrível o que o tempo faz?
.....Mano diz: - Você vai contar a história da pedreira Zipe?
.....- Não! Eu queria contar a época das marmitas. Conto?
.....- A história pode ser boa ou ruim, mas nunca vai ser uma história, se não for contada.
.....- Sabe, mano? E eu pensava que os adultos eram inteligentes. Doce ilusão!
.....- Conta logo!
.....- Eu tinha nove anos e o Mano tinha seis. Meu pai era um cara ignorante aos extremos, não aceitava que quebrassem as regras impostas por ele. Confesso que ele tinha frases inesquecíveis. Preste atenção! Quando ele estava conversando com alguém e isso era lei, não podíamos falar nada, a frase era “conversar com vocês é o mesmo que dar bom dia a cavalo”. Quando ele estava fazendo um negócio falava: “Por cima de mim, só de helicóptero”, está última frase realmente é criativa.
.....Ele não comia arroz esquentado, tinha que ser feito na hora. Por isso, eu e o Mano caminhávamos nem sei quantos quilômetros para levar sua comida, e mais, tinha hora para chegar. No caminho nós passávamos por uma cidade chamada Taboão da Serra, lá tinha o morro do Cristo com uma escadaria sem fim, nós tínhamos que subir todo dia, não tinha outro caminho. O consolo era olhar a cidade lá de cima. Eu me sentia poderoso!
.....O texto já está muito grande, e como disse o Ziraldo “O menino maluquinho cresceu e virou um homem”.
..... - Zipe! Você tem um som violento aqui no seu computador, amplificador e quatro caixas grandes, você gosta de som pesado, por isso que a música te domina.
.....- Mano! A música tem que me dominar, me amar, dar carinho e paz, enfim, ser uma companheira. Se ela parar, morre o contador de histórias. Chega!
.....- Senhor! Obrigado por colocar esse cara na minha vida, para participar e compartilhar tanto dos momentos bons quanto dos ruins. Eu amo ele!
.....- Estou cansado de escrever e carente, preciso beijar alguém.
.....- Zipe, não agarra! Beijar não! Não beija! Para, Zipe.....
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